Demi.

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Essa maldita iria me pagar por ter ousado tocar no nome da minha pequena. Já ia para cima dela, mas Wilmer me segurou pelo braço.

- Wilmer me solte! Caso contrário socarei sua cara. - falei, entre dentes.

- É isso o que ela quer Demi. Não perca o juízo com ela, agredi-la irá te prejudicar.

- Mas...

- Pegue a Isa e vamos embora.

Eu tremia de raiva. Eu queria mata-la, mas Wilmer estava certo.

Ele me entregou a Isa e saí na frente, ainda ouvi Wilmer dizer " Nos deixe em paz" antes de desaparecer no corredor seguinte. Eu respitava fundo, e ouvir Isa choramingar me deixa pior ainda.

- Calma anjo! - pedi baixinho.

- Tô com medo!

- Do quê anjo?

- Ela é mal! Onde tá o papai?

- Calma anjo, não precisa ter medo, ok? Eu vou te proteger, eu juro!

- Quero o papai!

- Ele ja deve tá vindo.

Peguei a chave do carro e o abri. Xinguei mentalmente ao ver um maldito paparazzi. Coloquei Isa no banco de trás e acariciei seu rosto, lembrei do pirulito e a entreguei, ela o pegou e choramingou.

- Você não abriu.

- Omg! Desculpe anjo, sou desligada. - o peguei e o abri, o entregando a mesma.

Wilmer apareceu e entreguei a chave a ele, me ajeitando ao lado de Isa.

- Por que demorou papai? - Isa fez bico, choramingando.

- Por nada anjo! - ele estava sério.

- Talvez estava marcando para relembrar os velhos tempos. - falei, fria.

- Por Deus, como acha que eu faria isso? Eu te amo! - ele me encarou.

- Haram...

- Só vou levar em conta a merda que está dizendo porque não tomou seus remédios hoje.

- Não seja um estúpido!

- Não briguem! - Isa choramingou.

- Desculpe! - falei, encarando Isa e a pegando com cuidado, a colocando em meu colo.

Ficamos em silencio e ele deu partida. Respirei fundo e me concentrei em Isa.

- Quer ir para casa ou a casa da vovó?

- Para casa.

- Ok! - beijei o topo de sua cabeça.

- Mamãe quem é Bricia?

Estremeci.

Como eu explicaria algo do qual eu não estava pronta? Do qual eu estava tentando deixar no " passado" e seguir em frente?

- Mãe?

- Isa agora não. - Wilmer falou. - Deixe sua mãe em paz.

- Por que aquela mulher falou o mesmo nome que a tia Madison?

Madison havia falado sobre a Bricia?

Meu sangue ferveu. Eu iria soca-la. Ela não tinha o direito de falar algo tão pessoal e ainda mais para a Isa. Se era duro para mim, imagine para uma criança saber que tinha uma irmã.

- Nena respire e inspire! - Wilmer pediu.

Só assim me dei conta que estava tendo uma crise.

- Mamãe..- Isa choramingou.

- Eu quero morrer, Wilmer. Ta doendo demais.

- Nena não diga bobagens e ainda mais na frente da Isa.

- Eu quero sair daqui, estou me sentindo sufocada.

- Droga! - ele parou o carro e sentou no banco de trás e abriu a janela. - Respire! Me acompanhe. - o acompanhei.

Eu escuta Isa choramingar e isso me deixava pior ainda.

- Isa, calma! - pedi.

- Se você morrer, eu morro junto mamãe. - ela me abraçou.

- Desculpe! Eu falei sem pensar, eu não vou morrer, ok? Eu te amo.

- Também te amo.

Logo eu estava mais calma e Wilmer voltou ao seu lugar e deu partida novamente. Isa deitou e fiquei acariciando seu rosto, ela estava sonolenta.

- Durma anjo!

Céus! Eu não queria falar sobre Bricia, mas sei que Isa não desistiria.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora