Capítulo 25 ۞ A Verdade

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Acordei sentado em uma cadeira, quando um tapa foi dado de forma violenta em sua face.

Estava dentro de um pequeno quadrado bem simples e vazio, sem nada, apenas duas cadeiras a que eu estava e outra ao lado.

- Ei, vai com calma, porque está me batendo? – Perguntei passando a mão na bochecha vermelha pelo tapa. E quem é você?

- Te bati por que você é um idiota. Seu idiota. – Sério depois de tudo ainda pergunta quem sou eu? – Pode ter sangue real mais é burro feito uma porta.

Reconheci a voz.

-Sofia? – Perguntei não acreditando.

- Sim eu mesma. – Disse ela parando na minha frente. – Mas faça-me o favor, não me chame de Sofia, me chame de Aleron.

-Aleron? A deusa Aleron, aquela que derrotou Abacai há muitos milênios atrás?- Eu realmente estava na presença de uma deusa e não sabia o que fazer.

- Sim, sou eu mesma.

Me assustei na mesma hora, em minha frente estava uma criança com cabelos azuis curtos, orelhas de coelho também na cor azul com as pontas pretas e uma calda felpuda que chegava até o chão e olhos grandes azuis. Vestia uma bermuda de cor da pele com tons de azul na lateral que chegava até os pequenos joelhos, a ponta das barras era prendida com elásticos que envolviam seus joelhos, na parte de cima vestia uma pequena blusa de alça. Nos braços tinha luvas que envolviam até as bases da falange.

- Mas você é uma criança, uma criança muito estra...desculpa mas que diabos é você? Nunca vi nenhuma raça parecida andando por ai. - Perguntei indignado.

- Isso é só um avatar criado por mim seu idiota, não é a minha verdadeira forma, sou única, é claro que nunca vai ver igual a esse corpo andando por ai. E tenha um pouco mais de respeito, salvei sua vida algumas vezes moleque insolente, deveria ter deixado você morrer no estômago dos vermes do deserto.

- Tá explicado. Mas devo confessar que nesse avatar você não impõe respeito nenhum.

- E quem disse que a minha intenção é impor respeito, quanto menos souberem sobre mim melhor, porque acha que adotei Sofia como nome?

A deusa me rodeou me olhando dos pés a cabeça, me cutucando com o dedo indicador.

- O que foi nunca viu nenhuma pessoa na sua vida?

- Só estou curiosa.

- Algieba me mandou vir até aqui, como o conhece? – Perguntei.

- Somos velhos amigos, mas não é para conversarmos sobre Algieba que você está aqui, não é? – Disse ela se sentando em um dos bancos. Ela não tocava os pés no chão e os ficou balançando para lá e para cá. Movimento irritante esse.

- Não, estou à procura de respostas pelas coisas que andam acontecendo comigo ultimamente e se Algieba me mandou aqui para te encontrar é porque você tem essas respostas.

- Sim, tenho todas.

- O que é essa tal força que manifesto sempre que estou em perigo.

-Hum, direto ao assunto. Preste bastante atenção irei explicar apenas uma vez. - Ela disse apontando para uma cadeira ao seu lado.

-Bom, vamos começar. Não existe um nome para essa tal força.

- Como você sabe? – Perguntei.

- Porque eu a criei. – Pare de me interromper e escute só isso! - Você já deve estar familiarizado com a história de Imanto, Diene, Abacai e a minha própria, os deuses que criaram esse mundo.

Fábula Cristal: Grãos de Areia - Livro 1 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora