Leitora/Castiel
***
Já fazia mais ou menos umas uma hora que eu estava esperando uma droga de uma pizza. Eu não entendo o porque de tanta demora, afinal é só uma pizza. Ela esta vindo de onde? Itália?
Impaciente, vou até o quarto onde Emma, a bebe que estou cuidando esta noite incrível de sábado, está dormindo. Para completar minha alegria, Emma começa a chorar. Ela deveria estar com fome.
Desço com o bebe no colo para a cozinha, prendendo-a em segurança no cadeirão e indo preparar sua mamadeira.
A campainha da porta da frente toca e eu vou atende-la, ao abrir me deparo com um cara um pouco mais velho que eu, segurando uma caixa de pizza. Aleluia.
— Finalmente – Resmungo, mal-humorada, mas logo me arrependendo de minha atitude.– Desculpe, só estou meio estressada.
Pego as notas no bolso de trás de meu jeans e começo a conta-las para pagar.
— Er... tem alguma coisa acontecendo lá dentro – O rapaz chama minha atenção, apontando para a cozinha. Olho para o local e meu coração para quando vejo uma coluna de fumaça sair pela porta.
— Ai.Meu.Deus! – Exclamo, disparando em direção a cozinha encontrando a panela onde estava aquecendo a mamadeira arder em chamar.
Desligo o fogo, pegando Emma do cadeirão em seguida, afastando-a da fumaça. Quando me viro de volta para a panela, o cara que trouxe a pizza esta ali, apagando o fogo antes que piore.
Quando tudo esta mais calmo e eu tenho a certeza de que não vou incendiar a casa, solto um suspiro.
— Não acredito nisso – Falo, segurando Emma nos braços com força. A madeira estava derretida dentro da panela. Volto-me para o rapaz que ainda segura a jarra com água e Sorrio.– Muito obrigada por ajudar, sério mesmo, eu teria feito uma confusão se tivesse que controlar isso sozinha.
Ele sorri, percebo que seus olhos são de um intenso tom de azul.
— Não precisa agradecer, eu não poderia ficar assistindo – Ele responde, tímido.
— Mesmo assim você precisa ser recompensado – Digo, sorrindo por sua timidez. Ele era bonito, e eu estava sendo sincera sobre querer agradecer.– Você deve estar com fome. Esta trabalhando a noite toda, pode ficar e jantar comigo.
— Eu acho que não posso...
— Por favor, é o mínimo que posso fazer – Digo, ainda embalando o bebe, ela parou de chorar e está dormindo. Como? Acho que não era fome, afinal.
— Mas... sua filha – Ele coça a cabeça.
Solto uma risada.
— Ela não é minha filha. Sou baba de Emma. Os pais dela só viram busca-la amanha pela manhã – Digo.– Vou coloca-la para dormir, não saia daqui.
Rio e saio escada a cima.
***— Acho que preciso saber seu nome – Digo, voltando e o encontrando no mesmo lugar.
— Castiel – Responde após alguns segundos.
— Eu sou S/n – falo, sorrindo e indo até a cozinha que por sorte não sofreu danos.– Espero que esteja com fome.
Passei por ele abri a caixa de pizza no balcão, o cheiro estava incrível e eu faminta. Fui até o armário pegar pratos e talheres e ao me virar, Castiel ainda estava ali, paradão.
Ele era engraçado, e fofo, parecia inofensivo. Mas eu não sou idiota para ficar completamente relaxada com ele aqui, mesmo assim... ele me salvou de um incêndio.
— Pode levar isso para a sala?– Pergunto, apontando para a caixa e os pratos. Castiel concordou com um sorriso de lado e fez o que pedi.
Peguei uma garrafa de vinha que estava na geladeira, junto com duas taças e fui atrás.
— Você não se importa, né?– Pergunto, mostrando a garrafa.– Eu não tenho refrigerante e acho que pizza com agua é o fim.
Ele deu de ombros, aparentemente com um pé atrás.
Ignorei sua hesitação e me sentei ao seu lado, tentando abrir a garrafa em vão. A rolha estava muito presa e não estava conseguindo nem com o abridor.
— Posso?– Ele pegunta, estendendo a mao em direção da garrafa. Concordo com a cabeça a entrego para ele, nossas mãos se tocam por alguns instantes, transferindo dele para mim um arrepio, quase como uma corrente elétrica. Castiel extremesse, acho que não foi apenas eu que senti.
Contínuo encarando-o, um pouco aturdida com o magnetismo existente ali. Toda aquela tensão formando-se quase que instantaneamente.
Castiel devolveu a garrafa e eu servi as taças. Dei um grande gole antes de servir as pizzas.
