Graças a você.

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Acordei, com uma terrível dor de cabeça. Wilmer estava saindo do closet e bufei.

--- Creio que eu havia trancado a porta. - falei ríspida.

--- Sim, mas tenho a chave e precisava tomar um banho.

--- Tinha os quartos de hospedes.

--- Demi, eu queria muito que ficássemos de boa. - ele suspirou. --- Mas você não colabora.

--- Eu? - perguntei, irritada.

Sentei na cama e me cobri com o lençol.

--- Sim...e por isso, vamos dá um tempo. - ele suspirou.

--- Como é que é? Ta terminando comigo, Eduardo? - apertei o lençol.

--- Precisamos de um tempo.

--- Ok! Pegue suas coisas e vaze daqui. Vá pro inferno! Nunca mais volte e fique longe do meu bebê.

--- Com você não dá pra conversar, você ja me expulsa. Tô cansado disso, Demi. - ele falou, irritado.

Entrou no closet e minutos depois voltou com uma mala.

--- Depois volto para pegar as outras coisas. Me ligue, caso sinta algo.

Dei de ombros. Um nó havia se formado na minha garganta e se eu falasse algo, certamente choraria e não era isso que eu queria.

Ele saiu e me encolhi na cama e meu choro escapou.

--- Te odeio...

...

Duas semanas havia passado e eu e Wilmer estávamos na mesma - separados e mal nos falávamos. Ele só ligava para saber se estava tudo bem com o nosso bebê.

Era tudo difícil. Marissa está na minha casa e só sairia quando Wilmer voltasse. Suponho que ela passaria o resto da vida ali. Eu, Demetria Lovato, não estava disposta a voltar com o Wilmer.

--- Demi, para de ser cabeça dura! - ela falou, frustrada.

--- Marissa...- bufei. --- Não quero falar mais sobre isso. Assunto encerrado. Se não quer ficar, tudo bem..eu não estou te obrigando.

--- Grossa! - ela revirou os olhos. --- E você, não vai se livrar de mim tão cedo.

--- Agradeço! - sorri de leve.

--- Nick ligou.

--- O que ele falou? Tenho que voltar a minha rotina.

--- Wilmer vai viajar amanhã...- a interrompi.

-- Espero que ele fique lá pra sempre.

--- Ele está doente!

--- Doente? - estreitei os olhos.

--- Está depressivo.

--- O que eu tenho haver com isso? - revirei os olhos. --- Ele pode muito bem chamar a psicologa pra cuidar dele.

--- Ele estava internado. - ela mordeu os lábios.

--- Como? - arregalei os olhos. --- Desde quando isso?

--- Uma semana atrás!

--- Por que ninguém me falou?

--- Evitar que você ficasse mal.

--- Como acha que estou agora, Marie? - choraminguei.

--- Te levo lá...

--- Ok! Vamos logo.

Ela subiu e logo retornou. Saímos e fomos ate o apartamento do Wilmer.

Toquei a campainha e me arrependi quando vi Lindsay ali.

--- Como vai querida?

--- O que faz aqui? - perguntei, me segurando pra não meter a mão na cara dessazinha.

--- Cuidado do que é meu! Em breve estaremos casando e graças a você.

--- Não tem nada seu aí sua atriz pornô. - Marissa falou, irritada. --- Wilmer...- ela berrou.

--- Vamos Mari...- falei, baixinho e saindo dali.

Ouvi Lindsay berrar algo e logo Marissa me acompanhou.

--- Acho que quebrei a mão. - ela reclamou, mas estava com um sorriso no rosto.

--- O que fez Marissa?

--- Arrebentei o nariz daquela traveco com um soco.

--- Céus...não devia ter feito isso.

--- Qual é? Ela mereceu.

Ficamos em silêncio e entramos no elevador. Não consegui segurar o choro e Marissa me abraçou.

--- Eu o perdi, Marie. - funguei.

--- Não diga isso, Demi. Aposto que ela está mentindo.

--- E se não estiver?

--- Eu não confio nela. Calma, ok?

Apenas assenti.

O caminho todo de volta pra casa ficamos em silêncio. Ao chegar, fui diretamente pro meu quarto e deitei na cama, me encolhendo e aos prantos.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora