Demi.

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Autora.

Antes de lerem o capítulo: Preparem os curações. Gracias pela atenção.


Nos separamos do beijo quando o ar nos faltou.

Eu devia estar me sentindo péssima e culpada não é? Mas eu não estava.

Ele já ia falar, mas o calei quando coloquei um dedo sob seus lábios.

--- Shiiiii.

Encostei minha cabeça em seu ombro e ele me abraçou. Aproveitei para dormir um pouco, já que a minha noite fora horrível.

Ao chegar, Debora nos avisou que o lugar já estava cheio e que seriamos os últimos a cantar.

--- Algum problema? - ela perguntou.

--- Não. - respondemos juntos e rimos.

De fato, não era nenhum problema para mim. Mas sei que todos ficariam chateados com a minha ausência, porém, eu não tinha culpa da mudança do horário da apresentação e pra falar a verdade, agradeci por isso.

--- Ótimo! Vão para o camarim agora? Terão...- ela olhou o celular. --- Três horas para estarem prontos, ok? - assentimos.

--- Fome! - falei, e eles riram. --- Idiotas! - revirei os olhos.

Debora saiu na frente.

--- Quando é que você não sente fome?

--- Sério que você não lembra, Joe?- sorri, maliciosa.

Ele engoliu em seco. Sorri e saí dali, acompanhando a Debora.

No camarim, havia muita comida e foi para lá que fui assim que entrei porta adentro. Ouvi risos e dei de ombros. Realmente estava com muita fome, já que não havia jantado e nem tomado café. Depois de comer um sanduíche e tomar um copo de suco, fui ate onde os outros estavam. Debora não estava mais ali, e Joe conversava com os músicos, mas seu olhar era direcionados a mim. Dei de ombros, abri a bolsa e peguei meu celular e vi várias mensagens e ligações - em grande maioria da minha mãe.

Dianna estava um pé no saco. Passou o começo de Dezembro planejando a festa de Natal e as mesmices de todos os anos. Mas dessa vez me recusei a fazer troca de presentes. Não estava a fim de fingir.

" Querida, você não vem a festa de Natal?"

" Sentiremos sua falta! Natal sem sua presença é meio tristonho. Mas entendo o seu trabalho."

" Mamãe vai guardar um pedaço da torta que você tanto ama. "

" Te amo e estou com saudades."

Não respondi nenhuma mensagem. Guardei o celular e fiquei conversando com os outros.

Ás 21:00, eu e Joe estávamos prontos. Joe não parava de me comer com os olhos e eu internamente, estava adorando isso. Estava de frente ao espelho, passando meu batom cor vinho quando Debora se aproximou.

--- Tem certeza que vai usar essa roupa?

--- Algum problema?

--- Acho que Wilmer não irá gostar quando...- a interrompi.

--- Que foda-se todo mundo. Estou gostando e isso é o que importa.

--- Você tomou seu rémedio?

--- Você não é paga para fazer perguntas e muito menos se meter na minha vida. - falei, entre dentes e a vi se assustar. --- Por tanto, Debora, se me perguntar algo mais eu vou perder a calma e arrebentar sua cara. - saí sali, esbarrando na mesma e indo ate os músicos.

Ás 22:00, Joe subiu ao palco e arrasou como sempre. Curti o show todo e ignorei os olhares que Debora me lançava. Ás 23, eu que tomei conta do palco e foi incrível o carinho de todos comigo e o quanto fiquei emocionada ao ouví-los cantar todas as músicas. Faltava cinco minutos para o Natal e fizemos a contagem juntos.

--- 5, 4, 3, 2, 1... Feliz Natal! - desejei.

Houve fogos, abraços e logo voltei ao camarim e seguimos ate onde o ônibus estava e Joe me deu uma taça com champanhe e brindamos. Estávamos nos despedindo, já que Joe havia alugado um helicóptero - ele precisava voltar o quanto antes e descansar por algumas horas, já que ele faria uma viagem para o Brasil em sua nova tour.

--- Feliz Natal! - dissemos um ao outro.

Bebi um pouco e o liquido desceu " queimando". Talvez, pelos longos anos me mantendo sóbria. Senti um olhar sobre mim e logo vi Debora se aproximando.

--- O que pensa que está fazendo? - sua voz saiu fria. --- Você não está normal. - ela pegou a taça da minha mão.

--- DEBORA VAI SE FERRAR, OK? - berrei, ignorando os olhares das pessoas presentes. --- JÁ ESTOU DE SACO CHEIO DE VOCÊ.

--- Demi...- Joe falou, segurando meu rosto entre suas mãos. --- Acalme-se!

--- Venha, vamos para casa! - Debora falou, segurando meu braço.

--- SOLTE-ME! - berrei, e me soltei. --- Vou com o Joe.

--- Não, você é minha responsabilidade.

--- NÃO SEJA ESTÚPIDA! EU NÃO SOU UMA CRIANÇA QUE VOCÊ PODE ORDENAR. VOU COM O JOE.

Saí puxando o mesmo e pegando minha bolsa que estava na mão da Debora. A ouvi berrar e a ignorei. Entramos no carro que havia exigido e seguimos ate onde o piloto estaria a espera de Joe.

***

Fomos calados ate chegar ao apartamento do Joe. Ao chegarmos,entramos e sentamos no sofá.

--- Quer beber algo?

--- Wísque.

--- Tem certeza?

--- Sim.

Ele levantou e pegou dois copos,o wísque e o gelo. Nos serviu e ficamos bebendo entre conversas e olhares.

" Uma,duas...três garrafas."

Eu estava péssima, e nada fazia me sentir melhor. Minha cabeça girava e tudo o que eu queria era dormir.

--- Está bem? - ele perguntou.

Assenti. Ele se aproximou e capturou meus lábios. Me puxou para sentar em seu colo e logo me pegou em seus braços e foi esbarrando em tudo ate chegarmos no seu quarto,e tombamos na cama. Nossas respirações estavam agitadas, outro beijo se iniciou. De um beijo calmo,ele se tornou intenso.

" Roupas espalhadas,respirações agitadas e suor predominavam aquele quarto. Dormimos logo em seguida."

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora