Capítulo 24

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Já estou dentro do avião, coloco meus fones de ouvido na música Home da Gabriela Aplin no último volume e encosto minha cabeça na poltrona, acordo com a aeromoça me avisando que chegamos, agradeço á ela e desço pego minha pequena bagagem e chamo o táxi já que todos os outros estão ocupados, o táxi chega e eu dou o endereço do hotel Cizar Palace Center, um dos melhor hotéis de New Yorker, chego ao hotel e vou a recepção alugo qualquer suíte e vou em direção ao elevador, entro e as portas se fecham aperto o botão do andar desejado e aguardo, ao chegar no meu andar vou em direção ao apartamento, adentro aquela suíte enorme coloco minha mochila em cima da cama e me deito, começo a pensa na vida, primeiramente em tudo que está acontecendo e por que comigo? De novo? Parece até que nasci pra sofrer, durante esses pensamentos algumas lágrimas caem.

[...] Termino meu demorado banho e decido que irei visitar a cidade hoje, coloco um vestido longo com estampa de galáxia, com um decote em ''v'' nos seios e um rachado que ia da barra até a altura de minha coxa direita, coloco um salto alto, uma jaqueta de couro e passo um perfume qualquer que pus em minha bagagem, fiz uma maquiagem básica e estava pronta.

Aguardava o elevador quando dei de cara com um garoto muito bonito, não aparentava ser muito velho, ele me encarava, entrei no elevador e minhas narinas sentiram aquele perfume maravilhoso, aquele loiro de olhos cinzentos me olhava de lado descaradamente, sua pele bronzeada deixava na cara que ele era turista, chegamos ao térreo e ele me deu passagem para sair primeiro educadamente, agradeci acenando a cabeça.

[..] Estou no alto da ponte de Nova York, tudo aqui é tão lindo que por alguns minutos até me esqueço dos problemas, caminho um pouco pelas ruas iluminadas, o inverno é tão bom, adoro ver as pessoas se vestindo elegantemente para se proteger do frio e transmitindo perfumes tão bons, compro algumas lembranças que pretendo levar para minha mãe e para Sofia quando eu voltar, o que eu ainda não decidi, caminho indo de volta para o hotel a passos lentos pensando em como devem estar as coisas por lá sem mim? Será que o cretino já contou tudo para minha mãe? Como ela reagiu? Como deve estar Eric? E Sofia?

Quando caio em si, as portas do elevador estão prestes a se abrir, quando elas se abrem saio e caminho lentamente até a porta de minha suíte, procuro pelo meu cartão e não o acho, procuro em meus bolsos e só  falta eu ter perdido, talvez deixei cair no chão da recepção, volto em direção ao elevador e as portas se abrem e avisto o garoto loiro saindo do elevador.

— Está procurando alguma coisa? - Analisa o cartão. - Senhorita Winchester. - Sorri sarcástico.

— Onde você achou isso? - Pergunto surpresa.

— Estava no chão da recepção. - Me olhou fixamente.

— Obrigado. - Sorri e fui pegar o cartão de sua mão, mas ele se esquivou o olhei sem entender.

— Isso terá um preço, andou em um pequeno circulo lentamente pela pequena extensão do corredor e parou de frente para mim novamente. - Nunca beijei uma menina tão bonita assim, ainda mais Brasileira. - Me analisou de cima a baixo e mordeu o lábio inferior.

— Como é que é? - O que esse garoto tem de bonito tem de abusado ele só podia estar brincando comigo, e nesse jogo eu não iria perder.

— Isso mesmo, um beijo em troca do seu cartão, se não quiser levar bronca da recepcionista ao pedir outro ou talvez passar a noite em qualquer hotelzinho barato de Nova York. - Sorriu aberto.

Fui andando a passos lentos até o imprensar na parede, deixando suas mãos prensadas sobre a parede no alcance do meu campo de visão, mordi o lóbulo de sua orelha devagar e ouvi seu suspiro em meio ao riso, fiquei cara a cara com aqueles olhos cinzentos e cheguei bem perto de sua boca, rapidamente peguei o cartão e continuei o imprensando na parede.

— Não brinque comigo garoto. - Pisquei pra ele e me afastei, me virando para seguir meu caminho.

— Você é maluca menina. - Pude ouvir sua gargalhada.

— O que você está querendo? Não temos mais idade para ficar fazendo joguinhos. - Estava ficando impaciente.

— Desculpa. - Quando ele disse isso me virei. - Me chamo Lucas, sou filho do dono disso tudo.

— Isso não te dá o direito de sair pedindo beijo em troca de cartões. - Eu não dava a mínima se ele era filho do dono ou não. - Não vou me apresentar, pois de fato você já sabe meu nome. - Comecei a destravar a porta com meu cartão.

— Amanhã a gente se vê?

— Se depender de mim, não! - Falei seca e entrando em meu quarto.

— Marrenta! - Pude ouvir ele gritar em quanto fechava a porta.

Garoto maluco, tá que ele é bem gato, mas só por isso acha que pode vim chegando fazendo esses joguinhos infantis e é isso?! Inaceitável esse tipo de conduta comigo.

Tiro a roupa e coloco um pijama, escovo meus dentes e depois deito na cama tentando dormir. 

Meu Melhor Amigo - Um Beijo Pode Mudar TudoOnde histórias criam vida. Descubra agora