Capítulo 26

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Entrei em meu quarto e ele veio atrás.

— Eu já disse que não vou. - Falei fechando a porta.

— Eu sei que Fabiana está grávida, mas não precisava fugir por causa disso. - Me olhou impaciente.

— Não é só por isso.

— Sua mãe está precisando de você, Sofia, e seu pai ta morrendo de preocupação, volta, por favor, Brenda.

— Jônatas não insiste, como você descobriu que eu estava aqui? - Estava curiosa.

— Meu pai é dono do banco do cartão de crédito do seu pai e então olhei as ultimas coisas pagas com ele e uma delas foi esse hotel. - Falou se jogando na cama.

— Devia ter feito as coisas direito. - Me deitei ao lado.

— Por que tudo isso?

— Como estão meus pais? - Queria saber se aquele cretino tinha contado algo pra ela.

— Bastante preocupados e se não fosse seu pai, sua mãe já estaria em profunda depressão.

— A empregada? A Julieta, ela ainda está trabalhando lá? - Já estava morrendo de raiva.

— Ela é bem bonitinha.

— Jônatas quero saber se ela ainda trabalha lá. - Me levantei rápido.

— Ta sim, por quê? - Se levantou também.

— Cretino, vagabundo, eu odeio ele, odeio. - Dei vários socos na parede já estava chorando, na hora não senti nenhuma dor, só queria aliviar essa raiva.

— Que isso? De quem você está falando? O que está acontecendo Brenda? - Me segurou por trás em seus braços, tentando me acalmar.

— Ele Jônatas, eu odeio ele, só isso. - Me afundei ainda mais nos braços dele. - Não quero voltar pra lá não insisti, por favor.

— Amanhã a gente conversa sobre isso ta bom, agora vamos dormir, se acalmar. - Disse afagando meus cabelos me passando total tranquilidade.

Desfizemos o abraço e fomos dormir, Jônatas deitou no sofá cama que tinha no quarto e eu deitei na cama.

Acordei com Jônatas fazendo cafuné em mim.

— Acorda anjo, a gente precisa conversa.

— Sobre o que? - Me virei pra ele.

— Você sabe sobre o que.

— Ele traiu minha mãe com empregada, então resolvi vim pra cá pra ele contar tudo pra minha mãe e sumi das nossas vidas, mas pelo visto ele não cumpriu o combinado. - Fui direta, sem rodeios, eu precisava fazer alguma coisa, me levantei e fui em direção as minhas malas, e ele me olhava sem saber o que falar.

— Você está brincando né? - Deu uma risada sem graça, ele sabia que não.

— Eu estou com cara de quem está brincando?! - Falei super grossa.

— O que você ta fazendo? - Se referiu as roupas que eu estava colocando na mala.

— Vou voltar pra casa e contar tudo pra minha mãe, não posso deixar ela continuar sendo enganada.

— Você não pode bom, poder pode sim, mas não agora, ela está frágil Brenda e por sua causa, espera um tempo pelo menos alguns dias, isso vamos passar alguns dias aqui, eu e você. - Me olhou e sorriu segurando meu rosto entre suas mãos.

— Jônatas... - Eu não resistia a ele.

— Brenda... - Esbanjou um sorriso encantador.

— Ta. - Olhei pro lado.

— Ta? - Me olhou surpreso.

— Não vai ser tão ruim passar uns dias com você. - Sorri pra ele.

— Eu te amo. - Me olhou sério.

— Eu também te amo.

— Eu te amo mais do que como meros amigos. - Ainda me encarava.

— Jônatas, vamos conversar sobre isso depois ta bom? - Sorri pra ele que também sorriu de lado.

— Ta bom, mas você sabe, ele. . . Ele ta seguindo a vida dele.

— E eu vou seguir a minha. - Entrei no banheiro encerrando a conversa.

Sai do banheiro já vestida, iria levar Jônatas para conhecer a cidade, escolhi uma roupa aleatória, ele estava vendo TV, parei em sua frente.

— Levanta.

— Pra que?

— Vou te levar para conhecer a cidade.

— Ta bom, já volto. - Se levantou e foi pro banheiro.

Fiquei na sala esperando ele, que parece uma moça para se arrumar, ele saiu do banheiro vestindo uma calça moletom swag uma blusa do time de basquetebol, a toca da obey e uma bota cano alto, confesso Jônatas era totalmente atraente.

— Parece uma moça se arrumando. - Falei me levantando do sofá.

— Nem demorei tanto. - Disse irônico.

— Vamos logo.

Fomos até o elevador e encontrei Lucas.

— Oi. - Sorri.

— Oi marrenta. - Sorriu de volta me abraçando.

Jônatas fez uma tosse forçada então desfiz o abraço.

— Ah, Lucas esse é Jônatas um amigo do Rio.

— Prazer. - Lucas falou e eles fizeram um toque de mão.

Entramos todos no elevador e eu e Lucas ficamos conversando de assuntos aleatórios.

Eu e Jônatas já estávamos caminhando sobre as ruas iluminadas de Nova Yorke. Conversamos muito, sobre tudo, Jônatas tinha o poder de me fazer esquecer dos assuntos que eu realmente queria esquecer, rimos o trajeto todo, ele é um ótimo amigo.

— Daqui um dia. - Falei deixando ele confuso.

— O que?

— Vamos voltar, daqui um dia.

— Você tem certeza?

Apenas afirmei com a cabeça e continuamos o passeio.

Gosto muito de Jônatas ele me faz muito bem, estávamos parecendo um casal de namorados, ele era perfeito em todos os aspectos.

Meu Melhor Amigo - Um Beijo Pode Mudar TudoOnde histórias criam vida. Descubra agora