Capítulo 13

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Oi queridos!!

Falta pouco para a mascara da Megan. Próximo capítulo o Anthony ira descobrir tudo,

O capítulo de hoje ficou gigante. Espero que vocês gostem.

SEM REVISÃO.

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Anthony.

Eu dirigia em silencio enquanto a Sarah estava sentada no banco do carona ao meu lado. Ela estava calada como sempre ficava comigo. Era impressionante: minha filha não parava de falar um segundo, eu mesmo me deleitava de ver ela conversando com meu pai ou com a Chris, mas bastava eu chegar perto e ela se fechava. A Sarah se transformava em outra criança e aquilo me entristecia demais. Era muito doloroso perceber que minha própria filha não se sentia confortável comigo. Desde que ela descobriu que eu era seu pai ela mudou comigo, estava mais arredia, não era mais carinhosa nem demonstrava o mesmo entusiasmo de quando nós nos conhecemos por acaso nas ruas de São Paulo. Eu realmente me sentia mal com aquilo, mas eu entendia minha filha. Não era fácil mudar de vida daquela forma tão radical. Deixar tudo para trás e vir morar em um lugar estranho.

Hoje eu percebia o erro que eu cometeria se trouxesse a Sarah para Boston a força, através do processo de guarda. Acredito que a unica coisa que a deixava realmente calma era ter a Laila por perto, tanto que nas vezes em que ela foi dormir na mansão acordou chamando pela mãe durante a madrugada. Agora eu tinha consciência de que se eu tivesse trago a Sarah sem trazer a Laila junto eu faria minha menina infeliz e isso era a ultima coisa que eu queria. 

Eu olhei o rosto da Sarah pelo retrovisor e vi que ela estava emburrada olhando pelo vidro do carro.

-Então docinho, como foi seu dia hoje?- eu perguntei para puxar assunto.

-Legal.- ela respondeu secamente e sem me olhar.

-Hoje eu olhei um curso de inglês para você. O que você acha? - eu perguntei.

Ela olhou para mim e franziu o cenho.

-Não sei. Se eu fizer esse curso eu vou aprender a falar estranho igual vocês?- ela perguntou me fazendo sorrir.

-Isso mesmo.  

Ela olhou pela janela e pensou por alguns instantes.

-Acho que é bom.- ela falou sem olhar para mim.

Eu sorri contente.Eu sabia que aquela era uma das maiores dificuldades que a Sarah estava tendo para se adaptar. Ela não falava inglês e por isso mesmo ficava difícil dela se comunicar com outras pessoas, principalmente com crianças, consequentemente ela não conseguia se relacionar com ninguém alem da mãe, de mim, do meu pai e da Chris, que eramos os únicos do circulo dela que falava português. Com a Celine a Sarah se relacionava bem, mas alguém da família tinha que ajudar, pois minha irmã mais velha não sabia português e sim espanhol. Era parecido, mas mesmo assim causava dificuldade de entendimento entre as duas. 

A Sarah voltou a ficar em silencio e observou a rua até que nós chegamos na mansão. Eu estacionei meu carro, desci, dei a volta e abri a porta para ela. Minha filha desceu do carro e correu na frente. Eu tranquei o carro e sorri enquanto via seus cachinhos cor de mel pulando enquanto ela corria. Ela sumiu porta adentro e eu a segui, quando eu cheguei na sala de estar a Sarah já estava no colo da Celine e falava alguma coisa com meu pai. Era aquilo que eu estava falando: ela era aberta e conversava com todo mundo, menos comigo. 

Eu me sentei em uma das poltronas mais afastada e fiquei observando os três conversarem animados. Eu gostava de ver a Sarah conversando, o jeito dela lembrava muito o da Laila, era encantador. Até mesmo a Celine que era uma pessoa mais fechada e não conseguia se comunicar muito bem com ela, a Sarah já havia conseguido conquistar em tão pouco tempo. Minha irmã mais velha parecia até outra pessoa enquanto segurava minha menina no colo. Nunca tinha visto a Celine tão sorridente. Ela tinha comprado um presente para a Sarah e tinha um sorrido de orelha a orelha enquanto minha filha abria o pacote. 

Esse Amor #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora