A giant adorable

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Leitora/Sam Winchester

***

- CÃO! VOLTA AQUI! - Ouvi um grito alto atrás de mim. Ao olhar para trás, para checar o que era, avistei um cachorro correndo em minha direção. Não tive tempo de desviar pois estava carregada de sacolas de compras.
O cachorro passou como um raio por mim, me levando ao chão.
- Ai - Gemi ainda sentada, limpando minhas calças, eu estava exausta, cheguei a cogitar em ficar ali mesmo.
- Oh, Droga - Ouvi novamente a mesma voz exclamar, dessa vez mais perto.- Me desculpe, moça. Ele se soltou da coleira e não consegui segura-lo a tempo. Você esta bem?
Ergui o olhar e encontrei um par de belos olhos me encarando, não sei definir a cor, mas eram realmente lindos. O rapaz também tinha castanhos e longos cabelos caídos sobre o rosto. Eles estavam bagunçados devido ao vento e acho que fiquei deslumbrada por um certo tempo, até me lembrar de que ainda estava no chão e reparar que havia uma mão esticada em minha direção.
Aceitei sua mão e me levantei. O cara sorria envergonhado para mim, deve ter reparado minha boa olhada, corei ao pensar que ele percebeu.
- Eu estou bem - Respondi. Me abaixei para recolher as varias sacolas e ele também se abaixou para me ajudar.- Não precisa, sério. Não é melhor ir atrás do seu cachorro?
O cara olhou para os lados e fez uma expressão super fofa, abaixando os cantos dos lábios.
- Ele sempre acaba voltando, não sei porque insisto em correr atrás dele - Respondeu me entregando as sacolas.
- Incontrolável - Brinquei. - Adoro cães.
- Sério? - Perguntou.
- Sim, mas sou alérgica - Respondi com expressão triste. Ele riu de leve de meu rosto.- Não ria, é decepcionante espirrar por três dias seguidos apenas por ceder a tentação e se agarrar a um filhote.
Ele riu ainda mais. Reparei o quanto ele era alto, praticante um gigante.
- Bem, preciso ir - Falei, acho que a decepção eram palpável em meu tom de voz. Eu gostei dele, apenas pelas poucas palavras trocadas ele me pareceu incrivelmente gentil.
- Espere - Falou, ele colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha que insistia em escapar devido ao vento.- Precisa de ajuda com as sacolas? São muitas.
- Não, obrigada. Você devia estar indo para algum lugar, não quero incomoda-lo - Respondi.
- Não vai - Ele sorriu. - Estou com o dia livre.
Bem, ou ele era super gentil ou um psicopata perigoso. Sempre ouvi dizer que "quem vê cara não vê coração", mas sinto que posso confiar nesse estranho.
- Okay - Concordei rindo.- Eu aceito sua ajuda. A propósito, meu nome é S/n.
- Eu sou Sam - Ele também se apresentou. Sam pegou de volta algumas das sacolas.- Vamos, meu carro está do outro lado.
Caminhamos por alguns minutos conversando. Sam era um cara legal, inteligente e engraçado. Muito fofo também, sempre que se empolgava com algum assunto e falava demais, acabava corando.
Chegamos próximo a um carro preto muito bonito estacionado e já pude ver o cão de Sam ali, parado nos esperando.
- Eu disse que ele voltava - Sam riu abrindo as portas.
Cão entrou e foi para o banco de trás, enquanto eu fui no passageiro.
Expliquei meu endereço a Sam e por coincidência era na mesma rua do Hotel onde ele estava hospedado.
- Que coincidência - Comentei sorrindo. Isso era bom, gostaria de ver Sam mais vezes.
- Sim - Concordou.
- Mas então, Sam - Falei tentando não deixar um silêncio. - Se esta em um hotel é porque não é da cidade, de onde vem?
- Bem, eu não tenho um ponto fixo a um bom tempo - Ele riu.- Costumava viajar com meu irmão...
Seu tom sugeriu que ele não gostava muito desse assunto. parece que algo aconteceu com o irmão e ele não gostaria de falar.
- Não precisar terminar - Falei e ele agradeceu com um sorriso cálido.
- E você, o que faz?
- Sou médica - Respondi. - Recém formada.
- Isso é ótimo - Sam falou.
