Capítulo 22- parte I

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Oi queridxs!

O capítulo não ficou como eu queria, mas espero que vocês gostem. Tive que dividi-lo em duas partes por que senão ficaria muito grande,  vou tentar postar a segunda parte até quarta. Já comecei a escreve-lo e adianto que o Louis aparecera outra vez. Fortes emoções e o desfecho do nosso vilão estarão no próximo capítulo.

Deixe seu comentario e sua estrelinha.

Beijinhos

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Laila

"Não" essa era a palavra que eu mais ouvi nesses quatro meses. Cento e vinte dias procurando emprego e recebendo a mesma resposta. Estava voltando de mais uma entrevista desanimada, conseguir um trabalho sem ter um ensino superior era difícil. No Brasil eu trabalhava como secretaria, mas em Boston nem mesmo como garçonete eu estava conseguindo emprego. Eu acreditava que em grande parte o fato de eu ser uma mulher latina e negra afetava muito na hora da escolha, claro que eu sempre era preterida em relação uma americana branca para o emprego.

Cheguei em casa no meio da tarde e encontrei minha mãe  sentada no sofá da sala. Eu fechei a porta atrás de mim e ela olhou na minha direção .

-Oi filha.-ela cumprimentou.

-Oi mãe. Onde esta a Sarah?- eu perguntei.

-Está brincando no balanço. Como foi na entrevista?

-O mesmo de sempre.- eu respondi desanimada.

Eu entrei para a cozinha e minha mãe veio atrás. Deixei minha bolsa em cima da mesa, fui até a geladeira, peguei um copo de água. Fui até a janela e puxei a cortina para o lado. A Sarah estava brincando com um garotinho no balanço que ficava atrás da casa, e eu observei os dois. Eu não conhecia muito bem a vizinhança, mas acredito que menino era um dos filhos dos Smith, aparentava ter uns onze anos, tinha os cabelos escuros e a pele clara, ele empurrava o balanço onde a Sarah estava sentada e os dois riam. Eu fiquei tentada em chamar a Sarah, mas acabei desistindo. Minha filha quase nunca brincava fora de casa, ela não tinha amigos no bairro,  aquela era a primeira vez que eu a via brincando com uma criança da vizinhança. Eu olhei os dois e sorri, o garotinho era lindo e não sei porque eu gostei de ver os dois brincando, eles transmitiam uma pureza tão bonita enquanto estavam sorrindo, Resolvi deixar os dois continuarem a a diversão, afinal de contas crianças tem que brincar mesmo, não seria eu que impediria a brincadeira.

Eu me afastei da janela para que a Sarah não me visse  e me sentei na cadeira com o copo de água na mão. Minha mãe se sentou de frente para mim e me analisou por uns segundos.

-Você parece cansada. Você está fazendo o tratamento direito Laila? - ela perguntou.

-Estou mãe. Não precisa se preocupar com isso, minha anemia não está tão forte. Agora o perigo já passou.- eu a tranquilizei.

- Não sei não. Você está pálida, tem certeza de que está  tudo bem?

-Tenho. Eu só estou cansada e morrendo de fome.

-Então eu vou preparar um lanche reforçado para você.- ela falou e se levantou da cadeira.

-Eu vou aceitar. Lanche de mãe é a melhor coisa.- eu brinquei.

Minha mãe riu e começou a preparar um sanduíche. Eu tirei meus sapatos e suspirei de alivio. Meus pês estavam destruídos e eu estava exausta de tanto andar pela cidade a procura de um emprego. Eu passei a mão pelo rosto e respirei fundo, estava quase impossível arranjar um trabalho.  Se eu não conseguisse um emprego eu teria que arranjar um jeito de conseguir dinheiro. Talvez eu poderia fazer coisas para vender, arranjar algum bico em qualquer lugar, eu só não podia continuar parada em casa. Eu estava me sentindo uma verdadeira parasita tendo que depender do Anthony até para comprar uma calcinha, não gostava de ficar dependendo dos outros, principalmente de homem.

Esse Amor #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora