Capítulo 33

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Stephen.

Duas semanas depois...

- Como você some desse jeito? - Celine entra depressa no quarto do hotel que estou hospedado aqui em Madrid sem nem esperar que eu a responda. - Eu estou te procurando a dias! Você tem noção de como deixou nossos pais preocupados?

Tem sido duas semanas infernais desde que Luana mandou eu sumir de sua vida. Voltei sem rumo pra Espanha e peguei minhas coisas em Barcelona e sumi de casa, liguei pra minha agente e mandei que ela desse um jeito de acelerar as campanhas que eu teria que fazer após essas férias dedicadas a Luana pra agora, eu precisava enxer minha cabeça com alguma coisa, por isso vim pra Madrid e estou hospedado aqui a quase três semanas trabalhando.

Eu sinto que não devia ter deixado ela ali, eu deveria ter insitido e ficado com ela, mas ela já sofreu demais e eu não estou preparado ainda, eu a amo, eu percebi isso e ela nem mesmo me deu chances de falar, eu não consegui me declarar e parte disso é por causa de tudo que aconteceu. Eu sei que por mais que eu sinta que ela conseguiu fazer que eu sentisse algo, eu ainda estou péssimo demais pra conseguir ser o homem certo pra ela, ela me ama, eu sei que ela vai me esperar, mas não vai ser por tanto tempo.

Eu coloquei sua vida em risco denovo, na verdade eu não sei, eu tenho culpa mas não sinto como se fosse a mesma coisa que aconteceu com Rita, Luana não me culpou, ela só estava cansada. Eu não devia ter agido daquela maneira, eu tive uma crise no hospital além de tudo, pois eu achava que havia acontecido algo, tenho certeza que isso agravou tudo mais ainda, ela deve ter me achado maluco quando soube e por isso me dispensou.

O que mais mexeu comigo além de tudo, foi esse filho. Porra! Eu vou ser pai, finalmente serei pai, e de uma mulher que eu sinto que vai dar todo amor, todo ensinamento que meu filho merece, pois ela é a pessoa mais incrível e companheira que conheço, batalhadora. Tudo que sinto por ela veio por conta disso, sem que eu perceba ela me invadiu e eu só enxerguei naquele hospital o quanto ela já havia me curado, e que eu a amo com todas minhas forças, eu a amo mais que amo a mim mesmo, na verdade eu nem mesmo me amo.

- Celine eu sou adulto e sei as consequências do que faço, estou apenas trabalhando. - Coloquei a mão na cintura e voltei a encarar ela. - Cadê seu namoradinho? Como você me achou?

- Eu sou mais nova e sou mais cabeça que você, cara. - Respondeu indignada e se sentou no sofá que havia perto da cama. - Matt ficou lá embaixo, e eu te achei graças a sua agente, que honra a sua família, diferente de você.

- Ah, foda-se! - Murmurei estressado. - Você não sabe o que estou passando.

- Por favor, nem venha. - Ignorou meu comentario. - Quero que você se sente aqui. - Bateu no estofado ao seu lado e revirei os olhos. Não estou com cabeça pra o discurso chato dela. - Preciso ter uma conversa séria com você.

- Jura? - Perguntei sem paciência. Vou fazer isso porque eu estou tão mal que até ouvir as abobrinhas da cabeça de Celine vai me fazer ficar bem, parece que a solidão me atingiu em cheio.

Me sentei ao lado dela, e então a olhei de soslaio. Ela estava com a bolsa no colo concentrada em procurar alguma coisa.

- Você só usa preto. - Comentei distraído enquanto a observava. Eu só havia reparado nisso agora, mas estranhamente é algo verídico.

- Oi? - Ela me encarou de jeito estranho e voltou a olhar pra sua bolsa. - Isso é porque quando você me vê estou de preto, isso não significa que só uso isso, costumo vestir todas as cores, mas preto sempre sai por cima.

Cretina PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora