Tenho que dizer que muitas pessoas vão ao aeroporto no natal, achei que ia está vazio, mas estava o contrário. Muitas pessoas com cartazes, flores e até comidas a espera de alguém importante que não chegou a tempo para o natal, ou até pessoas que chegariam em cima da hora. Arrependo-me de não vir junto com a minha mãe e a Sofia, demorei a achar vaga no estacionamento e ainda por cima não achava as duas dentro do aeroporto.
Enquanto caminhava olhando a animação das pessoas, o entusiasmo pela a data tão querida por muitos, a alegria de compartilhar com pessoas que nunca viu. Encontro minha mãe entre a multidão, com Sofia ao seu lado no chão com uma cartolina e várias canetinhas em volta. Aproximo-me e vejo que ela tentava escrever algo com o auxilio da minha mãe.
- Cheguei!
- Kaki! – grita mais animada que possível. – Vem escrever um cartão para o papai!
Encaro minha mãe confusa e ela sorri.
- Ela viu todo mundo com cartazes e resolveu fazer um também, então comprei as coisa numa lojinha por aqui.
Abaixo-me e começo a ajudar Sofia a escrever, escrevemos tantas coisas e não deixamos praticamente nada em branco que nem vimos à hora passar. Sofia tinha um sorriso tão grande que eu fazia de tudo para ela não tirá-lo. Só paro de escrever quando minha barriga começa a doer de fome.
- Acho que tá bom, ficou legal mama? – pergunta Sofia.
- Ficou lindo hija, o pai de vocês vai ficar muito feliz. – levanto do chão e ajeito meu vestido que já deveria estar horrível. – Vamos comer alguma coisa? O voo dele vai aterrissar daqui a alguns minutos.
Fomos caminhando até alguma das lanchonetes que tinha, enrolo a cartolina e devolvo para Sofia que segura com orgulho. Peço pouca coisa já que ainda comeríamos em casa, só um sanduíche e um suco. Olho meu celular enquanto as duas ainda comiam, vejo que tinha mensagem da Dinah, aviso-a que estava no aeroporto.
Chee – "Me avisa quando chegar em casa que eu vou lá te ver." 23h45min.
O voo do meu pai soa pelo aeroporto avisando que já ia aterrissar, minha mãe já tinha pagado o lanche então saímos apressadas até a área de desembarque. Quando avisam que o avião já tinha aterrissado, Sofia abre o cartaz e estende o mais alto que ela consegue, enquanto tenta enxergar as pessoas que saiam. Abaixo-me fazendo a mesma desviar e me encarar.
- Sobe nas minhas costas, pequena.
Ela assente e se impulsa em cima das minhas costas, ajeito-a e fico em pé novamente segurando em suas pequenas pernas. Ela agora estende o cartaz que fica visível. Minha mãe olhava para nós duas com um sorriso em seu rosto, pisco para a mesma fazendo-a rir.
- Olha o papa ali! – Sofia começa a se remexer em cima de mim, olho para frente e o vejo sair do portão. – Papa!
Sofia berrava, olho para cima no painel e vejo que já era 23h57min. O papa enfim nos acha e abre um sorriso quando ele nós avista, ele caminha apressadamente até a gente, tiro Sofia das minhas costas e coloco-a no chão que já estava me machucando de tanto que se remexia. Assim que a coloco no chão ela larga o cartaz e sai correndo até o papa que se abaixa para abraça-la, pego o cartaz e me aproximo junto com minha mãe.
- Eu senti saudades papa... – resmungava no pescoço do mesmo enquanto apertava-o.
- Eu também mi amor. – ele se afasta e deixa um beijo em sua testa.
Eu não consigo demonstrar reação nenhuma, até porque já estava acostumada. Ele levanta e vai abraçar minha mãe, quando ele deixa um selinho na mesma, começo a ouvir as pessoas no aeroporto gritando, quando olho para o painel vejo que já era meia-noite e logo abaixo vinha escrito "Feliz Natal!". Logo Sofia se junta ao abraço e minha mãe me puxa para o mesmo. Varias sussurros de feliz natal e toda a declaração que damos era ouvida em nosso abraço. Mesmo com tudo isso, foi um bom natal, porque todos nós passamos juntos como todos os anos. Agradeci mentalmente por ele ter chego a tempo. Quando o abraço se desfaz, meu pai me puxa novamente abraçando-me, retribuo na mesma intensidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Never Give Up
Fanfic- Não... - me ajeito na cadeira e olho dentro daquelas íris verdes, levanto a sobrancelha sugestivamente - O que falam Jauregui? - Falam que são pessoas indecisas. - os olhos dela vão ficando um verde escuro e ela fala com aquela voz rouca e cheia...