32° Capítulo

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Sempre gostei de filmes com corridas e polícias, sempre achei que um dia poderia fazer isso e o pior é que eu aprendi a dirigir com Velozes e Furiosos. Meu sonho é ter um Lancer e depois arrumar como se fosse igual do filme.

Como no dia em que eu e Guh saímos e eu tive a ideia de pegar o carro de minha mãe, ele meio que negou, mas é mais louco que eu.

Então peguei o carro e saí pelas ruas em alta velocidade, foi o dia que eu sofri meu primeiro acidente e quase morri por causa da minha mãe.

Eu fiquei paralisada quando bati naquela árvore, estava a 90 quilômetros por hora então agradeço de ter colocado sinto de segurança.

Mas hoje aqui nesse carro com o idiota do Guilherme e com assaltantes, eu tenho uma leve impressão que irei morrer.

O carro passa vários sinais vermelhos, sei disso porque estou teimando em ficar de cabeça erguida e então um carro bate na traseira do nosso fazendo com que o nosso carro comece a virar sem parar e bater um poste.

-Vamos sair daqui! -Gui manda e o cara que estava no volante abre a porta para vomitar. -Sai daí, eu dirijo. -Não solto a mão dele e ele beija minha testa, sai do carro entrando no motorista e o cara que estava lá vem para o meu lado.

Gui dá ré e depois pisa fundo entrando em um beco, ele vai tentando despistar os polícias que estão atrás de nós, entra em outro beco de ré e fica esperando com o farol apagado.

-Gui... -Digo e ele suspira, minha mão está em seu braço, preciso ter um contato para saber que vou estar segura, se não vou começar a gritar sem parar.

-Vai ficar tudo bem, pequena. -Diz passando os dedos por minha mão me dando segurança. -Vou parar onde minha moto está e depois cada um segue para um lado.

-Você está louco? Não é esse o plano.

-O plano não era assaltar aquela lanchonete e olha no que deu, minha namorada está correndo risco. Então esse vai ser o plano e amanhã conversamos com o chefe.

-Tanto faz. -O do passageiro diz e então aperto a mão de Gui vendo o carro de polícia em nossa frente, ela passa devagar e Gui fica preparado para acelerar e sair dali, quando percebe que o carro está dando ré ele acelera e bate de raspão na traseira do carro de polícia.

Saímos pelas ruas e chegamos em um bairro que parece abandonado, as sirenes estão distantes e Gui para em frente a um galpão e então descemos.

-Amanhã nos encontramos. -O Idiota diz e o carro some de nossa frente. -Você está bem?

-Só quero sair daqui. -Digo e ele me dá um selinho e descobre sua moto que tinha um pano preto por cima. -A polícia. -Digo ouvindo as sirenes mais altas.

-Sobe! -Manda e eu subo na garupa o abraçando, ele liga a moto e saímos dali entrando na escuridão da noite, olho para trás e vejo três carros de polícia. -Tira a minha jaqueta.

-O que? Olha a velocidade que estamos.

-Anda logo. -Tiro a jaqueta dele quando o mesmo tira as mãos do guidão. -Tenta cobrir a placa.

-Não é mais fácil usar uma fita? -Pergunto e ele suspira.

-Não sei, se tiver faça isso, mas cobre a placa.

Pego minha bolsa e abro pegando uma fita adesiva preta, coloco minha bolsa no meio de minhas pernas novamente e Gui segura firme minha perna para eu não perder o equilíbrio, cubro a placa e olho para o carro de polícia, o primeiro tem uma arma para fora.

-Eles vão atirar. -Informo e volto a abraçar o corpo do Idiota, ele vira para a direita e sinto meu rosto doer por causa dos pingos dá chuva que estão caindo, visto a jaqueta de Gui e escondo meu rosto em suas costas, começa a chover mais forte e a rua começa a ficar mais lisa, os carros de polícia não desistem e eu apenas fecho os olhos e choro em desespero.

Sinto a moto parar e um vento bater em meu corpo, olho em volta e percebo que estamos em frente a nossa casa, estou em estado de choque e não consigo parar de chorar e nem me mover.

Gui percebe isso então sai da moto e me pega no colo, deixo minha cabeça em seu ombro e ele me leva para dentro.

-Está tudo bem? -Pergunta quando me coloca no sofá.

-Está, porque aconteceu tudo aquilo?

-Matheus me mandou roubar um banco, mas os idiotas decidiram roubar a lanchonete.

-Deveria ter me falado, eu estava no banco antes da lanchonete.

-Você que não me disse onde ia e não perguntou.

-Porque sabia que você não ia falar.

-Ok, vai tomar um banho para nós conversarmos sobre o plano.

Me levanto subindo as escadas e tomando um banho relaxante, me troco e desço para a cozinha encontrando Guh, Rick e Gui que já estava com outra roupa.

-Estamos esperando para saber o plano.

-Eu estive pensando em colocar a mãe dele nessa, mas seria injusto com ela pois a conheço a muito tempo. Também pensei em trancar ele em um lugar e o torturar.

-Isso seria uma ótima idéia. -Gui diz com um sorriso.

-Mas acho que seria muito ruim, então eu pensei em trancar ele em um galpão e queimá-lo vivo.

-Isso é cruel. -Guh diz fazendo careta.

-Mas ele merece! -Rick afirma e eu dou um sorriso.

-Podemos aproveitar que o Gui vai para lá e poderemos armar tudo.

-Que mente cruel você tem. -Gui diz com um sorriso e eu reviro os olhos.

-Gui, está tudo pronto. -Rick informa e eu o olho.

-O que está pronto? -Levanto uma sobrancelha.

-É uma surpresa, então você vai para o quarto do Rick e se arruma com a roupa que está lá, Guh vai te esperar no carro.

-O que vocês estão tramando?

-Você vai ver. -Diz me empurrando para subir as escadas. O que Guilherme está armando?

Estou aqui para avisar que sim, o próximo capítulo é o último. Votem e comentem para ver se vou ou não fazer o segundo livro.

O Irmão do meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora