Igual o babaca do seu pai.

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Quando vi Demi parar, eu sabia que nada estava bem. Assim que a abracei ela desmaiou. Me desesperei, ela estava bem pálida. A peguei nos braços e andei ate a porta. Peguei com dificuldade a chave no bolso da minha calça e a abri.

Por sorte ou esquecimento ela não havia mudado a fechadura.

A coloquei no sofá e fui atrás de algo forte para ela cheirar. Fui ao quarto e entrei no banheiro, peguei o álcool e desci rapidamente. Me agachei ao seu lado e abri a garrafa e coloquei perto do seu nariz.

--- Vamos Demi, reaja amor!

Passei o álcool em seus braços e peito e ela acordou, atordoada.

--- Esta bem? - larguei o álcool e acariciei sua bochecha fria.

--- Estou tonta! Minha cabeça doí.

--- Vou cuidar de você,Nena! - beijei sua testa.

A peguei nos braços e a levei para o quarto, a depositei na cama com cuidado.

--- Você comeu hoje?

--- Sim!

--- Ok! Vou preparar um banho quentinho pra você.

--- Estou cansada! - ela suspirou baixinho. --- Só quero dormir por mil anos. - rir do seu exagero e arranquei um sorriso fraco da mesma.

--- Entendo seu cansaço, mas o melhor é tomar um banho e comer algo.

--- Estou enjoada...quero só o banho.

Saí dali e fui preparar seu banho quente. Coloquei seus sais e esperei a banheira encher. Minutos depois, fechei a torneira e saí do banheiro. Fiquei encantado em vê-la acariciar a barriga e falar com a nossa filha, me encostei a parede e fiquei observando-a pelo espelho.

--- Mamãe te agitou demais, não foi princesa? Prometo que hibernaremos por 24 horas. Ok, talvez seja exagero. Mas tenho a certeza que iremos descansar muito. Amei o show e você? Gostou da música que fiz pra você? Não quer falar com a mamãe? Chateou. - ela fez bico e segurei o riso. --- Mas queria conversar com você, fazemos isso todos os dias. Será que eu falo demais? Será que nem você me suporta mais? Igual ao babaca do seu pai? - ela bufou.

--- Eu te suporto sim. - ela se assustou e se cobriu com o roupão.

 - ela se assustou e se cobriu com o roupão

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Sorri, ela havia corado.

--- Idiota! - ela estava com a mão sobre o peito e respirava rapidamente. --- Quase nos matou. - ela pós a mão sobre a barriga. --- Calma anjo! Que droga, Wilmer! - ela choramingou.

Fui ate a mesma e a abracei por trás e beijei o topo de sua cabeça.

--- Me desculpem! - senti a barriga ficar para um lado e Demi gemer baixinho.

--- Caralho...isso doí. - ela reclamou.

--- O que faço? - eu estava nervoso.

--- Não sei...alias melhor não fazer nada. - ela se afastou e sentou na cama. --- Toda vez que você faz algo pra " ajudar" - ela fez aspas com os dedos. --- Acaba piorando tudo. Se não for pedir muito quero que vá embora. Ficaremos melhor sem você aqui. - ela voltou a cariciar a barriga e não me encarou novamente.

--- INFERNO! - berrei e isso a fez fungar. --- Demi me des...- ela me interrompeu.

--- Não grita! - ela tapou os ouvidos. --- Vá embora!

Merda! Ela estava chorando.

--- Nena, me desculpe. - me aproximei, ajoelhei e segurei seu queixo delicadamente.

O ergui um pouco e limpei as lágrimas que caiam pelo seu rosto.

" Tienes que saber que es lo último que pido
Que estoy desesperado y según mis latidos
No me queda mucho tiempo a mi favor
Y antes de perder de vista mi camino
Quiero mirarte un poco y soñar que el destino es junto a ti mi amor."

--- Eu detesto te ver chorar e ainda mais quando sou o motivo da sua tristeza. Me parte o coração e sei que tem motivos para me odiar, mas eu juro que eu te amo, nunca vou deixar de te amar, Nena. - ela ia me interromper, mas pus o dedo trêmulo em seus lábios. --- A coisas na vida que simplesmente não sabemos explicar ou porque acontece...mas nunca duvide do meu amor por você e por nossa filha. Eu vou proteger vocês e estar ao lado de vocês sempre. Confie em mim, meu rouxinol. - nós dois chorávamos.

Ela me abraçou forte e a puxei para os meus braços. Sentei e ela fez o mesmo, entrelaçando suas pernas em minha cintura, nos olhamos e nos perdemos nos olhos um do outro. Nenhuma palavra seria o suficiente para expressar o que sentíamos, mas nossos olhares diziam tudo.Seu roupão caiu por seus ombros, a senti estremecer e seus pelos ficarem arrepiados. Acariciei suas costas desnudas e macias. Ela fungava baixinho e eu a abracei um pouco mais, de algum modo eu queria deixá-la um pouco melhor e beijei seu ombro, carinhosamente.

--- Me faça sua Wilmer! - ela pediu, com desespero.

A beijei intensamente, como se não houvesse mais uma chance, como se fosse a ultima vez.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora