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(Na midia: Lizza, 17 anos)

Hoje faz um mês que estou no hotel, mas voltarei para casa. Se ele não me quiser entrego Thainá, devolvo Nana a meu pai e depois me mato.

Durante esses dias Liza tem me ajudado muito mesmo, se não fosse por ela nem sei o que seria de mim... Não fiz contato nenhum com o pessoal do morro.

Estou sentindo um aperto no peito, uma coisa estranha... sonhei com Henry morto e estou com medo do que vou encontrar quando chegar em casa.

- Quel, as coisas estão lá no carro, Iuri só está esperando você. - Liza falou adentrando o quarto . - Tem certeza que quer voltar? Você pode ficar com a gente lá no morro.

- Tudo bem, eu vou ficar bem. - Sorri fraco.

- Vamos ver o papai, mãe? - Nana perguntou dando pulos

- Sim meu amor, vamos ver seu papai. - Falei saindo do quarto , Thainá já estava no carro com Lizza. - Oi Iuri, é... Obrigada pela carona.

- Fica em paz Patroa, e essa menina linda tá bem? - Perguntou olhando para Nana e ela assentiu e sorriu.

Thainá começou a chorar, tirei ela dá cadeirinha e amamentei na mesma hora que sentiu o gosto do leite acabou o show.

- Essa daí não nega de quem é filha- Iuri falou e riu.

Eu estava meio sem graça, a sensação ruim me perseguia. Seguimos até o alemão com Iuri e Lizza rindo cantando uns funk's louco lá. Eles são um casal tão engraçado e bonitos juntos, fiquei os admirando até que chegamos no pé do morro e lá estava cotonete e parafuso como sempre. Iuri baixou o vidro do motorista e acenou para os meninos, nesse momento me arrepiei, uma sensação que algo ruim está acontecendo, ele parou na porta da casa de Henry e Cauana desceu correndo do carro, desci logo em seguida com Thainá no colo

- Está preparada amiga? - Lizza perguntou pela décima vez

- Não, mas já vim até aqui... - Cauana começou a gritar quando adentramos a casa que estava um lixo, tudo quebrado, revirado e muita garrafa de bebida vazia espalhada pela sala.

- Papai chegamos - Subiu correndo para o quarto e eu fui atrás estava horrorizada para cenário de guerra.

Quando cheguei ao "nosso" quarto ele estava com uma arma apontada na própria cabeça, acho que ele estava fazendo roleta russa. - Henry - Falei baixo para ele não se assustar e acabar atirando de verdade. - Henry- Falei de novo e ele abriu os olhos e ficou piscando como se estivesse tendo uma alucinação.

- Você... você veio- Começou a chorar

- Henry o que aconteceu? Olha como essa casa está toda quebrada... o que aconteceu aqui em? - Perguntei e quando ele ia falar algo Cauana entrou correndo no quarto e o abraçou

- Papai que saudades - chutei a arma que agora estava jogada no chão para debaixo da cama.

- Também estava morrendo de saudades meu amor. Literalmente. - retribuiu o abraço apertando ela.

Enquanto isso troquei de roupa, vesti uma camisa dele e um cueca boxe. Afinal as meninas não poderiam ficar naquela imundície.

- O que você está fazendo?- Henry perguntou quando me viu com a vassoura e o apanhador na mão.

- Acho que vou voar - Revirei os olhos

- Também quero voar mãe - Cauana falou e Henry riu

- Que saudades de vocês - Falou sorrindo e nos abraçou

- Papai vai tomar um banho, está parecendo um gamba- Cauana falou e foi a minha vez de rir e Henry revirar os olhos.

- Tá ficando abusada em garota- Falou indo para o banheiro e rindo.

- Família cadê vocês - Ouvi um grito que reconheceria em qualquer lugar.

- Tia Camiiis, estamos no quarto e o papai gamba foi tomar banho. - Nana gritou

Vesti um short jeans e logo fui atacada por dois monstrinhos Kauê e Níque.

- Que saudades dinda - Níque falou agarrando minha perna

- Que saudades mesmo Titia - Kauê beijou meu rosto, quando me abaixei para carregar eles.

- Menina nunca mais apronte uma dessas - Yan falou me abraçando

Sorri e todos me ajudaram com a casa, Camis fez sua especialidade ( macarrão com salsicha) e todos nós comemos rindo e brincando, nem parecia que tinha acontecido nada e eu estava me sentindo em um lar de verdade.

Amor Bandido - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora