Capítulo 30

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Capítulo mínimo de menos de 1000 palavras pra deixar vocês pensando até quarta. Não me matem! Beijos...
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Por que Stephen é assim? Eu não posso deixá-lo ir assim, ele está em choque, mas mesmo assim eu não posso, eu tenho que ir atrás dele e falar que estou grávida, é a única maneira de fazê-lo ficar comigo, e me dar um tempo de lhe mostrar que ele tem sentimentos sim, que nós podemos curar tudo isso juntos e fortes.

Eu sei que ele mentiu pra mim, mas foi por medo. Nem ele mesmo se aceita e agora achou que eu também não iria aceita-lo, eu tenho tanto medo pelo o que ele possa fazer agora. Ele precisa se recuperar, ele precisa de alguém que te ame, e eu o amo. Foda- se que ele não quer ser salvo, eu vou salva-lo a qualquer custo e vou fazer de tudo para mostrar que ele não tem culpa de nada. Eu vou fazer isso com a ajuda do meu filho.

Um minuto após ele ter saído porta a fora eu criei forças e sai descalça e correndo pela porta atrás dele, eu não posso deixar ele, se eu deixá-lo ir ele não vai voltar nunca mais e eu não vou suportar viver sem Stephen, eu suporto tudo, mas esses dias sem ele me fizeram perceber que eu não sou quase nada sem ele, e agora temos um filho juntos, isso não pode ficar assim, eu não posso continuar nessa sem ele.

As lágrimas escorriam desesperadas em meu rosto enquanto eu apertava o botão do elevador na espera de que ele ainda não estivesse longe. Ele não pode escapar, ele não pode. Não importa se eu esteja de camisola, descalça, eu vou atrás dele onde for, ele não pode fujir de mim, eu sei que não.

O elevador chegou rapidamente e eu entrei logo ansiando pelo momento em que eu pudesse encontrá-lo, seja na rua, seja no hall de entrada do prédio, não importa. Eu só preciso segurar em seu rosto e implorar que ele não me deixe, pois eu espero um filho dele e sei que ele vai se recuperar e entender que isso não é culpa dele, eu ainda não acredito em como essa cretina paixão que senti por ele chegou a um ponto desse tipo, eu grávida em busca do meu amor, isso é tão melancólico e está longe do tipo de relacionamento que já imaginei estar. Mas pouco me importa, eu faria tudo denovo só para ficar com ele. Hoje eu percebi que não importa o que ele faça, sempre vai ter um lado meu que vai querer perdoa-lo, pois eu o amo tanto. Meu amor seria capaz de perdoar qualquer coisa, qualquer coisa em que eu visse que ele não tem a menor culpa, tem coisas que o destino nos livra, e eu sei que se aquilo que aconteceu, de fato aconteceu, foi o destino. Tenho certeza que tudo foi um plano da tal namorada dele, brigando porque ela não queria deixar ele ir ao médico, por que? Virou o rosto dele pra não olhar a estrada... Se a intenção dela não era matar os dois, eu não sei mais o que era aquilo.

Quando o elevador chegou ao hall eu sai apressada levantando olhares de várias pessoas que estavam por ali, mas não liguei. Desci as poucas escadas do prédio e logo cheguei na rua. Ele não estava ali, mas vários carros passavam. Ele não estava de carro, não pode ser tão difícil, ele pode estar caminhando.

Comecei correr pela calçada da rua procurando ele em qualquer lugar, eu só conseguia pensar naquilo, em acha-lo, nada mais importava, nem os assobios que saíam dos carros e as pessoas me olhando na rua. Eu corri em direção ao centro por alguns segundos até que vi ele do outro lado da rua. Caminhando cabisbaixo e com as mãos no bolso. Tenho certeza que é ele, só ele é capaz de andar assim, dessa forma tão bruta mesmo não se importando com nada. Assim que o vi eu gritei sei nome da maneira mais alta que pude.

- STEPHEN! - Chamei o mais alto que pude e em meio aos carros que estavam indo pra cidade ele me viu. Ele ficou estático e prendeu seus olhos em mim. Eu tinha pedido meu prendedor de cabelo e agora eles estavam voando em meu rosto, mas nada ia me impedir de correr até Stephen.

E foi isso o que fiz, eu só via Stephen, ele do outro lado da rua era tudo o que eu via, não havia mais nada impedindo que eu chegasse perto dele, pois eu só via ele, só havia ele ali, me esperando, esperando para que eu contasse a grande novidade, para que eu contasse eu estava grávida dele e que isso iria mudar nossa vida. Nós seríamos sim uma família linda e ele iria ser um bom pai, pois ele, ah, ele era tudo que eu via. Ele foi tudo o que eu vi antes de sentir uma pancada forte em meu corpo e apagar. Mas antes disso seus gritos foram a última coisa que eu ouvi.

Cretina PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora