-... Eu prometi a Sam... - Dean sussurrou, seu tom estava cheio de dor.
- É isso o que você quer?- Perguntei, minha vontade era fugir, correr, sumir... ir para qualquer lugar onde eu pudesse desaparecer e nunca mais ter que ouvir outra vez que ele estava indo.
- S/n... é o que ele quis. Lisa, Ben, eu poderia ter o que Sam queria, o que ele me pediu.
- Certo - Falei, respirando fundo. Sequei as lágrimas que escaparam e peguei minha bolsa no chão, colocando-a sob o ombro.- Eu entendi o recado.
Me afastei de Dean, indo para a porta do quarto de Hotel. Estava chovendo muito, uma forte tempestade assoitava a noite escura e eu chegaria completamente molhada em meu carro. Parei por alguns segundos, considerando a ideia de contar tudo o que sentia por ele. Talvez Dean mudasse de ideia se soubesse.
- S/n...- Dean chamou, quando me viu hesitar na porta.- Eu sinto muito.
É isso. Não vai adiantar, é ela que ele ama.
- Se a sua felicidade é ela - Falei, me virando e encarando seus profundos olho verdes.- Estou feliz por você.
Sai para a chuva e corri ate meu carro, não aguentando fingir ser forte por mais um minuto sequer. Liguei meu carro, seguindo para meu apartamento, deixando que as lágrimas caíssem livremente por meu rosto.***
Quando acordei no outro dia, eu estava no sofá de minha sala. Não me lembro de muito da noite passada depois de deixar Dean no hotel, apenas de chegar aqui e cair no primeiro móvel que encontrei.
Levantei, e fui ate a cozinha preparar um café bem forte para essa dor de cabeça infernal que insistia em me infernizar desde que abri os olhos. Eu precisava pensar, precisava resolver o que faria agora que Sam esta no inferno e Dean... bem, Dean largou o trabalho.
Eu sentia falta dele, agora que meu melhor amigo tinha caido no inferno, Dean era uma das únicas coisas que tinha me sobrado. Mas chorar por ele não vai mudar sua decisão, eu estava sozinha.
Depois de tomar café, tomei um banho e me troquei, pegando meu carro e indo até a casa de Bobby.
- S/n?- Perguntou surpreso, ao abrir a porta. - O que faz aqui?
- Nem eu sei - Respondi, suspirando. Entrei e fui até a sala me sentando no sofá, Bobby me seguiu e sentou em sua mesa.- Eu só estou muito confusa, muito confusa mesmo. Precisava encontar alguem conhecido, sabe?
- As coisas aconteceram rápido demais, não é?- Comentou.- Sam indo para o inferno, Castiel sumindo pro Céu, e Dean... onde esta Dean?
Joguei a cabeça para trás, tentando evitar o tom amargo em minha voz:
- Dean largou - Contei. - Foi morar com Lisa.
Bobby ficou bem surpreso, ele abriu e fechou a boca diversas vezes.
- Nossa, por essa eu não esperava - Falou.- Achei que se juntaria a você para encontrar uma maneira de resgatar Sam do andar de baixo.
- Eu também - Disse, baixando o olhar.
Eu não entendia o que Dean quis com isso tudo. Ele sempre colocou a familia acima de tudo, mas justo nesse momento nos abandonou. Isso não pode ter sido desejo de Sam.
- Então, o que vai fazer agora, S/n?- Perguntou o caçador me olhando com um pouco de pena. Ele sabia que eu amava Dean, na verdade todos sabiam disso. Dean que não devia ter percebido, pois em todo esse tempo que façamos juntos, que vivemos juntos, nunca passou de nada além de alguns beijos entre nós.
Eu dizia que era acidente e fugia, mas a verdade é que eu tinha medo de me magoar se disse a ele que meus sentimentos eram tao fortes e ele não retribuir. Bom, parece que mesmo não contando eu acabei me machucando.
- Vou caçar, salvar Sam e viver minha vida, Bobby - Respondi, respirando fundo. - Eu não tenho mais nada a fazer. Ele jogou a toalha, eu não. Não vou parar minha vida por isso.
- S/n, é perigoso que saia caçando sozinha, você nunca fez isso - Bobby advertiu.
- Vou sobreviver - Respondi, me levantando. - Até mais, Bobby.
Já estava a alguns metros da porta quando o ouvi dizer:
- Tome cuidado, e não morra.
- Digo o mesmo - Sorri fraco e segui até meu carro.***
Cheguei em casa e abri meu computador, começando a fazer o que sabia se melhor: Procurar casos.
Encontrei algo em Seattle, parecia ser um caso clássico de lobisomem. Arrumei minhas coisas e sai pouco antes de escurecer, dirigindo sem parar a noite toda.Quando cheguei na cidade, comecei a procurar por lugares prováveis onde o lobisomem poderia estar escondido. Não parecia ser mais de um, eu daria conta.
Acabei encontrando um armazém, era grande e parecia com os locais que essas coisas se escondiam. Peguei minha arma e entrei no lugar.
Tudo estava silencioso, não havia sinal do monstro em lugar nenhum, mesmo assim não baixei a guarda. Quando estava na metade do armazém fui surpreendida por um rosnado vindo de trás de mim. Um não, vários.
Olhei em volta a procura da origem dos sons, mas não havia nada.
- Veja quem entrou na ratoeira - Uma voz extremamente conhecida falou vindo da escuridão.
- Crowley?- Falei estreitando os olhos.
- Ola - Voltou a falar, se aproximando. Consegui ver seu rosto sorridente apensar da pouca iluminação.
- O que está fazendo aqui?- Questionei, e mais uma vez ouvi os rosnados.- E o que é isso?
- São apenas meus bichinhos se estimação - Ele sorriu, acariciando o vazio ao seu lado. Aquilo só podia significar uma coisa: Cão do inferno.
- E - Ele prosseguiu. - Vim encontra-lá.
- O que?- Perguntei, sem entender. Como ele sabia que eu estadia aqui? E onde estão os malditos lobisomens?
- Meus informantes estão sempre atualizados sobre os passos de meus inimigos - Ele respondeu. Ele viu que eu ainda não tinha entendido e revirou os olhos.- Alguns de meus súditos estavam se divertindo por aqui e viram sua chegada na cidade.
Então não eram lobisomens, eram demônios sádicos.
- E então, vai me matar?- Perguntei.
- Não. Você não serviria se nada morta - Ele falou e sorriu.- Tenho outros planos para você.
Do breu ai seu lado saíram maia dois demônios. Eles correram até mim, me segurando pelos braços.
- Eu devia ter te matado quando tive a chance - Rosnei.
- Não se preocupe - Crowley falou, sem se abalar se aproximando.- Vamos nos divertir muito...
Abri a boca para responder, então senti uma forte pancada na cabeça e apaguei.

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✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋
FanfictionSnapShot foi um gênero que criei baseado no conceito da OneShot, com a diferença que vem com no máximo 1300 palavras. São estórias interativas em que a leitora se inclui nas situações e interage com os personagens originais. Por serem mais curtas, s...