Capítulo 16

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Puta que pariu, o que foi isso?

Me jogo no sofá após Stephen me deixar em casa e não consigo raciocinar sobre tudo que aconteceu nas últimas horas.

Eu me cortei, e quando me cortei estava a ponto de liberar pra ele, fomos ao hospital, e na volta, dentro do carro eu liberei.
Eu podia me matar por ter feito isso, pois não estava nos meus planos, porém não sou de ferro, e não aguentei toda a luxúria que senti por ele no momento. Foi tão intenso, mesmo que meio desconfortável, mas foi bom, na verdade foi perfeito.

Ele foi carinhoso e ao mesmo tempo tão bruto, não consigo nem descrever, e após tudo aquilo, quando nossos corpos estavam suados e colados um ao outro, ele me disse aquelas palavras que quase me fizeram morrer ali mesmo.

- Você é tudo pra mim. - Repito pra mim mesma.

Céus! Aquilo me pareceu tão verdadeiro, e sincero, que me dói até pensar. Eu não consegui pensar, as lágrimas vieram de uma maneira tão forte, que foi horrível me segurar.
Então eu o beijei com todo o amor que sinto, pois agora percebo, que só pode ser amor.

Essa noite eu me entreguei da maneira mais pura possível, sem desafios, sem frescura e sem pensar no futuro. Mas de maneira nenhuma isso significa que me rendi, e que ele não vai precisar fazer mais nada pra me provar que ele pode ser alguém que me faça feliz.

Quando nos despedimos ele me beijou, e disse que queria me ver amanhã, eu o disse que iríamos nos ver de qualquer jeito, pois amanhã tem um evento da Órion, empresa de Alex, e eu irei comparecer, assim como inúmeros e inúmeros convidados, incluindo Stephen.

Mas se ele acha que será fácil, ele tá muito enganado, eu me entreguei ontem, e somente isso.

- Luana, já chegou? - Escuto a voz baixinha de Helena, minha secretaria do lar se aproximando de mim.

- Oi, Lena. - Lhe dou um sorriso e levanto para abraça-la.

Lena trabalhava pra mim e pra Fernanda à quase três anos. Ela e seu marido, João, trabalham aqui, ele é meu motorista.

Ela estava sumida por esses dias e ele também, pois pegaram longas férias, e foram viajar, creio eu.

Não estava nos meus planos ligar pra ela em plena sexta a noite, porém com toda a bagunça que a casa ficou após a briguinha com Stephen, eu tive que ligar de la do hospital e pedir que ela viesse arrumar a bagunça, ela de bom grado, atendeu.

- Como foi a viagem? - Sorrio quando a puxo pela mão para nos sentarmos no sofá. Pra mim ela já era de casa e não tínhamos nenhuma frescura de patroa e funcionária.

- As meninas amaram. - Diz se referindo a Laura, e Amanda, suas duas filhas. - Ficaram encantadas com a Disney, Lu. Eu e o João, amamos também, nunca imaginei que pudesse haver um lugar tão mágico.

- Lá é maravilhoso mesmo, depois me traz as fotos, quero ver como as meninas se divertiram. Alias, trás elas pra cá um dia desses.

- Tudo bem, eu trago, elas estão com muitas saudades de você. - Diz rindo e sorrio. Eu amo entrar em contato com crianças, mesmo elas tendo 13 anos já, eu considero criança, quase adolocentes, e adoro conversar. - Mas e as coisas estão como agora que o primo foi embora, já acostumou?

- Ótimas, isso só me abalou de primeira, Lena. - Dou de ombros e encaro seus olhos castanhos e seu cabelo loiro que brilha, mesmo com 40 anos, ela continua com um semblante jovem. - E mais, Stephen está me rondando, e não sei... Acho que as coisas talvez possam dar certo - Ela sabe sobre Stephen, pois já me viu chorando por aí por ele, eu nem escondia nada.

Cretina PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora