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Wilmer me ajudou a fazer minha higiene e logo fui tomar meu café da manhã, estava com muita fome.

--- Calma! Coma devagar. - Wilmer falou com um sorriso lindo.

--- Nosso bebê...- falei com a boca cheia e logo engoli. --- Fale isso pro nosso filhote. - ele riu e negou.

--- Calma aí, amor do papai. - ele alisou minha barriga e nos olhamos com um sorriso largo.

Wilmer sem duvidas seria um ótimo pai, o que eu não sabia era se eu seria uma boa mãe. Aquilo me fez ficar com o coração apertado.

Abracei Wilmer e ele retribuiu. Alisava minhas costas, eu me sentia protegida em seus braços.

--- Opa, atrapalhamos... - desfiz o abraço e encaramos Nick e eu sorri largo. --- Acho melhor voltarmos depois. - ele brincou.

--- Palhaço! - ri e ele também. --- Entra!

Assim ele fez, seguido por Débora e Joe, o que me fez ficar um pouco desconfortável, não pela Dê,mas sim, por Joe. Wilmer agora, estava serio.

--- Como ta tartaruguinha? - Joe perguntou.

Sorri torto, ele me chamava assim quando " namorávamos" a uns anos atrás.

--- Bem!

--- Ótimo!

--- Trouxemos chocolate e flores. - Dê falou e eu a abracei.

--- Obrigada.

--- Que injustiça é essa? Abraçou a Dê e não me abraçou. - Nick falou, fingindo estar ofendido.

--- Vem aqui, Irmão. - falei rindo e logo o abracei.

--- Vou tomar um café e sei que ficará em boa companhia. - Wilmer falou sorrindo, mas sua voz saiu meio dura.

Ele saiu e sorri torto. Não queria passar meus problemas a ninguém.

--- Ui, ele ta nervosinho. - Joe falou rindo, parecia debochar.

--- Joe vai se ferrar, Ok? - falei irritada e me levantando com tudo, indo pra cima do mesmo e apontando um dedo em sua cara.

--- Calma aí, Dem's! - ele levantou as mãos, em sinal de paz. --- Só fiz uma brincadeira.

--- Calma um caralho, Joe. Tem ideia do que passamos? Certamente não. Então não venha falar merda ou fazer gracinhas...enfia suas brincadeiras no seu rabo. - explodi, e choraminguei. --- Fora daqui! - me sentia tonta.

--- Acalme-se Demi. - Dê pediu e me segurou.

--- FORA! - berrei.

--- Desculpe Demi. - ele falou baixinho, parecia arrependido.

Saiu dali e eu já chorava. Sentia um desconforto e minha visão estava embaçada - tanto das lágrimas como pela tontura.

...

Senti um cheiro forte e abri os olhos, Nick segurava a minha mão e uma enfermeira estava ali.

--- Esta sentindo algo? - neguei. --- Ok, descanse.

--- Obrigada! - Nick disse a moça e ela saiu.

--- Quero o Wilmer.

--- Dê ja foi chama-lo. Esta bem? - ele perguntou preocupado.

--- Agora sim.

--- Tem certeza? - assenti. --- Me desculpe.

--- Você não teve culpa, Nick. - sorri de canto.

--- Me sinto péssimo pelo o que aconteceu. - ele respirou fundo. --- Joe foi um babaca.

--- Ele sempre foi um babaca. - revirei os olhos e ri.

--- Tem razão! Mas uma fez desculpe.

--- Tudo bem, Nick.

Ele me abraçou e logo Wilmer entrou no quarto e estava bem agitado.

--- O que houve, nena? - falou se aproximando e Nick se afastou. --- Esta tudo bem? Culpa do...- ele falou entre dentes, mas calou- se.

Ele levantou e segurou Nick pela gola da blusa.

--- Seu irmão vai me pagar se algo acontecer com o Meu Filho ou minha Mulher.

--- Wilmer pare! - pedi. --- Ele não tem culpa.

--- Escute-a Wilmer. - Dê pediu. --- Ela não pode se estressar.

Ele soltou Nick e se afastou, indo ate a janela e ficando de costas - ele respirava fundo. Nick pediu desculpas e saiu. Dê também fez o mesmo e saiu.

--- Satisfeito Wilmer? - minha voz saiu dura.

--- Desculpe...

--- Não é a mim que deve desculpas, e sim ao Nick.

--- Serio que vamos discutir por isso? - ele se virou.

--- Sim, não devia ter tratado Nick daquele jeito, ele não fez nada.

--- Eu sempre sou o errado, não é? - ele negou. --- Pra você os outros sempre estão certos e eu sempre estou errado.

--- Quer saber? Não quero ouvir você. - falei me virando devagar e fechando os olhos, ele bufou.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora