Toxic (Britney Spears)

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Leitora/Dean Winchester

***

— Qual é, Dean? – Bufo. – O vôo vai sair em menos de cinco minutos, precisamos embarcar.
Dean olhou de mim para o portão de embarque, e do portão para Sam que também não estava nada satisfeito com a frescura do irmão.
— Não, eu não vou, esqueçam. Vão na frente eu os encontro na Califórnia – O Winchester cruza os braços e se recusa a andar.
— Dean, já conversamos sobre isso. Precisamos chegar ainda hoje na Califórnia e não da tempo de espera-lo ir de ônibus – Sam fala, tentando convencer o irmão.
— Por que não podemos usar a Baby? Ou eu posso simplesmente roubar um carro – Dean tenta outra vez.
— Sabe que não podemos chamar a atenção. E roubar um carro é praticamente gritar pra policiar vir atrás de vocês – Falo.– E também não podemos usar o Impala, podem rastreá-lo.
— Vamos logo, Dean, não temos o dia todo e o avião vai decolar em poucos minutos – Sam o apressa.
— Vem, vamos e sem reclamar – Agarro Dean pela jaqueta e saio o arrastando através do portão de embarque, ele oferece um pouco de resistência no início, mas percebe que perdeu então apenas fecha a cara me acompanha.

***

A poltrona ao meu lado afundou, mas não era quem eu esperava.
— O que ta fazendo aqui, Dean?– Pergunto, estranhando Dean ali.– Essa é a poltrona do Sam.
— Não vou sentar com qualquer desconhecido – Dean se explica.– Sabe como fico em aviões quer que eu surte do lado de um estranho?
— Isso é exagero – Falei, revirando os olhos. – E como convenceu Sam a ceder o lugar?
— Ele acreditou na minha história – Dean sorriu.
— Ele é um coração de manteiga, é só você fazer um draminha e ele faz o que você quer – Digo, voltando a minha posição normal na cadeira.
— Ei, o que vai fazer?– Ele pergunta, vendo que ia colocar meus fones de ouvido.
— Vou dormir, Dean. Coisa que não faço a alguns dias – Respondi.
— O que? E eu? S/n, não pode dormir e me deixar sozinho.
— Não vai estar sozinho, tem mais cem pessoas nesse avião, vá fazer amigos – Digo.
— Tem razão – Dean sorri, malicioso. Ele vira a cabeça e olha em volta por alguns segundos.– Vou ver se a aeromoça quer fazer amizade...
— Opa! – Exclamei, puxando-o de volta para a poltrona quando ele ameaçou levantar.– Nem pensar, Winchester.
Dean riu e então voltou a perguntar, com a sobrancelha erguida:
— Vai ficar comigo então?
Antes que eu respondesse, o piloto avisou que o avião iria decolar, Dean agarrou minha mão com força. Apertei sua mao de volta, sorrindo internamente com aquilo. Dean e eu tínhamos... não sei muito bem o que nós tínhamos, mas era bom saber que ele se sentia seguro comigo.
— Acabou, princesinha – Brinquei no momento em que o avião estabilizou no ar. Dean me olhou aborrecido e bufou.
— Isso não é engraçado.
— É sim – Retruquei.
— Claro que não é. Eu só fico um pouco nervoso.
— Você fica apavorado.
— Igual ao jeito que você fica toda vez que vê uma aranha? – Ele sorriu, vitorioso.
— Ei! Isso é diferente! Aranhas são venenosas, elas pode matar – Argumento.
— E aviões caem. S/n, você acha que uma coisa desse tamanho cheio de gente voando é realmente uma opção segura?
— Dean, você não morreu lutando contra demônios, lobisomens, vampiros e nem nenhuma dessas coisas que caçamos. Acha mesmo que vai morrer em um desastre de avião? Só se você for muito azarado....
O avião todo estremeceu, a voz do piloto vindo de altos falantes nos comunicou que estávamos passando por uma turbulência. Dean me encarou com os olhos verdes arregalados e todo o sangue havia fugido de seu rosto. Fiz como mandava o procedimento e apertei meu cinto, fazendo o mesmo em Dean já que ele parecia que não conseguiria nem se mover.
Dean agarra minha mão com força, suas palmas estão suadas e ele esta a beira de uma crise de pânico. Em meio ao som alto que embala o avião devido a turbulência, ouço Dean murmurando algo... reconheço por ser uma de minhas músicas favoritas só Metallica.
— Ta cantando Metallica? – Pergunto, virando para sua direção e o encarando.
— Isso me acalma! – Ele revira os olhos.
— Dean, calma, vai ficar tudo bem.
Como previ, não muito tempo depois o avião estabilizou outra vez. Soltei meu cinto para respirar e ajudei Dean a soltar o dele.
— Vem comigo – Pede levantando como um foguete e me arrastando para o fundo avião. Chegamos as cabines do banheiro e Dean entra me puxando junto. Ele se curva sobre o vaso.
— Me trouxe aqui para ver você vomitando? Que romântico.
Ele respira com dificuldade algumas vezes mas não chega a vomitar.
— Acha que eu viria sozinho?
— O avião não vai cair – Digo ficando irritada.
Tento me virar para sair, mas a tranca emperrou. Viro-me de olhos arregalados para Dean.
— Dean...
— Uhn?
— A porta ta travada – Digo, com voz fina, já preocupada com a sua reação. Dean arregala os olhos como eu. Tenta abrir o trinco mas não obtem sucesso. Ele começa a bater desesperado na porta, pedindo ajuda.
Uma aeromoça escuta e pergunta o que houve. Dean inventa uma desculpa esfarrapada e ela diz que vai chamar alguem para abrir o trinco.
Dean se volta para mim, o rosto pálido.
— Dena, calm...
— Não me pede para ficar calmo – Me interrompe.
O espaço não era muito grande, Dean estava tendo que se espremer entre mim e a porta. Sua respiração acelerada batia no alto da minha cabeça. Olhei para seus olhos nervosos e levei minhas mãos até sua nuca. Dean fechou os olhos e encostou sua testa na minha, segueando tinha cintura com força e me puxando mais para si do que achei possível.
— Vou calmar você – Digo. Puxo seu rosto para o meu, unindo nossos lábios. Dean se empolga e segurando meus quadris me empurra contra a parede, beijando-me com força.
Abraço seu pescoço, segurando seus cabelos entre meus dedos e os puxando.
Quando uma das mãos de Dean entra dentro da minha blusa, ouço o trinco da porta abrir. Empurro-o para longe na hora que a porta se abre e lá estão duas aeromoças. Respiro fundo, abrindo meu melhor sorriso amarelo.
— Ele passou mal – Digo, saindo antes que elas vissem meu rubor. Dean me acompanhou e quando chegamos em nossas poltronas ele joga a cabeça para trás.
— Você tem o melhor método para conter um ataque de panico – Dean sorri malicioso.
— E você o melhor método para me fazer passar vergonha.
O Winchester riu, puxando-me mais uma vez para um beijo.

✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora