Estava no quarto me arrumando para o jantar, há pouco tempo um dos criados havia aparecido dizendo que a comida estava servida.
- Agradeço pela hospitalidade. – Eu disse.
- As ordens senhor. – Respondeu o Elfo. – Por favor, siga-me.
Saímos do quarto em direção a sala de jantar, a muleta novamente me fazia companhia, passamos pelos corredores com tapetes revestindo o chão e lustres revestindo o teto que eu havia passado mais cedo. Chegamos até o grande salão do trono e escutei vozes vindas de uma das dúzias de portas que se espalhavam pela grande sala.
- Por aqui senhor. – Disse o elfo abrindo a grande porta.
Ele estava vestido razoavelmente bem para um criado, um longo, sobretudo verde com algumas pulseiras douradas ganhando contraste em relação ao vestido, o cabelo branco era curto e espetado e apesar de ser homem possuía brincos na orelha.
- Muito obrigado. – Agradeci.
- Disponha senhor, quando voltar ao quarto os alquimistas já deixará seu banho preparado. O senhor precisa de mais alguma coisa? – Perguntou educadamente.
-Não, agradeço a vontade. O nível de educação do cara era fora do comum, eu estou abismado, sinceramente
- Tudo bem, até mais senhor.
Entrei no grande salão e aquilo me impressionou como tudo naquela imensa cidade havia feito um pouco mais cedo.
O salão tinha o formato retangular, no centro uma enorme mesa toda arrumada com panos brancos contendo uma dúzia de lugares, seis de cada lado, em um dos lados da sala um enorme espelho cobria toda a parede, no teto imensos lustres pendiam com pequenos cristais que o deixavam ainda mais bonitos. A direita do imenso espelho uma enorme janela coberta apenas por uma linda cortina branca. Por algum motivo branco fazia mais parte da vida dos elfos negros. Logo pensei nos laços que tinham com os frozerianos. Um imenso tapete cobria o chão, também branco assim como as paredes.
No local várias pessoas, vestidas muito bem por sinal o que me fez me sentir um trapo e acabou com minha auto-estima. Estava apenas vestindo o sobretudo negro que Régulos havia mandado para mim, reconheci o rei Régulos e ao lado dele, uma linda elfa negra sorria e conversava com outros convidados, segurando uma pequena taça de qualquer bebida.
O rei logo percebeu a minha presença encolhido em um dos cantos do salão. E ligeiramente partiu em minha direção alegre e sorrindo.
- Meu caro, porque está tão distante de nós, se aproxime. – Disse ele colocando a mão em volta do meu pescoço e me trazendo mais para perto dos convidados.
- Claro senhor. – Respondi com educação
- Meus caros, lhes apresento o príncipe de Saphira e meu convidado de honra Lux Garret Tríbian, um dos herdeiros ao trono.
Logo vieram os convidados com apertos de mãos e cumprimentos, provavelmente aquela era a realeza do reino. Como elfos possuíam um vasto conhecimento provavelmente já sabiam do que estava passando. Pelo menos não fui obrigado a presenciar olhares de pena e decepção. Apenas sorrisos
- Meu caro príncipe, quero que conheça minha esposa Claruil. A elfa era simplesmente linda, o negro de sua pela brilhava ao contato da luz, aquilo lembrava Aryana, ela também tinha a pela escura e eu adorava. Muito mais clara do que a dos elfos, mas tão bonito quanto.
Claruil vestia um vestido longo vermelho com um decote em "v" estavam usando jóias que deixavam as das outras convidadas no chinelo. Realmente era uma linda mulher.
- Como vai senhora, muito prazer. – Cumprimentei.
- Príncipe Lux, que prazer, e por favor não me chame de senhora, me chame de Claruil, tudo bem? – Disse a elfa.
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Fábula Cristal: Grãos de Areia - Livro 1 (Em Revisão)
FantasyApós presenciar tudo que mais amava desmoronar à sua frente, príncipe Lux se vê envolvido em uma jogo entre deuses, demônios e seitas religiosas. Enquanto parte em busca de respostas para descobrir mais sobre uma estranha energia que manifestou ele...