The Last Human Breath

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Essa já era a decima terceira mensagem que Harry mandava para Louis no dia.

Ele voltava de mais um dia sozinho na faculdade. Já estava dobrando a esquina de casa quando pensou ter visto algo se mexer na viela entre duas casas. Virou-se de costas e encarou o espaço, era pequeno demais, devia ser um cachorro ou gato.

Mas quando se virou para frente, a primeira coisa que viu foi os olhos dourados.
E depois as presas.
Ele mal percebeu quando o grito saiu de sua garganta, muito menos quando o punho do homem lhe atingiu o queixo. Ele já podia sentir o gosto de sangue quando voava alguns centímetros, até bater a cabeça contra o asfalto.
Sua visão estava embaçada e tudo ao redor parecia girar como se estivesse vendo tudo de um carrossel, mas a imagem do homem de pele morena, olhos dourados e cabelos negros já estava marcada com clareza em sua mente.

- Scott... - balbuciou Harry.

O homem riu sentou-se sobre Harry, rindo enquanto o garoto cuspia sangue.

- Você e aquele o bichinha do Tomlinson são namoradinhos agora, não é? - ele perguntou, rindo como um maníaco.

Harry se engasgou com o próprio sangue, o gosto ferruginoso fazendo seu almoço vir e voltar em sua garganta.

Ele riu e desferiu um soco com força suficiente para quebrar sua mandíbula. Ele se levantou e começou a chuta-lo.

Harry pode ouvir o barulho das próprias costelas se quebrando como vidro.

Sentiu uma dor absurda no pulmão impedindo-o de respirar. Ele abria a boca, desesperado por ar, mas tudo o que ele conseguia passar pela garganta, era o gosta de sangue e saliva.

Conseguiu juntar força o suficiente para empurra-lo com os pés para trás, dando-lhe tempo suficiente para pegar o celular no bolso e discar o numero de Louis.

- Atende,Lou ... - ele sussurrou abafadamente, engasgado. - Por favor...

Scott riu.

- Ninguém vai vir te salvar.

E chutou o celular.

- Esse é o recado que o Zayn tem pro seu namorado todo bando dele. Ele não vai mais atacar vocês. Ele vai destruir vocês. Vai destruir tudo o que é importante pra eles. - disse Scott.

E correu até desaparecer de vista.

Harry não conseguia se mexer, respirava pesadamente. Olhou para baixo e se viu em meio a uma poça do próprio sangue.

- HARRY - Fez-se ouvir a voz de Louis no início da rua - Não, não, não, não... - ele sussurrava, abrindo a camisa de botões de Harry e vendo as costelas quebradas.

Harry abriu os olhos em um centímetro.

- Lo... ueh... - sua voz, antes grave, que causava arrepios e desejo em Louis, agora não passava de um engasgo.

- Shhh... - ele pediu, trazendo a cabeça do garoto para seu colo - não fala nada, por favor fica quieto, nós vamos dar um jeito nisso... Você vai ver...

- O méd... disse que se... eu...

- Ele estava errado, ok? - ele pegou o rosto de Harry nas mãos e o fez encara-lo - eu vou...

- Não tem... mais... jeito - ele sussurrou.

- LOUIS! - gritou Ruby, vindo na direção deles, descendo da moto com Halsey em seu encalço.

- RUBY - gritou ele, vendo a garota - Ele não vai morrer, não é? Halsey? Por favor, me diz que você consegue fazer algo...
Ruby e Halsey estavam sentadas sobre os joelhos, uma ao lado da outra, olhando com pena para os dois.

- Não, não, não, não, não... Por favor, não... - ele pedia, abraçando sua cabeça.

- Louis - chamou Halsey.

- Só tem um jeito de salva-lo... - completou Ruby.

Louis as olhou, assustado.

- NÃO! - ele berrou - eu não vou amaldiçoa-lo com... isso!

- É o único jeito! E mesmo assim é muito arriscado. Depois da última vez, essa era fatal! Ele vai morrer! Só a mordida pode cura-lo! - respondeu Ruby.

- Se não mata-lo primeiro! - berrou Louis em resposta.
Harry segurou em seu braço, fazendo-o o olhar.

Seus cabelos estavam mais bagunçados do que nunca e duros por causa do sangue seco. Sangue que também saia pela boca e nariz do garoto. Seus olhos pareciam longe, mas aparentava tentar focar no rosto de Louis. Ele jamais se sentira tão impotente quanto agora. Harry tocou-lhe a bochecha com a mão aberta e o olhou tão fundo, que Louis quase pode senti-lo lendo sua alma.

Olhou para Ruby e deixou o braço cair em seu colo.

- Faça... - ele sussurrou.

Ruby olhou para Louis, que colara a testa com a de Harry e chorava incontrolavelmente.

Os dedos frios e úmidos de Ruby seguraram o braço do garoto com delicadeza, como se fosse porcelana. Fechou os olhos e quando os abriu novamente, eram duas bolas vermelhas.

Harry fechou os olhos e franziu as sobrancelhas, sentindo as lágrimas de Louis cair em seu rosto.

E a última coisa que Harry se lembra é da dor da mordida.

                                                                                                 ***

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Wolf Bites| l.s | a/b/o #Watty's2017Where stories live. Discover now