— E ai? Trabalha de entregador a muito tempo?– Pergunto, procurando preencher o silencio.
— Uma semana – Responde. Viro-me para ele e o encontro encarando o vinho.
— Pode tomar – Digo.– Esse é do bom. Meu amigo, Viny, nós dividimos a casa. Ele quem comprou.
— Ele não se importa?
— Não. Alias, ele nem deve estar se lembrando dessa garrafa. Foi viajar com o namorado – Falo, revirando os olhos. É triste ser abandonada pelo melhor amigo.
Começamos a comer e eu perdi a noção de tempo. Consegui manter uma boa conversa com ele, esquecendo que Castiel precisava voltar ao trabalho.
A garrafa de vinho já estava praticamente vazia quando por efeito do álcool, me senti idiota o bastante para perguntar:
— E então, Castiel, você tem namorada?
Castiel fica ligeiramente vermelho, não sei se pelo vinho ou pela pergunta. Ele havia tirado o colete que ficava por cima da camisa branca um pouco justa, o que não me ajudava em nada com minha concentração.
— Não – Responde, ele me olha.– E você, S/n? Tem namorado?
— Eu? – Sorrio, debochando de mim mesma.– Não. Na verdade acho que apenas um milagre me traria um namorado.
Castiel ri, como se estivesse se lembrado de uma piada pessoal.
— Você acredita em milagres?
Termino o vinho de minha taça e me sento sobre os calcanhares, ficando de frente para ele.
— Acredito em sorte – Digo.– E isso o que aconteceu hoje, foi a sorte grande.
Castiel me olha confusa. Eu estou meio confusa. É o efeito do vinho agindo em minha mente. Eu estava me tornando mais corajosa essa noite do que fui minha vida toda.
Apoio minhas mão nos ombros largos dele, que como imaginei são fortes e rígidos.
Castiel ainda me observava com atenção, sem se mexer. Eu não estava pensando direito e acho que em algum momento eu perdi o controle sobre meu corpo. Em um impulso, sento-me no colo de Castiel, passando os braços em volta de seu pescoço e o beijando.
Castiel hesita meio segundo antes de começar a imitar meus movimentos, beijando-me de volta, misturando seu gosto ao meu. Uma de suas mãos foram para minha cintura, a outra foi para minha nuca, puxando meu rosto para o dele enquanto eu mordia seu lábio inferior com força.
Meus peito começou a queimar por necessidade de oxigênio. Precisei afastar-me dele para buscar ar. Minhas mãos estavam embrenhadas em seus cabelos escuros e eu comecei a puxa-los devagar enquanto começava a beijar seu maxilar, descendo para o pescoço e ao chegar em seu peito, desabotoei o primeiro botão de sua camisa.
— S/n...
Aquilo me fez tremer. Castiel sussurrou meu nome no pé de meu ouvido, sua voz estava rouca, baixa e grave. Assim que abri todos os botões, sua camisa escorregou pelos ombros, caindo no chão, encima do enorme tapete que cobria quase a sala toda.
Fiz com que ele se deitasse, eu ainda sob seu quadril, Castiel tinha uma expressão de quem nao sabia o que estava fazendo, suas maos apertavam minha cintura, inquietas.
Tiro minha camisa, inclinado-me sobre ele para beijo-lo, deslizando minhas mãos por seu peito. Castiel agarra forte minha cintura, nos virando, ele ficou sobre mim e abraçou meu corpo enquanto afundava a cabeça em meu pescoço, fazendo o mesmo que fiz com ele.
Circulo sua cintura com minhas pernas e o puxo mais para mim. Alguns minutos depois eu haviam dado um jeito de me livrar de suas roupa, assim como ele fez com as minhas, espalhando-as pelo comodo.
***Desabei ofegante no peito de Castiel. Minha cabeça ainda estava zonza.
As mãos de Castiel afagavam minhas costas, fazendo minha respiração tropeçar.
De repente, sinto o peito de Castiel tremer levemente, seguido por uma risada baixa.
— O que foi? – Pergunto.
— Acho que agora entendi – Murmura.
— Entendeu o que?– Indago confusa.
— O porque do homem da pizza bater na babá.
Ainda sem saber do que ele estava falando, o acompanhei na risada, logo fazendo-o se calar com um beijo que deixava minhas intensões bem aparentes. Castiel apertou minha coxa, mostrando que as dele não eram diferentes.

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✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋
FanfictionSnapShot foi um gênero que criei baseado no conceito da OneShot, com a diferença que vem com no máximo 1300 palavras. São estórias interativas em que a leitora se inclui nas situações e interage com os personagens originais. Por serem mais curtas, s...