Surpresas

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Duas batidas na porta tirou minha concentração da última planilha que tinha de revisar antes de autorizar o novo projeto de software para uma empresa de um amigo no Brasil, a porta foi aberta e então o homem entrou fazendo o sangue fugir do meu rosto, imediatamente levantei arrumando meu terno e tendo mil e uma pergunta rondando a mente, mas não tive coragem de abrir a boca para fazer uma se quer.

- Precisamos conversar Jack. - ele se sentou na cadeira em frente a minha mesa se sentindo em casa, na verdade era a sua antiga casa.

- Sim senhor Küster. - engoli em seco me sentando novamente desconfortável em sua presença.

O homem que era meu sogro me analisava com seus olhos experientes deixando a atmosfera da sala com mais testosterona e tensão do que havia antes.

- Eu sinto muito por tudo que causei. - falei primeiro sendo sincero e me sentindo um idiota por aquelas palavras.

- Eu não sei o que Victoria viu em você para perdoar tão rápido, mas saiba que eu sou o pai dele aquele cujo você dormiu com a mulher... - suas palavras me atingiram rapidamente, mas não demonstrei reação alguma. Não podia.

- Eu não sei o que dizer. – murmurei, pela primeira vez depois da morte do meu pai me senti impotente na presença de outro homem.

- Garoto você não sabe como quero enterrar um soco na sua cara, mas minha filha não me perdoaria por esse ato. - ele suspirou massageando as têmporas - Mas não foi por isso que vim até aqui. - ele se curvou para frente colocando as mãos na mesa.

- Não... - o olhei encostando mais na cadeira, seria melhor eu manter certa distância nessa ocasião.

- Não, vim aqui por incrível que pareça oferecer minha ajuda para procurar meu neto. - seu rosto era um manto branco sem expressão alguma, mas sabia que ele estava mais preocupado do que eu.

- Sim, claro. - pigarreei voltando a compostura - Não precisa se incomodar senhor Küster tenho vários homens à trás do meu filho... – comecei a explicar mais fui interrompido por ele.

- Não estou pedindo permissão Müller. - ele se levantou irritado. - Você pensa que tem tudo sobre controle mais é apenas uma criança. E juro que não vejo o que minha filha vê em você.

Em silêncio estudei o homem andar de um lado para o outro na minha sala recobrando o controle.

- Eu amo sua filha Mark e vou fazer de tudo por ela. - levantei fazendo o homem parar e me encarar.

- Eu sei que vai. - Então ele sorriu. - Ela tem esse poder sobre o sexo oposto. - riu se lembrando de alguma coisa entre eles.

- Ela é uma mulher maravilhosa... - divaguei em meus pensamentos pervertidos imaginando aquele corpo cheio de curvas sobe meu toque.

- Não queira magoar ela novamente. - me ameaçou tirando dos devaneios.

- Não irei. - deixei bem claro para que não houvesse dúvidas sobre esse assunto mais.

- Tenho um detetive particular a sua disposição lhe envie tudo que já encontrou, esse é seu telefone - me entregou um cartão. - E não se esqueça de me avisar se qualquer coisa acontecer estou disposto a perdoar o passado, mas agora o futuro será por minhas regras.

- Tudo bem senhor Küster. - assenti.

Não ia brigar com meu sogro ele estava em todo seu direito de falar aquelas coisas e me dar um soco se quisesse, mas Mark era diferente ele usaria outro modo para me atingir, ele usaria outros tipos de recursos do que uma briga no meu escritório.

Aprisionada por Você Livro II *COMPLETO*Onde histórias criam vida. Descubra agora