Capítulo 28 ۞ Uma Vitória Vazia

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Todos estavam perplexos, ninguém poderia imaginar que eu apareceria naquele momento, às figuras que me acompanhavam chamaram bastante atenção. Aryana estava com os braços envoltos em seu pai que ainda possuía um resquício de vida. Quando vi meu padrinho estirado no chão e com um buraco no peito entrei em choque.

- Meu...garoto...você...finalmente...voltou. - Disse entre pausas com o sangue escorrendo pela boca.

- Não fale nada padrinho, está muito fraco. Aleron pode curá-lo? – Perguntei preocupado.

Todos se espantaram, Aleron a deusa em pessoa estava ali na em nossa presença.

- Vou tentar, mas meus poderes ainda não estão totalmente recuperados.

- Tente o possível!- Régulos ainda estamos em guerra impeça a progressão do exército inimigo, conto com você.

- Sim, estou indo.

O rei de Astórias partiu em direção ao castelo, vários elfos negros com armaduras completas já haviam se espalhado pela cidade e pelo castelo. Eram ótimos combatentes e o eu tinha certeza que sairiam vitoriosos.

Para Aryana, foi dado apenas um sorriso, a princesa de Lesíria já estava satisfeita somente com aquilo.

- Axl. – Disse colocando a mão em seus ombros. – Você fez bem, obrigado por ter protegido minha irmã.

- Não foi nada senhor, estou sempre ás suas ordens.

- Fico feliz em ouvir isso.

Olhei para o grande Eidolon caído no chão.

- Você está bem minha irmã? – Perguntei.

Eu conseguia ver através da magia aplicada, conseguia ver a simbiose entre dois seres vivos, Eidolons abaixou a cabeça em sinal de positivo.

- Estão todos bem, fico feliz, fiquem onde estão e não se intrometam!

- Lux?- Chamou Aleron. – Cecil já absorveu parte da alma de Abacai, o cristal que sustentava Saphira se foi. Ele está mais poderoso do que você pode imaginar.

- Sim eu percebi Aleron, mas mesmo assim obrigado pelo aviso, tomarei o máximo de cuidado possível. Mas isso acabará hoje.

Cecil estava parado um pouco mais adiante, ofegante, espantado. A espada de nosso pai, a espada real Gênesis que nosso pai usava para defender o povo de Saphira agora estava em suas mãos, pingando o sangue de um dos seus melhores amigos, meu padrinho.

Eu tinha certeza do que deveria fazer, não tinha mais volta, Cecil estava totalmente perdido, ele já havia absorvido parte da alma de Abacai, o cristal que sustentava Saphira se foi. E com ele o país estará morto daqui um tempo. Somente eu poderia derrotá-lo, somente eu seu irmão de sangue. Não deixaria esse fardo cair sobre os ombros de Relm. Cecil não existia mais. A minha frente via apenas meu inimigo.

- Finalmente apareceu, irmão, mas se engana achar que pode mudar o curso dessa batalha. O que planeja fazer vai me matar? Tem coragem de matar seu próprio irmão?

- Agora tenho, e isso acontecerá hoje. Você não voltará para casa Cecil.

Corri em direção ao meu irmão, a batalha final estava iniciada. Com duas espadas em mãos armei o ataque em direção ao meu irmão que defendeu com a Gênesis, o impacto foi gigantesco o que mandou Cecil para longe, batendo em algumas paredes e casas que já haviam sido destruídos pela invasão. Eu, Cecil e Relm éramos protegidos por antigas magias, Relm e eu protegidos pela magia de Aleron e Cecil pela antiga magia negra, portando não nos machucávamos tão facilmente. A batalha entre dois semideuses havia começado.

Fábula Cristal: Grãos de Areia - Livro 1 (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora