✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋

Hey, Angel...

Leitora/Castiel

***

Fechei a porta do quarto e comecei a desabotoar minha camiseta. Mesmo sem ter ninguém alem de mim em casa, me sinto mais confortável com a porta trancada.
Tirei a camisa e tirei minha calça em seguida. Quando só estava com as roupas de baixo, sai em direção a banheiro para tomar banho. Antes que alcançasse a porta, choco-me contra algo... ou melhor, alguem, que apareceu diante mim.
- Castiel! - Exclamo, massageando meu nariz um pouco dolorido. - O que conversamos sobre aparecer do nada?
- Que é incomodo e em suas palavras "bizarro" - Respondeu o anjo, inclinado a cabeça ao responder. - Sinto muito por isso, S/n. Mas seus irmãos pediram para checar se estava tudo bem.
- Tenho certeza de que pediram - Revirei os olhos e cruzei os braços. Esse movimento fez com que eu me lembrasse de que estava quase nua ali.- Ai, droga! Castiel não olha.
- Não olhar o que?
- Não pergunta, só fecha os olhos - Falei, impaciente. O anjo obedeceu, mas ainda parecia confuso. - Okay, agora fica assim até eu dizer que pode abrir.
- Esta bem... - Concordou.
Fui atrás de um toalha e quando a encontrei, me enrolei nela e suspirei.
- Pode abrir - Digo, cantarolando. Eu estava um pouco constrangida por ele ter me visto naquela situação. Eu meio que gostava de Castiel, um pouco alem do que deveria, e ser vista por ele apenas de calcinha e sutiã não me ajudava a afastar esses sentimentos.
- Ainda não entendi o porque de ter que fechar os olhos - Ele murmurou, após abrir os olhos.
- É bom que não tenha entendido, ou teria que lidar com Dean - Tentei acalmar meus nervos com uma piada tremendamente estúpida que só o deixou ainda mais confuso. - Esquece. Olha, eu vou tomar um banho, então você pode voltar ate meus irmãozinhos e dizer que estou bem e que eles podem ir a merda. Princialmente Dean, pois ainda não esqueci que ele não me deixou ir na caçada.
- Esta bem - Concordou antes de sumir outra vez.
Esse é Castiel. Leva sempre tudo ao pé da letra.
Balanço a cabeça em negação e entro no banheiro.

***

Ao sair do banheiro, caminhei ate minha cômoda e comecei a procurar minhas roupas. Dessa vez, não me assutei quando me virei e me deparei com Castiel ali outra vez.
- O que faz aqui, novamente? - Perguntei, com as mãos na cintura. Me ofendia saber que eles achavam que eu precisava de babá. E me magoava pensar que Castiel me via como uma criança, ainda mais porque eu iria amar se ele me visse como algo mais.
- Pensei que não gostaria de ficar sozinha. Dean e Sam conseguem se virar no caso. Aceita minha companhia?
Sorri com toda aquela fofura vindo de Castiel.
- Obrigado, Cass - Sorri, deixando que meus braços caíssem ao lado do corpo.- Você é muito fofo.
Caminhei até meu armário, procurando algo que pudesse vestir.
- E agora vou precisar que mais uma vez você feche os olhos - Sorri, meio constrangida, meio achando graça.
- Tudo bem - Concordou, fechando os olhos e se mantendo ereto.
Por minha mente se passou algo muito, muito errado. Eu nunca deveria nem imaginar fazer isso, mas era o que eu vinha querendo a tempos e Castiel é lento demais para perceber sozinho.
Com esse pensamento ainda rondando minha cabeça, terminei de vestir minhas roupas de baixo e antes que perdesse completamente a pouca coragem que tinha, avancei alguns passos na direção do anjo.
- Huhn... S/n? - Cass murmura.
- Você esta muito quieta. Algum problema? Eu...
Castiel abriu os olhos, estava bastante confuso. Eu estava a sua frente, me controlando para não corar desde a raiz dos cabelos até o dedo do pé, e sorrindo para ele.
- O que esta fazendo?
- O que parece que estou fazendo? - Pergunto, minha voz soando mais confiante do que eu realmente estava.
- Onde estão suas roupas?
Meu sorriso se alargou, eu estava começando a achar graça nisso tudo. Castiel é tão inexperiente nesse assunto que chega a ser encantador.
- Não vou precisar delas agora - Murmuro, deslizando minhas mãos por seu peito até seus ombros largos. Sinto seu corpo - ou sua casca, tanto faz - estremecer sob meu toque.
- O que...?
Mais uma vez ele iria peguntar o que eu estava fazendo, mas dessa vez, antes que eu desistisse ou ele se afastasse, subo minhas mãos que estão em seus ombros até sua nuca. Puxo-o para baixo e o beijo.
O anjo permanece estático, ele parece não saber o que fazer... eu pelo menos espero que seja isso. Tento ignorar sua falta de ação e tento estimula-lo, puxando-o para mais perto de mim. Castiel não se afastou, o que já era uma vantagem.
Eu me afastei, ele estava corado e parecia estar prendendo a respiração. Meus braços ainda estavam em volta de seu pescoço, enquanto os dele pendiam ao lado do corpo.
- Eu não sei... - Castiel fez uma pausa e me olhou de maneira estranha.- Como fazer... isso.
Ele tombou a cabeça para o lado e abaixou o olhar.
Isso foi um alívio para mim. Ele não estava rejeitando meu beijo, só não sabia como retribuir. O que é uma coisa que eu já deveria saber, afinal ele é um anjo e acho que isso não é algo muito comum.
- Certo - Solto uma risada rouca e baixa.- Posso ajuda-lo nisso.
Tiro uma de minhas mãos que esta em sua nuca e segura a mão esquerda dele, levando-a até minha cintura.
Depois seguro sua outra mão, colocando-a do outro lado. Castiel abraça minha cintura com as mãos grandes e solto um suspiro com sua pele quente contra a minha.
- Faça o que eu fizer - Sussurro, mantendo seu olhar preso no meu. Ele assente.
Mais uma vez eu o puxo para minha e começo a beija-lo, agora ele acompanha todos os meus movimentos. Suas mãos em minha cintura me apertam, juntando mais nossos corpos.
Me afasto novamente, sem folego, seguro sua gravata e o puxo por ela até minha cama, e caímos juntos sobre a mesma.
Castiel apóia os braços ao meu lado, sustentando seu peso.
- Acho que não vai precisar disso - Digo, empurrando seu sobretudo e o tirando, em seguida puxo sua gravata até tira-lá.
Dessa vez, Castiel tem a iniciativa de me beijar, uma de suas mãos agarram meus cabelos, assim como eu estou fazendo, mas a outra desliza por meu pescoço e continua descendo. Estou supresa com como ele aprende rápido.
Tiro as mãos de seus cabelos, elas escorregam para frente de seu corpo e começo a desabotoar sua camisa, soltando botão por botão. Cass não poderia ter conseguido um receptáculo melhor. Desço as mãos por toda a extensão de sua barriga, até alcançar seu cinto.
- Lembre-me de agradecer mais tarde aos meus irmãos por mandarem você como babá - Digo arfando, quando Castiel afasta seu rosto do meu. Ele sorri.
- Sim, também devo agradecimentos a eles - Fala antes de voltar a me beijar.

anadelbad