Capítulo 16 ۞ A Elite de Saphira

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- Então você é apenas uma inteligência artificial? – perguntei curioso. - E  por qual razão não se manifestou antes?

- Porque não quis, vai me obrigar agora quando devo me pronunciar ou não?

Esse tal Fenrir é arrogante, pouco se importava se ali na sua frente existia um rei ou um príncipe.

- Bem, poderia. – Retruquei.

- Não, não poderia, certamente fui designado a ajudá-lo por ordens de Marlon, mas obedecer só obedeço a ele e ninguém mais.

O holograma de Fenrir vinha diretamente do painel da moto através de um feixe de luz transparente, ele estava vestido um terno, cabelos bem arrumados, eu estava sentado, apoiado em uma das árvores daquele local, o sol já batia meio dia os pássaros cantavam de todo lado e os cervos andavam pra lá e para cá felizes e saltitantes

- E em que especificamente você pode me ajudar? – Sinceramente eu já estava meio sem paciência. – Sabe como é, não é sempre que o destino do mundo cai nas suas costas.

- Em tudo! – Disse ele dando de ombros.

Cara dissimulado esse

Pensei e pensei.

- Estamos muito longe do deserto? - Perguntei

- Um pouco, sim, mas nada que leve mais de um dia e meio para chegarmos, se não pararmos no caminho. A julgar pela suas habilidades de locomoção não chegaremos lá nunca.

- O que você poderia me contar sobre os mercurianos e frozerianos, você possui muita informação na sua base de dados? – Fiquei curioso com a história que Claire havia me contado, gostaria de saber um pouco mais sobre esses Elfos e o que eles representam.

- O bastante para tirar algumas dúvidas. – Retrucou Fenrir.

Me ajeitei no chão esperando as explicações mais aprofundadas de Fenrir. Queria conhecer mais sobre o local e o povo para aonde iria.

- Bom, então que comecemos do começo. – Disse Fenrir se juntando a mim. – Há muito tempo atrás em uma data ainda não muito especifica aonde Nibelin não era dividida em nações como nos dias atuais, existia somente uma raça de elfos, pequenas divindades da natureza e da fertilidade. Eles sempre viveram em paz em uma floresta, conhecida como Floresta Silenciosa, localizada ao sul do que hoje é Elisabeta, eram adeptos a magia e alquimia. O rei dos elfos possuía dois filhos Spica frio e calculista e Régulos justiceiro e muito gentil, irmãos muito diferentes em todos os aspectos. Após vários anos o rei acabou morrendo e como manda a tradição Spica assumiu o reinado assumindo uma conduta mais dura em relação a sua raça. Em certo momento ele achou a Floresta Silenciosa um ambiente muito pequeno para comportar o seu povo e decidiu sair em busca de novos lugares, Régulos vendo a oportunidade de se afastar daquilo que estava se tornando uma ditadura se juntou a alguns elfos insatisfeitos e partiu em busca de sua liberdade e acabaram por chegar ao deserto.

História realmente interessante conseguiu minha atenção.

- Continuando. – Disse o holograma. – Quando chegaram ao deserto precisavam se acostumar com aquele clima quente muito diferente do antigo lar, ao contrário do que a maioria pensa Astórias não é uma comunidade nômade, isso é o que eles querem que todos pensem. Eles possuem um rei que nesse caso é Régulos e provavelmente uma rainha. São um povo pacifico, e não confunda pacifico com inaptos, pois são excelentes guerreiros e se precisarem o matam sem dó nem piedade. Já seu irmão Spica se assentou no que eles chamam de Terra Élfica, aonde Nart é a capital, um lugar aonde o frio predomina como pode ver dois opostos de uma mesma raça. E desse jeito o povo absorveu os costumes de seus próprios reis sendo os elfos frozerianos um povo frio e calculista e os elfos mercurianos um povo bondoso e pacifico, os dois possuem somente um aspecto em comum, não gostam de intrusos em seus territórios.

Fábula Cristal: Grãos de Areia - Livro 1 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora