28° Capítulo

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Eu não aguentava mais ficar perto do Guilherme e não sentir os seus lábios, foi aí que eu o beijei, meio que foi um impulso e sei que vou me arrepender mais tarde pelo o que está prestes a acontecer, não conseguirei parar se ele quiser levar até o fim, mas esse pensamento faz o meu corpo se aquecer.

O Idiota foi pego de surpresa, mas logo suas mãos foram para minha cintura me empurrando para dentro de meu apartamento novamente, ele fecha a porta com o pé e me prensa contra a madeira fria, sinto o seu sorriso em minha boca e eu mordo o seu lábio inferior, ele geme e abaixa suas mãos para minha coxa fazendo com que eu entrelaça minhas pernas em volta dele.

Suas mãos apertam minha bunda e eu gemo, começa a beijar minha mandíbula seguindo para meu pescoço.

-Tem certeza que quer fazer isso? -Sua voz está grossa.

-Faça antes que eu me arrependa.

-Não quero tirar sua virgindade para amanhã você se arrepender. -Ele me olha e eu estou tentando acalmar minha respiração.

-O que? -Porque falou isso?

-Isso que você escutou. -Ele me larga e eu não acredito no que escutei.

-Pensei que você queria.

-Quero e você não sabe o quanto, mas se for para você se arrepender depois e me jogar na cara eu prefiro esperar.

-Some daqui. -Digo me soltando dele e abrindo a porta.

-Mary... -Eu levanto a mão.

-Não, só vai embora. -Digo e ele suspira, segura meu rosto com suas mãos e me dá um último beijo antes de sair pela porta, suspiro e me sinto desapontada.

Tomo um banho e logo vou dormir sonhando com o beijo de Guilherme Rodrigues.

***

Acordo atrasada para o trabalho, corro para o banheiro fazendo o que tenho que fazer em tempo recorde, troco de roupa e saio correndo, atravesso a avenida e entro na lanchonete sem que minha gerente veja.

-Está atrasada! -Ouço sua voz assim que passo por ela.

-Desculpe, isso não vai voltar a acontecer.

-Não mesmo, você está demitida!

-O que? Como assim? É o meu primeiro atraso e meu aluguel está atrasado.

-Sinto muito. -Que vaca, ela sente nada.

Saio da lanchonete depois de pegar minhas coisas, vejo um carro preto e sei que não é Guilherme pois não é a mesma marca, tento ignorar e voltar para casa, mas quando vou atravessar a avenida novamente sinto um pano em meu rosto e logo sinto uma tontura e apago.

Guilherme

Acordo com uma angústia em meu peito, são apenas 10:00 da manhã e eu apenas senti isso quando Mary sofria de algum jeito, parece que estamos ligados e então me levanto seguindo para o banheiro e me arrumando, desço as escadas e encontro Rick na sala, ele me olha e eu vou para a cozinha rapidamente.

-Aconteceu alguma coisa? -Ouço ele perguntar enquanto eu olho na geladeira.

-Estou angustiado, sabe aquela sensação que eu tive quando a Mary sofria de algum jeito?

-Faz muito tempo, mas me lembro como você ficou.

-Então, é assim que eu estou me sentindo nesse momento.

-Acha que a Mary está em perigo?

-Tenho quase certeza. -Meu celular toca e eu vejo no ecrã o nome de Matheus, eu atendo. -O que quer.

-Te encontrar, acho que eu tenho uma coisa muito importante para você, já que não está me obedecendo você deverá ser punido.

-O que quer dizer? -Ele desliga e olho para Rick. -Tenho que ir. -Saio de casa correndo e entro em meu carro, sigo para o galpão onde sempre nos encontramos, chego no mesmo e entro vendo Matheus no centro da escuridão.

Mais ao lado vejo Mary sendo segurada por dois caras que conheço muito bem, ela está curvada e acho que não sabe que estou aqui.

-Olá, que bom que você veio.

-Solta ela! -Digo alto e então ela me encara, seu rosto tem um roxo na bochecha, sua boca sangrando e está inchado. -O que fez com ela?

-Digamos que Mary é bem teimosa. -Sorri e eu dou um passo para frente. -Mas vamos ao que interessa.

-Diz logo!

-Quero que você faça um serviço para mim, o mesmo que eu te disse por telefone.

-Já disse que não vou fazer nada.

-Bom, então teremos que dar um jeito nela. -Ela geme de dor e vejo que o Mike lhe deu um soco na costela.

-Pare. Não quero roubar nada para você.

-Ou é isso ou ela morre agora na sua frente. -Olho para ela que tem lágrimas em seu rosto.

-Porque está fazendo isso?

-Sabe o porque e então?

-Ok, eu faço o que você quer, agora solta ela. -Ele sorri e eu tenho vontade de socar a sua cara.

Pego a Mary em meus braços e sigo para o carro, a coloco no banco e entro no motorista, olho para ela que tomba a cabeça na janela e então dirijo até a minha casa.

Chegando na mesma coloco ela em meu quarto deitada em minha cama, Rick me traz o kit de primeiros socorros e logo sinto me deixando sozinho com ela.

-Gui... -Ela geme e coloca a mão em um lado do seu corpo

-Eu vou cuidar de você. -Logo desmaia de dor, faço os curativos e coloco gelo onde está inchado e acho que tem mais algum lugar que deve estar machucado, então lembro que ela colocou a mão na costela.

Levanto sua camiseta e vejo um roxo enorme na sua costela esquerda, cuido disso e logo termino descendo para a cozinha.

-Ela está bem? -Rick pergunta e eu suspiro.

-Sim, mas está muito machucada.

-O que ele queria? -Olho para ele.

-Quer que eu roube um banco.

-Vai roubar?

-Sou obrigado...

-Você vai roubar um banco? -Ouço a voz de Mary e olho para trás, encontro a garota que a pouco estava desmaiada.

-O que está fazendo aí?

-Responde. -Ela manda e eu ergo uma sobrancelha.

-Bom, isso não é da sua conta. Agora vamos para o quarto, você tem que descansar.

-Não... Preciso... -E então ela cai dos últimos degraus da escada. Corro até o seu corpo e a pego no colo a levando para cima.

Teimosa é pouco...

O Irmão do meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora