Você sempre será...

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Leitora/Dean Winchester

***

Eu estava em meu quarto no
bunker. Havia resolvido que estava na hora de uma boa faxina naquele lugar. De várias caixas de tamanhos vários eu tirava tudo quando era de coisa.
Não imaginava que guardava tanta tralha.
Em uma caixa grande que tirei de cima do armário, encontrei meu antigo violão, que para minha alegria ainda estava em perfeito estado.
Sento-me na cama, de costas para a porta, matando a saudade do instrumento.
Alguns acordes saem e uma letra se forma em minha mente. Estava com saudade de compor, já que não o fazia a muito tempo. A vida dr caçadora exige muito o que torna qualquer atividade extracurricular praticamente impossível.
Continuo a dedilhar o violão, recordando diversos acordes. Como costumava acmtecer, a letra começou a sair antes que eu pensasse:
" Eu posso tentar te esquecer,
Mas você sempre sera,
A onda que me arrasta, que me leva pro seu mar..."
Ergo a cabeça sorrindo, aparentemente ainda não perdi o jeito. Ouço palmas vindas da porta e quase pulo da cama devido a supresa.
— Dean! – Exclamo ao dar de cara com o loiro de pé na batente.– O que faz aqui?
— Sam e eu vamos a bar, achei que seria uma boa ideia convida-la. Mas percebi que esta ocupada.
— Não – Digo, corando. Ele ouviu! – E-eu vou.
Dean concordou com a cabeça e lançou um sorriso tao lindo que precisei travar a respiração. Acompanho-o para fora do quarto e no corredor ele solta um pigarro.
— Você tem um voz linda – Comenta. – E a música também é ótima. Não sabia que tocava e cantava.
— Faz muito tempo – Digo, tímida.
— Aquela música... é sua?
— Não é bem uma música, foi só uma frase – Falo.
— E essa frase se refere a alguem em especial? – Pergunta.
— Talvez – Solto sem pensar. Dean sorri compreensivo e não faz mais perguntas.
***

Estou de volta ao meu quarto. O bar foi a pior ideia da noite. Passei a maior parte do tempo com Sam, já que Dean parecia um cão seguindo cada rabo de saia que passava. Antes que cometece algum homicídio resolvi que estava na hora de voltar para casa. Sam felizmente também decidiu isso e me deu uma carona.
Meu quarto ainda estava uma zona de guerra, o violão sob a cama e as varias caixas espalhadas.
Sentei-me, pegando o instrumento. Mais uma vez a inspiração toma conta de mim, fecho os olhos:
"...Me perco nos teus olhos,
E mergulho sem pensar...
Se voltarei..."
Travo o maxilar, me sentindo uma idiota por aquilo. Dean deve estar com alguma desconhecida que ele conheceu no bar, enquanto eu estou aqui compondo uma música para ele.
Deixo o violão de lado, irritada. Mais uma vez me deparo com Dean me observando da porta. Que droga! Ele anda aprendendo muito com Castiel.
— Como sempre consegue chegar sem que eu perceba?
— Você esta sempre muito concentrada – Responde entrando de vez no quarto.
— Chegou cedo – Digo, um pouco de raiva em minha voz.
— Sim – Fala.– Eu não conseguia me concentrar em nenhuma das garotas daquele bar.
Olho para ele sem entender.
— Só uma tem me interessado nos últimos tempos. E ela não estava lá. Então resolvi ir embora.
Meu coração da um salto.
— Dean...
Antes que eu termine a frase, sou surpreendida por um beijo dele. Seguro seus cabelos, retribuindo. Assim que nos separamos, encaro seus olhos verdes.
— O que significa isso? – Pergunto.
— Gosto de você, S/n – Diz, pegando pegando meu violão e o segurando.– Pensei que você já tivesse percebido, não sou muito bom em esconder meus sentimentos, qualquer que sejam eles.
— Eu nunca percebi – Digo paralisada. Dean toca alguns acordes.
— Achei que gostasse de Sam. Nunca desgruda do cabeludo, então resolvi seguir em frente – Ele prossegue.
— Por que mudou de ideia? – pergunto, sem ar.
— Por que vi como você ficou no bar, e essa música... você não teria ficado daquele jeito se não estivesse falando de mim.
Ele sorri presunçoso.
— Você é muito convencido – Digo, sorrindo também. – Mas esta certo.
Pego meu violão de duas mãos, colocando-o de lado e subindo em seu colo.
"— Sinto a calma envolta de mim. O teu vento vem me  perturbar. Me envolve e me leva daqui..." – Murmuro em seu ouvido. Sinto Dean estremecer embaixo de mim. Ele segura minha nuca, puxando-me para mais outro beijo.

Fim.
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Sim, é a música da Vagabanda da malhação 2004/2005, e sim eu sou velha.

✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora