17°Capítulo

2.9K 165 15
                                    

Boa leitura....

Sinto seus lábios nos meus e suas mãos em minha cintura me puxando cada vez mais para si. Sinto o calor de seu corpo e as gotas de água caindo em nós.

Caio na real e o empurro, ele me olha e eu lhe dou um tapa.

-Perdeu a noção do perigo? Porque fez isso? -Me pergunta e eu o olho incrédula.

-Você ainda pergunta? Porque me beijou? E depois diz que eu que sou a puta. Não fui eu quem acabei de te puxar e beijar esses lábios. -Porque tão chamativos?

-O quê? -Ele ergue uma de suas sobrancelhas e eu só acho que falei coisa de mais.

-Esquece, tenho que sair daqui. -Me viro e ando no meio da chuva.

-Sabe que eu não vou parar de te seguir, né? -Ouço sua voz atrás de mim e eu ignoro, ele começa a soviar a música que ele compôs.

-Fica quieto! -Digo e o olho, ele para e me encara. -O que você quer?

-No momento quero sair dessa chuva e tomar um banho quente. -Sorri.

-Pode ir, eu não irei te impedir.

-Mas tem um pequeno detalhe, você terá que vir comigo.

-Eu não vou com você, já estou cansada do jeito que você me trata. De uma hora para outra você está me xingando e depois você fica fazendo charme para eu voltar com você. No supermercado foi a gota d'água para mim.

-Qual é, eu já disse que aquilo foi coisa do momento e eu estava nervoso, agora vamos sair da chuva porque sei bem que nós dois iremos ficar gripados.

-Eu não me importo em ficar gripada. Agora vai para casa que eu vou para não sei onde.

-Vamos fazer um acordo. Se você for comigo eu não faço nada com a sua amiguinha, mas se eu for sozinho eu vou expulsá-la. Já estou cansado da sua infantilidade.

-Falou o adulto. -Reviro os olhos e algo se ilumina atrás de mim, olho e vejo um carro preto com os faróis altos.

-Mary fica atrás de mim. -Diz e eu o olho, seus olhos não param de encarar a pessoa dentro do carro.

-Quem está dentro do carro? Matheus? -Pergunto andando até ele devagar.

-Quando eu disser você corre e vai para casa. -Ele diz assim que seguro seus braços e me coloco atrás dele.

-Por que? E você? -Pergunto apertando seus braços fortemente e ele não diz nada. -Guilherme?

-Só faz o que eu falei. -Diz e o cara acelera o carro.

-Não vou sem você. -Digo e ele me olha, ficamos frente a frente e ele segura minha mão, me olha nos olhos. -À um minuto atrás você estava querendo andar sem mim e agora não vai correr sem minha presença?

-Não sei o que aquele cara pode fazer com você. -O cara acelera e eu me assusto.

-Não vou soltar a sua mão, então corre... agora. -Ele diz e nós saímos correndo no meio da chuva e da rua, o carro acelera e eu corro mais rápido. -Rápido. -Grita e ouço um disparo.

-Ele está atirando. -Grito e o Idiota me puxa para um portão, entramos e corremos pelo jardim, fomos para o fundo dá casa e nos agachamos, encosto na parede e ele em minha frente. Lágrimas estão se misturando com a água da chuva e eu o olho. -E agora?

-Vamos esperar um pouco, não sei quem é aquele cara, o carro não é do Matheus e nem dos capangas dele. -Ele acaricia meu rosto e eu fecho os olhos com o seu toque. -Vai ficar tudo bem. -Diz e eu aceno.

O Irmão do meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora