Eu e Jônatas estávamos escorados na varanda do apartamento, estava um silêncio, mas não era aquele silencio ruim, era um silencio bom, confortável, precisávamos daquilo, ele observava atento a cidade e bebericava seu cappuccino.
— Um beijo pelo seus pensamentos. - Falou sem me olhar.
— Não estou pensando em nada. - Eu o olhei.
— Acho que agora é um bom momento para conversar sobre aquele assunto. - Bebericou mais uma vez seu cappuccino, mas ainda não me olhava, era muito incomodo isso, parecia estar sendo ignorada.
— Você acha que ele á ama? - Não sei por que fiz aquela pergunta.
— Está na cara que não, mas ela está grávida e o mínimo que ele tem que fazer é dar assistência pra ela e fazer o que for preciso para estar ao lado dela, me desculpe a maneira de falar mas se vocês ficassem juntos, com certeza você seria segunda opção. - Finalmente me olhou.
— Desculpa melhor não falarmos disso.
— Então vamos falar da gente. - Aproximou seu corpo do meu.
— O que tem a gente?
— Quando eu falei que te amo hoje mais cedo, eu não estava brincando.
— Eu não sinto o mesmo por você Jônatas, desculpa, eu te amo sim, mas como amigos, talvez mais pra frente venha acontecer alguma coisa. - Tentei parecer o mais carinhosa possível, eu não queria magoá-lo.
— Eu já estava esperando por isso, mas eu só preciso de uma chance pra te mostrar que eu posso te fazer feliz. - Sorriu.
— Posso pensar? - Sorri de lado.
— O tempo que você quiser. - Beijou minha bochecha e entrou, fiz o mesmo já estava ficando frio aqui fora.
[...] Tomei um banho quente, vesti um pijama qualquer e fui deitar, Jônatas dormia feito um anjo e também tinha um sono bem pesado.
Acordo na manhã seguinte e Jônatas já não está no quarto, olho para o relógio e já são 10h20min, ''puts'' eles servem o café só até as onze, imagino que ele deve estar lá, mas por que ele não me acordou? Afasto esses pensamentos me arrumo rápido e desço, ao chegar no restaurante do hotel, dou de cara com ele conversando com um ruiva toda se jogando pra cima dele, não sei por que mas me bateu um ciúmes.
Vou até eles e me sento ao lado de Jônatas.
— Obrigado por me acordar, não vai me apresentar sua amiguinha? - Sorri falso pra ela que revirou os olhos.
— Desculpa, mas você parecia um pouco cansada, não queria te acordar e essa é Tatiana ela estuda comigo no curso de mecânica que faço, foi total coincidência encontrar ela aqui.
— Será? - A encarei.
— Como assim será? O que você está insinuando? - Me encarou de volta.
— Sei lá, vai que você o seguiu. - Me aconcheguei na cadeira ficando toda largada.
— Brenda você está ofendendo a Tatiana! - Me olhou feio.
— Que maluca ela em Jojo. - Fez cara de ofendida.
— Preciso ir vomitar. - Me levantei e sai.
[...] Só depois de um longo tempo caminhando percebi que fiz um papel ridículo, realmente não fui com a cara dela, mas isso não me dá o direito de falar daquela maneira.
Fiquei caminhando mais um pouco e parei na mesma ponte do primeiro dia, lá era tranquilo, deixava meus pensamentos flutuando me dava livre acesso as minhas imaginações.
Após um tempo parada observando, resolvi voltar para o hotel, cheguei e dei de cara com Jônatas deitado no sofá vendo TV.
— Onde você estava? - Não tirou os olhos da TV para falar comigo.
— Não te devo satisfação. - Fui bem grossa.
— Ciúmes?
— De você? Nunca!
— Então por que tratou Tatiana daquela maneira, e qual o motivo do sumiço? - Me olhou.
— Você não é meu pai. - Me sentei na cama, sei que estava sendo infantil.
— Se fosse eu já teria te dado belas palmadas por me responder assim. - Sorriu descontraído.
— Por que veio?
— Eu já disse o motivo.
— Não é o bastante.
— Se amor não é o bastante pra você, então não sei o que ainda estou fazendo aqui. - Desfez o sorriso do rosto e foi até sua mochila.
— Jônatas espera droga! Eu faço tudo errado desculpa, quando te vi com aquela garota, eu não sei o que deu em mim. - Já estava próxima dele.
—Brenda eu te amo, mas isso não é o bastante pra você, o que você quer de mim então? Caramba, eu não te entendo. - Balançou a cabeça, negativamente.
— Isso. - Foi minha vez de tomar uma atitude, o beijei intensamente, em questão de segundos ele correspondeu, me levou até a cama ainda me beijando, era um beijo cheio de paixão, porém com muita malicia entre ambos, ele me deitou ficando por cima de mim sua mão desceu levemente até minha coxa acariciando-a, eu dava puxões de leve em seus cabelos, ele parou o beijo e arrancou minha blusa, começamos outro beijo apaixonado e então ele começou a tirar minha legue, parei o beijo.
— Não estou preparada. Segurei sua mão, o fazendo parar.
— Você é. . . - O interrompi.
— Sim, sou virgem, e não quero que seja assim por acaso, quero um coisa diferente, desculpa.
— Tudo no seu tempo pequena. - Beijou minha testa e saiu de cima de mim.
— Obrigado. - Dei um selinho nele.
— Não precisa agradecer.
— Melhor irmos dormir.
— Boa noite pequena.
— Boa noite.
Jônatas dormiu na cama comigo, não me incomodei, dormimos de conchinha e um sentimento bom, tinha acabado de despertar em mim.
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Meu Melhor Amigo - Um Beijo Pode Mudar Tudo
Teen FictionBrenda é uma garota de 17 anos que está no segundo ano do ensino médio , como qualquer garota normal do ensino médio Brenda tem amigos e até '' inimigos '' , ela mora em Copacabana na cidade do Rio de Janeiro e é apaixonada por seu melhor amigo Eric...