The Strengh Of A Pack

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- Devo admitir que esperava você aqui daqui a algumas semanas. Mas acho que se aquela loba não tivesse te atacado, meu palpite teria acertado em cheio. - riu Ruby, afastando os fios dos olhos e assoprando a caneca fumegante.

Os três estavam sentados na sala. Ruby e Halsey sentadas no sofá e Louis na poltrona vermelha.

Todos bebendo o chocolate quente que Halsey preparara.

- Talvez - disse Louis, dando de ombros - onde está o resto da matilha?

- A maioria arrumou um emprego e vivem em apartamentos ao redor daqui. Mas deixa eu te perguntar uma coisa... - disse ela.

Louis balançou a cabeça, num típico "vá em frente".

- Você realmente achou que aqueles corpos mutilados foram causados por nós? - ela perguntou imparcial, porém séria.

- Talvez. Mas depois que aquela garota me atacou eu percebi que haviam sido eles. - ele disse, balançando os ombros - mas não posso negar que tive dúvidas...

Ruby riu, balançando a cabeça.

- Foi isso o que te contaram? Estou surpresa em ver que você chegou na faculdade acreditando nesse tipo de coisa. - ela disse olhando para Louis com as sobrancelhas arqueadas.

- Foi isso o que Adam me disse - defendeu-se.

- Sei. Nunca gostei dele. Quando ele me mordeu... o modo como o fez... ele me mordeu na perna por que ele pulou em cima de mim. E quando eu me defendi, as pernas eram o único lugar que ele me alcançava.

Louis assentiu.

Ruby o olhou nos olhos.

- Então sua decisão já está tomada? - ela perguntou, fixando aqueles olhos claros em Louis.

Os olhos dela eram bonitos. Indefinidos, mas sem dúvida bonitos.

Que irônico.

Por mais que Louis a encarasse, não conseguia dizer se seus olhos eram verdes, cinzas ou azuis. Parecia as águas daquelas ilhas que ele via na TV. Só que ainda mais claro.

- Sim.

Ruby sorriu.

Pôs se de pé e caminhou até a porta de vidro.

- Siga-me então. - anunciou ela.

Louis obedeceu.

Seguiu-a até a escada e subiu até o térreo.

Era um quadrado com um muro baixo de cimento. A única coisa que havia ali era uma caixa d'água e varias irregularidades no chão.

Quando Ruby se virou para Louis ela já havia tomado a forma lupina, os olhos brilhando num vermelho vivo.

Vermelho alfa.

Louis fechou os olhos e assumiu sua forma.

Se tornar da alcateia de alguém depois de já ter sido transformado era algo complicado.

E dolorido.

Ruby rasgou o antebraço de Louis, deixando parte da carne exposta. Louis fez uma careta. Ruby rasgou a palma da própria mão e começou a cantar a oração á Lupércio, o deus grego dos Lupinos.

Toda a pele do antebraço de Louis estava suja de sangue, seu próprio e de Ruby. Quando o ferimento começou a curar, o sangue de Ruby parecia queimar em contato com sua carne.

Quando a pele se emendou, Ruby perguntou:

- Onde foi sua primeira mordida?

Louis ergueu o antebraço direito, oposto ao que tinha acabado de se curar.

Ruby segurou-o, olhou para a lua cheia que brilhava no topo do céu, falou mais algumas palavras em grego antigo, e mordeu o antebraço de Louis.

A dor irrompeu como um tiro. E depois se espalhou por todo o corpo dos dois, foi quando ambos fecharam os olhos e berraram de dor, jogando-se de joelhos no chão.

Ruby abriu os olhos quando a dor se foi e só conseguiu sorrir ao olhar os olhos não mais azuis de Louis, mas sim dourados.

E quando Louis abriu os olhos, e encontrou os olhos vermelhos vivo de Ruby, ele se sentia mais forte.

Ele não se sentia mais sozinho.

Ele tinha a força de um bando.


Wolf Bites| l.s | a/b/o #Watty's2017Where stories live. Discover now