Leitora/Dean Winchester
***
— Dean! – Grito, entrando na cozinha.– Se não sair de perto dessa torta agora, vou cortar sua mão fora.
No mesmo instante ele se afastou e recolheu a mão.
— Quando vamos poder comer?– Pergunta ansioso.
— Quando der meia-noite – Respondo olhando a hora.– E ainda são onze e meia.
— Fala serio, S/n – Ele se aproxima com uma carinha pidona.– Você não deixou que tocássemos na comida o dia todo. Estou faminto.
— Devia ter comprado um lanche – Digo.– Agora se comporte. Quer passar a noite de natal no quarto?
— Não seria má ideia – Seu tom carregado com malícia, ele me abraça por trás e beija meu pescoço, já que eu estava de costas para o loiro.
Reviro os olhos e me afasto.
— Você é um tarado – Falo apontando para ele com o dedo.– Por que não é como Sam? Ele está comportado, de banho tomado e enfeitando a sala como pedi.
— Hey, eu tomei banho – Ele diz ofendido. – E eu também estou te ajudando.
— Você esta me perturbando – Digo e começo a empurra-lo para fora da cozinha.– Tem uma grande diferença.
Expulso Dean da cozinha e volto para terminar de cozinhar tudo. Ouço passos entrando na cozinha e me viro irritada.
— Dean. Se veio me irritar outra vez, juro que enfio aquele peru no seu…
— Ei calma – É Sam erguendo as mãos. – Ta estressada hein.
— Dean esta me tirando do sério – Digo me voltando outra vez para o assado.
— Sei como se sente. Acho que Castiel nunca teve um natal comum antes. Ele não para de fazer perguntas. Esta me enlouquecendo.
— Bem, eu também nunca tive um natal comum antes – Digo, sentando-me um minuto para descansar. – Obrigada por me ajudar, Sammy.
Sam sorri de maneira fofa e segura minha mão.
— Faço isso por todos nós, e você tem sido incrível, S/n. Tem feito por Dean o que nenhuma outra mulher fez, obrigado por cuidar do meu irmão e obrigado por não abandona-lo quando as coisas ficaram difíceis.
Ele estava falando da marca, quando Dean ficou possuído por ela e tentou nos matar com um martelo.
Apertei a mão dele de volta.
— Dean é o amor da minha vida, você e Cass são minha família. Não importa o que aconteça eu nunca abandonaria nem ele e nem vocês.
Sam beija minha testa e se levanta, diz que precisa terminar a arvore e sai da cozinha.
Levanto-me, ainda com um sorriso no rosto, secando levemente uma lagrima que escapou pelo canto de meus olhos e volto ao forno.***
— Pronto – Murmuro para mim mesma ao terminar de preparar a mesa.– Estou morrendo.
A sala de reuniões do bunker que foi transformada em uma sala de jantar totalmente enfeitada e iluminada esta vazia quando termino de arrumar tudo. Acredito que os rapazes foram se aprontar, já que deixei bem claro que queria todos arrumados. Porem quando saio da sala e vou a procura dos três, faltam quinze minutos para meia-noite.
Eu os procuro por uns dez minutos por praticamente todos os cômodos do bunker e não encontro os idiotas em lugar nenhum. Eu estava ficando preocupada já que eles não iriam sair do nada sem me avisar antes. Continuo a procura-los até desistir e volta a sala principal encontrando tudo como estava antes, nenhum deles apareceu.
Sento-me em uma das cadeiras tirando um de meus saltos, meus pés estavam doendo por andar por ai e talvez pela tensão. Eu iria matar cada um com minhas próprias mãos.
Olhei o relógio impaciente que quatro minutos haviam se passado, nem sinal dos três imbecis.
Nesse momento a porta Bunker se abriu. Levanto imediatamente da cadeira e fico sem reação ao ver Dean, Sam e Castiel descendo as escadas. Sam trazia um grande saco vermelho nas costas.
Ah não acredito! Essas... criaturas sumiram, me deixou morrendo de preocupação. Só para bancar de Papai Noel?
Esse pensamento me irrita tanto que sem pensar arremesso o sapato que ainda esta em minha mão na cabeça de Dean. Que se não tivesse ótimos reflexos e não tivesse se abaixado teria ganhado um belo olho roxo.
— Por que?– Perguntou me olhando de olhos arregalados.– Ela já bebeu?
— Onde vocês estavam?– Pergunto irritada.
— Fomos buscar os presentes no carro – Sam responde com simplicidade.
— Precisavam ter sumido dessa maneira?
— Achamos que não teria problema – Castiel fala de maneira confusa. Para variar ele não esta entendendo.
Eu estava irritada, porém meus olhos bateram no relógio e vi que era meia-noite. Aproximo-me de Dean e para a sua frente.
— Vai me jogar outro sapato?– Dean pergunta.
— Talvez mais tarde – Sorrio.– É meia-noite.
Abraço-o forte e ele retribui.
— Desculpe pelo sapato – Peço olhando-o.– Eu estava irritada, e preocupada por não saber onde estavam…
— Acho que tenho um pouco de culpa – Ele sorri. Abraço-o mais uma vez. Dean me puxa pela cintura dando-me um beijo longo.
Me afasto dele e pulo em Sam, abraçando-o.
— Feliz natal, Alce – Sorrio.
— Feliz natal, raposa – Retruca com um sorriso brincalhão.
Em seguida abraço Castiel, mesmo sabendo que ele não entende o significado dessa data como nós humanos e que para ele é algo novo a forma como comemoramos eu queria inclui-lo em tudo.
— Ei, Anjinho – Digo depois de abraça-lo forte.– Tire essa cara de confuso, vem, eu sei que você não come mas preparei alguns hambúrgueres especialmente para você.
— Obrigado, S/n.
— É a torta?? – Dean corre para a mesa.
— Deuses, você só pensa nisso? – Pergunto ao me sentar na mesa.
— Também penso no presente que comprei para você – Diz com um daqueles sorriso maliciosos que arranca todo o meu ar.
— Estou com medo de saber o que é – Digo.
Ele da uma piscadinha para mim antes de atacar a torta.
Não contenho meu sorriso ao ver todos ali. Era uma familia pequena, mas era a minha família.

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✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋
FanfictionSnapShot foi um gênero que criei baseado no conceito da OneShot, com a diferença que vem com no máximo 1300 palavras. São estórias interativas em que a leitora se inclui nas situações e interage com os personagens originais. Por serem mais curtas, s...