Eu me declaro culpado [16+ Insinuação de sexo]

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Leitora/Dean Winchester.
S/n - Seu Nome
S/s - Seu Sobrenome
***

- Ah, fala sério!- Exclamou o cara enquanto eu o empurrava mais para dentro da cela.- Do que eu estou sendo acusado, mesmo?
- Falsidade ideológica, resistência a prisão e agressão a um policial - Falei enquanto trancava a cela. Eram mais infrações do que qualquer outro vagabundo já teve nesse lugar. Isso me surpreendeu, nesse fim de mundo, as únicas ligações que recebemos são sobre roubo de galinhas.
- Escuta, xerife..?- Ele estreitou os olhos e leu a placa em meu peito.- S/s. Sei que se conversarmos direito, tudo sera explicado.
- Tudo bem, conte sua história - Falei cruzando os braços.
- Eu e meu irmão, o grandão, você já conheceu ele - Assinto com a cabeça, esse dois não são do tipo que se esquece. Aliás, o irmão dele ainda não apareceu. - Nos somos jornalistas, essas ocorrências esquisitas que vem acontecendo, estamos investigando, sabíamos que não nos deixariam entrar nas casas só com a credencial de repórter, então improvisamos.
Ponderei sobre o que ele disse por alguns segundos, ele parece estar falando a verdade, mas não confio nesse tipo que pensa que só porque trabalho nessa cidade esquecida pelo mundo, sou uma caipira idiota.
- Posso talvez ser generosa e retirar a acusação pelas identidades falsas - O homem abriu um sorriso torto, um belo sorriso para ser sincera.- Mas você agrediu meu colega, e duvido que Rudy deixara essa passar.
- Ele começou - Argumentou. - Só estava me defendendo!
- Como se chama?- Perguntei e antes que ele respondesse, falei:- O nome verdadeiro.
Ele riu e pareceu pensar por alguns segundos antes de responder:
- Dean, meu nome é Dean Winchester. E o seu?
- S/n - Respondi.
- É um lindo nome - Dean falou sorrindo de forma atraente.
- Esta brincando se acha que vou solta-lo se ficar me bajulando - Falei sentando sobre a mesa enfrente a cela e cruzando as pernas.
- Eu só digo o que acredito ser verdade - Ele piscou para mim.
- Certo - Concordei.- Seu irmão esta demorando, não acha? Talvez ele tenha se mandando para não correr o risco de ser preso também.
- Ele vem - Dean afirmou.- Mas e seu amigo policial? Onde ele esta?
- Cuidando do olho - Falei lembrando de Rudy xingando até o inferno com aquela bolsa de gelo no rosto.- Foi um belo soco.
- Obrigado - Agradeceu com um sorriso pretensioso.
Voltei a ficar em silêncio. Dean parecia ser um cara legal, seu jeito era meio cafajeste, mas lhe caia muito bem.
- Desculpe se estiver sendo muito curioso - Ele falou depois de um tempo.- Mas o que uma garota como você faz em um lugar como esse?
- Estou trabalhando - Respondi sem entender.- E o que quer dizer com "uma garota como você"?
- Não, eu quis dizer, uma cidade tão esquecida como essa. Você poderia estar em outro lugar mais movimentado. E com a ultima parte digo, uma garota bonita como você.
Soltei uma risada, ele estava mesmo flertando comigo daquela forma?
- Bem discreto - Falei, ele também riu, acho que percebeu sobre o que eu estava me referindo. Dean piscou para mim e sorriu.
- Só estava querendo matar o tempo - Falou.
Olhei em volta e pela janela já dava para ver que estava escuro, não havia hotéis na cidade, então deduzi que o irmão dele estava vindo da cidade vizinha.
- Sinto muito por informar - Falei olhando para Dean que ergueu a cabeça fixando seu olhar em meu rosto.- Mas acho que seu irmão só chega amanhã de manhã. Estão hospedados na cidade vizinha, não é?
- Sim, estamos - Confirmou.
- É, atravessar para cá durante a noite é complicado, tem o trecho perto do lago que atrapalha muitos motoristas a essa hora.
- Ai, Sammy - Dean resmungou.- Bem, posso ligar para ele outra vez?
- Se quiser - Falei descendo da mesa e destrancando a porta da cela.
Dean saiu e caminhou ate o telefone preso a parede, discando o numero e esperando alguns segundos. Não demorou muito para que ele batesse o fone no gancho e suspirasse frustrado.
- É, acho que vou passar a noite aqui - Falou se recostando na parede.- Ele não atende.
- Pode ter ficado sem sinal - Falei sentando outra vez na mesa.
- E ai? Não vai me mandar de volta pra cela?
- E por que eu faria isso?- Perguntei.- Você não vai fugir mesmo.
- Acha que eu não fugiria?- Dean sorri com malicia.
- Acho, primeiro porque não iria muito longe, eu tenho uma arma e você não. Segundo, tenho razões o suficiente para pensar que você vai gostar de passar a noite aqui.
- Por que acha isso?- Dean perguntou aproximando-se da mesa ficando de frente para mim.
Era inegável que mesmo nessas circunstâncias estava rolando um certo clima entre nós, e Dean era irresistível a qualquer uma.
Ele já estava próximo o bastante para que eu o segurasse pela jaqueta, trazendo-o para ainda mais perto e o beijando em seguida.
Dean se prostrou entre minhas pernas e segurou forte em minha cintura, beijando-me de volta com intensidade.
- Por isso - Respondi finalmente sua pergunta me afastando.
- É, tem razão. Eu adoraria ficar aqui.
Voltamos a nos beijar e eu envolvi a cintura de Dean com minhas pernas, sendo levantada da mesa em seguida. Ele caminhou de volta para a cela.
- O que esta fazendo?- Perguntei rindo ao quebrar o beijo.
- Eu estou preso não estou? Eu me declaro culpado, preciso ficar aqui.
Joguei a cabeça para trás e soltei uma gargalhada.
- Certo, Winchester - Falo descendo de seu colo e o empurrando até a cama de solteiro que ficava no canto da cela.- Então já que é culpado, eu devo puni-lo.
- Com certeza, xerife S/s.
Dean caiu sobre a cama e eu sentei em sua cintura.
- Vamos começar pelas algemas - Falei com um grande sorriso maléfico erguendo o objeto. Dean me olhou surpreso mas logo um sorriso maliciosa se abriu em seus lábios.

