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- Vamos orar antes de comer né - Me espantei com a atitude dele, mas enfim oremos.

- Senhor obrigada por estes alimentos e nunca permita que nos falte , providencia também para aqueles que não tem Senhor. Te pedimos e te agradecemos, amém. - Camis orou e depois todos começaram a comer pareciam até  que nunca tinham visto comida. 

- Menina essa montanha de comida vai parar aonde? Já é a terceira vez que você come. - Neguinho falou brincando comigo

- Vai tudo para a bunda meu bem, ainda não viu o tamanho da bunda dela não? - Laís falou rindo, HR fechou a cara e Neguinho ficou sem graça

- Gente o papo está bom, mas eu tenho que ir. Minha aula começa daqui a pouco- Falei levantando da mesa.

- HR, corre que os vermes tão subindo - o radinho dele tocou, pegou a fuzil, o colete e saiu.

Passou uns minutos e eu, Laís, Kauê e Camile entramos no quarto o barulho de tiro ficava cada vez mais perto, Camis foi trancando a porta, embaixo da cama tinha tipo uma passagem secreta e dentro tinha cama, fogão e frigobar. As meninas conversavam e eu estava atordoada. De repente os barulhso de tiro cessaram e minutos depois ouvimos passos, meu coração acelerou.

- Camile sou eu, abre aqui - Neguinho falou e ela subiu as escadas correndo- Área ta limpa, podem sair.

- Cadê Galego? - Laís perguntou

- Ta lá embaixo com... HR - Suspirou

Descemos correndo e HR estava lá deitado no chão da sala baleado no braço e perdendo bastante sangue.

- Henry, não! Pelo amor de Deus meu irmão... Fica comigo - Camis gritou chorando, eu estava tão em choque que nem falei nada e saí de casa fui na farmácia comprei água oxigenada de 10 vol, linha de sutura, pinça, gase, esparadrapo e mais alguns objetos que não deveriam ser vendidos lá, mas fazer o que né? Voltei para casa e ainda estavam lá todos parecendo um
velório. Estavam velando o corpo do homem vivo, ao invés de o levarem a emergência.

Me abaixei ao lado dele e puxei assunto, ele tinha perdido sangue então estava fraco demais comecei o processo de retirar a bala e depois dei 7 pontos no ombro dele e fiz o curativo, ele deveria ter ido ao hospital para tomar ao menos uma bolsa de sangue. Só que ele não poderia então eu fui na UPA peguei alguns materiais necessário e coloquei o soro nele. Ainda bem que já tinha feito isso em cadáver, os meninos trocaram a roupa dele e o colocaram na cama.

Depois de horas de silêncio, ele ainda estava dormindo, fui até a sala e já não tinha mais sangue lá. Peguei meu celular e fui olhar meu Whatsapp

Pai

Posso saber onde estão suas coisas?
16:38

No apartamento da Laís
19:55

Laís

Meus pais vieram da Suíça, estão com problemas e vão ter que ficar aqui no apartamento, você pode ficar esses dias na casa dos seus pais?
17:59

Posso
19:57

Camile

Tô na goma de Neguinho com Kaco, qlqr coisa chama. Fé aí.
17:23

OK
20:00

- Aí - Ouvi a voz de HR gritando e subi correndo

- O que foi? - Falei ofegante

- Tentei me levantar, mas meu braço não mexe - Sua expressão era de dor

- Eu apliquei anestesia em você para tirar a bala, vai ficar assim até amanhã. Ta precisando de quê? Eu faço para você.

- Tô precisando de você, vem cá me dá um beijo.

- Folgado nem um pouco né? Vou trazer algo para você comer - Disse e desci até a cozinha, não tinha nada pronto até que um menino chegou com uma marmita de feijoada. Vê se eu vou dar feijoada a ele cheio de ponto. Fui na mercearia perto da casa e comprei umas verduras, fiz uma sopa bem leve. - Toma aqui ó, vê se come tudo.

- Eca, cadê a minha feijoada? Falei para a coroa mandar por um vapor.- Falou fazendo careta

- O que temos para hoje é isso é trate de comer logo porque eu não estou com paciência- Falei revirando os olhos

- Depois quer ser médica grossa desse jeito.

- Só sou grossa com quem merece e com gente folgada.

Amor Bandido - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora