Capítulo 6

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SEM REVISÃO

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Anthony

Voltar para casa e fingir que nada tinha acontecido foi a pior parte. Eu não conseguia parar de pensar na Laila e naquela criança que poderia ser minha filha. Eu tentava de todas as maneiras não demonstrar meu nervosismo a ansiedade para os meus familiares, principalmente para a Meg, mas todos já pareciam perceber que tinha alguma coisa acontecendo. Meu pai era o único que sabia do meu reencontro com a Laila e da minha provável filha. Eu já tinha tomado a minha decisão: Voltaria para o Brasil e pediria um exame de DNA.

Já havia até contratado um detetive particular no Brasil para descobrir onde a Laila morava e tentar encontrar o máximo de informações sobre a menina. Assim que recebi o dossie sobre a Laila eu comprei minhas passagens para voltar ao Brasil. Fui obrigado a mentir para a Megan justificando a minha viagem, não queria contar para ela sobre a Sarah até que eu confirmasse as minhas suspeitas.

Ela insistiu em viajar comigo, mas eu não permitir. Viajei sozinho e acabei me instalando no mesmo hotel da outra semana e a primeira coisa que eu fiz ao pisar em solo brasileiro foi contratar um advogado. Queria dar entrada nos papeis para realizar o exame de DNA e para pedir a guarda da Sarah, caso a minha paternidade fosse confirmada.

Enquanto o advogado trabalhava nos papeis eu dicidi ficar no Brasil, já tinha cinco dias que eu estava hospedado no hotel em São Paulo e nesse tempo eu li o dossiê sobre a Laila inteiro. Fiquei intrigado ao saber que ela não havia tido nenhum relacionamento amoroso. Pelo que o detetive descobriu, ela havia se mudado para São Paulo há alguns anos e vivia sozinha com a criança em um bairro de classe baixa da zona leste da cidade. No dossiê também havia algumas fotos da Laila entrando no serviço, caminhando pelas ruas de mãos dadas com a Sarah e saindo de casa pela manhã.

Eu estava sentado na poltrona do quarto do hotel e olhava aquelas fotos enquanto tomava uma dose de uísque. A Laila buscando a menina na escola... era sempre ela que buscava a menina, talvez eu poderia ir vê-las mais de perto.

Eu deixei o dossiê em cima da mesinha de centro, me levantei e liguei para o motorista. Dez minutos depois o carro estava me esperando na portaria do hotel. Eu entrei no carro e ele partiu em direção à zona leste de São Paulo. Enquanto o carro seguia pelas ruas eu me xingava mentalmente. O advogado havia me aconselhado a não procura-las, cinco dias me segurando para não ir até elas e eu estava ali, há caminho do bairro da Laila. " Mas você não vai se aproximar delas, você só vai observar de longe" meu subconsciente sussurrou para me fazer sentir menos  culpado.

Era por volta de 17h00 da tarde quando o motorista parou com o carro em frente ao portão do colégio. Eu fiquei dentro do carro aguardando a Laila aparecer para buscar a menina, mas isso não aconteceu. Os alunos foram liberados e eu ainda esperei por uns trinta minutos, mas não aguentei mais ficar no carro. Queria saber o que havia acontecido.

Desci do veiculo e atravessei a rua.

O portão ja estava fechado, mas eu bati e alguns segundos depois uma mulher me atendeu.

-Boa tarde.- eu cumprimentei.

-Boa tarde. Eu posso ajudar o senhor em alguma coisa?- ela perguntou e abriu um sorriso.

-Acho que sim. Eu gostaria de saber se a aluna Sarah Miranda Silva veio á aula hoje.

-E qual é o seu interesse em querer essa informação?- ela perguntou.

-Eu sou o pai dela.- eu falei sem rodeios.

Mesmo ainda tendo algumas duvidas, eu acreditava que essa fosse a verdade. Eu ansiava que fosse.

Esse Amor #Wattys2018Onde histórias criam vida. Descubra agora