***

Já havia amanhecido e eu estava terminando de abotoar a camisa de meu uniforme quando a porta da delegacia se abriu.
- Oi, Xerife... eu vim buscar meu irmão, a estrada estava fechada ontem a noite - Explicou o rapaz entrando com as mãos nos bolsos.
- Claro, ele esta ali - Apontei para Dean dormindo dentro da cela.- Vou chama-lo.
Caminhei até a cela e chacoalhei as grades.
- Hey, Winchester. Seu irmão esta aqui.
Dean acordou assustado, tombando para fora da cama.
- Inferno - Resmungou, enquanto se levantava com a mão na nuca.- Olha quem se lembrou que tinha um irmão.
- A estrada estava interditada - Defendeu-se o rapaz.
- Aqui esta sua arma, e seus documentos, seu celular - Entreguei a Dean tudo o que havia confiscado dele noite passada.
- Tem algo a mais aqui? - Ele perguntou erguendo o celular.
- Talvez - Sorri mordendono lábio de leve.- Agora é melhor saírem daqui logo, Rudy vai chegar daqui o pouco e duvido que deixem que você saia com tanta facilidade.
Eles assentiram e antes de sair Dean me lançou um sorriso torto junto com uma piscadela.
- Sério? Ficou com a xerife? - Ouvi o irmão perguntar a Dean quanto estava do lado de fora.
- Se você falar mais alto, talves aqueles caras do fim rua ouçam, Sam - Dean retrucou em tom irônico.
Balancei a cabeça, Dean era uma figura, eu devia ter dado meu número a ele.

✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora