Capítulo 35

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Assim como prometido Jônatas passou lá em casa e fomos para a escola juntos, chegamos à escola e como eu já havia dito estamos atrasados, todos estavam lá, menos Ranny por que ela está na faculdade.

— Estou vendo que seu grupinho está atrasado hoje novamente senhorita Winchester. - A voz insuportavelmente irritante da coordenadora ecoou na sala.

— Sim senhora Ivone, estamos atrasados. - Revirei os olhos.

— Sem compromisso com o horário, irresponsável! - Disse ela pegando as ocorrências e entregando pra gente assinar. - Esperem até dar o próximo horário e vocês poderão entrar pra sala agora saiam menos você senhorita Winchester. - Todos saíram e eu fiquei.

— Bom eu soube o que aconteceu com você, sinto muito, como já estamos no meio do ano letivo e não podemos repetir todo o conteúdo apenas para você, você irá fazer um trabalho com o conteúdo que você já sabe, valendo 40 pontos já que o primeiro bimestre vale 20 e o segundo também, esse trabalho vai decidir sua nota para os dois primeiros bimestres, aqui estão às folhas. - Me entregou. - Você tem até segunda que vem para me entregar, seja mais responsável dessa vez, agora pode ir, as salas são todas com os mesmo alunos do ano passado o que mudou foi que vocês estão no terceiro andar, sua sala é o 3° F , pior sala como de costume, agora saia por favor.

Sai da sala e fui pro pátio encontrar com o meu grupo, já cheguei ouvindo Ana reclamar.

— Eu estou totalmente incapaz de estudar hoje.

— Todos nós estamos. - Concordou Jonas.

— Ana a gente pode conversar um minuto?

— É urgente? - Fez pouco caso.

— Sim!

Ela se levantou e me seguiu até um canto.

— Jonas me contou o real motivo de vocês terem terminado, fiquei realmente surpresa, não esperava isso de você, você sabe muito bem que o único sentimento que sinto por Jonas é o mesmo que sinto por você e pela Ranny é um sentimento puro, de amizade, então para de bobeira e comece a me tratar como sempre me tratou e tenta se resolver com Jonas, se você o deixar ir, aposto que não vai encontrar outro como ele. - Falei fria, aquilo realmente era uma bronca, não era pra ser fofa.

Escuto uma voz feminina me chamar e vejo Elisa ao lado de Douglas.

Vou até ela com um sorriso no rosto.

— Senti tanto sua falta. - Me apertou.

— Eu também. - Retribui o abraço.

— Desculpa não ter ido a sua festa tive que viajar, meu avô faleceu, mas como sabia que poderia te encontrar nos corredores da escola a qualquer momento eu trouxe o seu presente. - Me entregou uma caixinha vermelha toda coberta com gliter e com um ''B'' e uma coroa em cima, abri a caixa e havia um coração partido com a letra ''E'' dentro, olhei pra Elisa sem entender e ela me mostrou o colar dela exatamente igual, porém com um ''B'' dentro, e se colocarmos eles juntos formava um coração completo.

Olhei pra ela sorrindo.

— Mesmo separadas sempre vou carregar uma parte de você comigo. - Segurou minha mão.

— Elisa é lindo, muito obrigado eu adorei. - A abracei.

— De nada, agora preciso ir por que estou atrasada. - Me deu um beijo na bochecha e saiu.

— Me senti comovido com essa cena. - Douglas limpou sua lágrima imaginaria.

— Idiota. - Dei um tapa de leve em seu braço.

— E ai como você está? - Sorriu.

— Há, eu estou bem e você?

— To bem sim, olha eu gostei muito de ter passado a noite com você aquele dia do parque, sem malicia, você me ajudou a por juízo na cabeça, pelo menos um pouquinho, te considero uma irmã. - Sorriu e vi sinceridade em suas palavras.

— Você sabe que sempre que precisar eu vou estar aqui. - O abracei.

— Sem melação, por favor. - Gargalhou. - Preciso ir a gente se esbarra por ai qualquer hora. - Beijou minha bochecha e saiu.

Voltei até onde meu grupinho estava.

— Vamos gente, já está na hora. - Jônatas se levantou.

— Ana está D-E-S-M-A-I-A-D-A! - Disse ela fazendo todos rirem.

Fomos para nossas respectivas salas, Ana e Jônatas para a deles e eu e Jonas para a nossa, era aula de geografia, pedimos licença e entramos, me sentei em um lugar vazio no fundo da sala.

— Senhorita Winchester, seu lugar não é ai. - O professor disse e eu o olhei sem entender. - Você se senta na frente do. . . - Olhou uma folha na parede, imaginei ser o mapeamento. - Na frente do senhor Lancaster.

'' Não, não mesmo, as forças ocultas só podem estar conspirando contra mim. '' Pensei.

— Professor sou a namorada dele, significa que tenho que me sentar perto dele. - Se manifestou Fabiana.

— Exatamente e ela está grávida os dois precisam ficar perto. - Fabiana me olha assustada, realmente eu estava enlouquecendo por defendê-la.

— Senhorita Fabiana, se vocês namoram ou não isso já não é um problema meu, a regra é clara, os alunos deverão obedecer ao mapeamento do professor, então senhorita Winchester faça o favor de se sentar no seu lugar.

— Mais que droga! - Falei alto suficiente para que todos escutassem, e então fui me sentar no meu lugar.

Tive a sorte de Jonas estar sentado á minha frente.

— Que coincidência em. - Disse gargalhando.

— Cala a boca. - Dei um tapa estalado em seu braço.

— Algum problema Brenda? Ou posso continuar minha aula? - Disse o professor parando de escrever na lousa e fazendo todos olharem para mim.

— Me desculpe. - Peguei a caneta indo escrever em meu caderno.

— Obrigado. - Falou irônico.

As aulas seguintes passaram lentamente, já estávamos no terceiro horário, faltavam minutos para irmos para o intervalo quando sinto alguém me cutucar.

— Você pode me emprestar uma caneta? - Pediu Eric.

Arqueei as sobrancelhas, mas acabei emprestando.

— Obrigado.

Eu apenas sorri e me virei pra frente.

— Estou totalmente fora de tudo.

— Tudo o que garoto? - Falei prestando atenção na lousa.

— Você e Eric, você e Jônatas.

— Não existe eu e Eric. - O olhei brava.

— Então você e Jônatas existe? - Arqueou a sobrancelha.

Parei pra pensar um pouco.

— Claro que não! Agora me deixe copiar. - Fiz cara de brava e ele se virou pra frente rindo.

Em seguida o sinal para o intervalo tocou.

— Anda Brenda, vamos logo. - Me apressou Jonas.

— Pode ir, já vou indo. - Falei e ele saiu sem dar muita importância.

Estava guardando minhas coisas quando sinto alguém esbarrar em mim, fazendo tudo o que eu havia guardado cair no chão.

— Saía do meu caminho, idiota! - Fabiana disse.

— Droga! - Gritei me abaixando para pegar tudo.

— Eu te ajudo. - Eu reconhecia aquela voz.

— Obrigado. - Sorri.

— Não precisa agradecer. - Beijou minha testa. - Agora vamos. - Jônatas entrelaçou seu braço em minha cintura e fomos.

Meu Melhor Amigo - Um Beijo Pode Mudar TudoOnde histórias criam vida. Descubra agora