- Seria se minha vida não estivesse um inferno - Falei.- Tudo é uma confusão tremenda, sem contar meu grande azar.
- Acha que é azarada?- Sam falou em tom de desafio. - Bem, assim que cheguei na cidade, atropelei um pobre cachorro e agora preciso leva-lo para todos os lugares.
- Meu carro esta quebrado, meu mecânico foi viajar e só volta daqui a uma semana, trabalho em dois hospitais diferentes e preciso me matar para chegar nos dois no horário certo - Rebati.
Sam pareceu que iria dizer mais alguma coisa, porém pensou melhor e mudou de assunto.
- Posso dar uma olhada em seu carro, não sou o melhor dos mecânicos, mas acho que consigo.
- Além de cavalheiro também é mecânico?- E incrivelmente lindo. Essa parte guardei para mim.
Sam sorriu envergonhado de uma forma tao adorável que poderia beija-lo agora mesmo. Hey, vá com calma S/n. Você nem o conhece.
Sam estacionou em frente a minha casa e saímos do carro, ao entrar lembrei o motivo por ter saido.
- Gostaria de avisar que isto esta mais para um campo de guerra - Avisei.- Acho que não tenho um dia de folga a décadas e esse lugar não vê uma faxina a um bom tempo.
Não que eu fosse suja ou algo do tipo, inclusive eu ate tinha um certo complexo por limpeza. Só era um pouco desorganizada, haviam roupas e sapatos espalhados por todos os lados.
- Acredite, conheço alguem muito mais desorganizado que isso - Ele falou.
- Quem?
- Dean, meu irmão - Falou sem pensar. E mais uma vez retornamos ao irmão.
- Sei bem como é - Falei tentando fazer com que ele não se sentisse mal.- Tenho um irmão também. E por Deus, aquele garoto parece um furacão.
Ele riu e eu o acompanhei.
- Você mora sozinha?
- Sim - Respondi guardando as compras na geladeira e avistando algo que me ajudaria muito no momento.- Meus pais e meu irmão moram do outro lado da cidade.
- Sente falta deles?- Sam perguntou.
- As vezes, mas são apenas trinta minutos até a casa deles então - Dei de ombros enquanto fechava a porta da geladeira e colocava a garrafa de vinho sobre a mesa.- Aceita?
- Eu não sei, S/n - Falou um pouco envergonhado.
- Ah, vamos Sam - Falei abrindo a garrafa.- Seu cachorro me atropelou, você me deu uma carona, vai concertar meu carro. Ao menos aceite um vinho.
Ainda um pouco indeciso, Sam concordou com a cabeça. Sorri e fui buscar algumas taças, infelizmente eu não alcançava o armário.
- Precisa de ajuda?- Ele perguntou com um sorrisinho irônico nos lábios.
- Claro, gigante - Brinquei me afastando e fazendo um gesto para o armário.
- Não tenho culpa se a maioria das pessoas são menores do que eu - Ele brincou de volta me entregando as taças.
- Sim, o mundo tem culpa por você ser o abominável homem das neves - Rebati enquanto abria a garrafa.
Sam gargalhou, jogando a cabeça para trás. Fiquei supresa pela rapidez com qual nos demos tão bem. Não costumo ser assim com o caras que conheço em menos de uma hora.
Passamos o resto da tarde conversando, como era de se esperar precisei abrir uma segunda garrafa. Sam ja estava um pouco vermelho.
A conversa se parecia com a de dois amigos, até o vinho começar a fazer efeito em nós dois.
- Eu adorei conhece-lo, Sam - Falei após um curto período de silêncio, no qual apenas nos encaramos. - Você é o cara mais legal com quem já conversei.
- Também gostei de conhece-la - Falou, sem que percebessemos estávamos cada vez mais próximos. - Você é uma garota incrível.
Levei uma mão até os cabelos de Sam, que mais uma vez estavam sobre o rosto, ao mesmo tempo em que uma de suas mãos foi parar em minha cintura.
Nossos lábios se tocaram devagar e logo estávamos nos beijando intensamente. Sam me puxou para seu colo, e eu passei os braços por seu pescoço.
Percebi que iriamos longe demais e estávamos no sofá, então quebrei o beijo rindo.
- Eu tenho um quarto, sabia?
- É ótimo saber - Falou se levantando e indo em direção ao local que apontei.

✓ 𝐒𝐍𝐀𝐏𝐒𝐇𝐎𝐓 | 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora