09 - Medo, parte 1

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ANTES DE MAIS NADA: Desculpem a demora, espero q entendam q NÃO quero publicar qualquer coisa, aí posso demorar sim, mas, ao menos, publicarei algo decente para mim e creio que bom o suficiente para vocês também.

É só!

Boa leitura! Votem e comentem com amor <3

***

Quando paramos em frente à porta que nos separavam de James, Ash e meu corpo, eu gelei.

Meus amigos também hesitaram pelo som agudo que vinha do outro lado da porta. Ariana fora a primeira a abrir à porta e entrar, fomos atrás dela e eu, outra vez, hesitei, vendo meu corpo nos braços de James enquanto o mesmo estava deitado no chão. O som agudo era de seu choro. Aquilo, definitivamente, partiria meu coração, se o mesmo ainda batesse.

Engoli qualquer coisa que eu pudesse falar quando os olhos cinzentos de Ash cravaram nos meus, agora, vermelhos. Ele estreitou as sobrancelhas e antes que falasse algo, Luke interviu em um sussurro:

– Ela está do nosso lado.

Ash assentiu, mas continuou com os olhos em mim e eu soube que ele já estava supondo quem eu realmente era. Assenti de volta confirmando suas dúvidas e sorri torto, dando-me conta de quão intima de Ash eu havia me tornado para entendê-lo sem precisar usar palavras.

Voltei minha atenção para James quando ele encarava a cada um de nós com curiosidade e uma sentença de raiva. Dei um passo à frente, querendo confortá-lo, mas a mão delicada de Merry em meu braço me impediu, fazendo-me recuar novamente.

Ela me olhou brevemente e em seguida fora até James, no chão, abraçando-o e dizendo que Misha e Ariana havia contado o ocorrido.

– Você me perdoa? – James não retribuía o abraço de Merry, pois suas mãos estavam agarradas ao meu corpo, mas era evidente que ele aceitava aquele consolo.

Sua pergunta pareceu doer em todos nós, afinal, todos sabíamos que eu não havia morrido, mas precisavam agir como se isso houvesse acontecido para nossa luta com os Caçadores ter maiores chances de vitória. Se James soubesse agora que aquela "desconhecida" em pé, perto dele, era o receptáculo da alma da pessoa que ele achava que matou a confusão seria não somente com os Caçadores, mas com o próprio James também, tentando me matar.

Balancei minha cabeça e esperei ouvir a resposta de Merry, contudo, a surpresa fora que quem falou a seguir fora Luke, estendendo uma mão para James:

– Nós perdoamos, se você lutar conosco para tomarmos Z-Mil para nós.

Ash sorriu, Ariana também, o olhar de Merry brilhou, como o de Lia, Misha colocou uma mão na boca e eu sorri, possivelmente com os olhos brilhando enquanto minha mão também abafava meu riso.

E quando James aceitou a mão de Luke meu sorriso se estendeu e eu nunca imaginei ver uma cena tão simples e tão importante.

– Eu lutarei.

O olhar de curiosidade e um tanto quanto raiva de James fora substituído por um olhar de fervor. Fora facilmente detectável que ele estava forte o suficiente para lutar. Quebrado ou não, ele iria. Invocada ou não, eu também iria. E assim guardaríamos todos os nossos problemas para nós, para lutarmos por um motivo em comum.

– James, precisamos colocar Claire, quer dizer, o corpo dela, em um local seguro. – algum momento depois, Misha avisou.

Continuávamos dentro daquele lugar escuro decidindo nossos próximos passos e pondo em ordem o que sabíamos.

Loren e Ally estavam "desaparecidos" e de qualquer forma não contaríamos com eles para nada.

Soul poderia, se estivéssemos enfraquecidos, invadir nossas almas.

Nossos poderes em Z-Mil estavam fracos, logo, deveríamos ficar sempre em alerta.

Misha era nossa carta na manga. Ele era imune aos poderes de qualquer um.

Eu também era uma carta na manga, mas todos os meus amigos, tirando, obviamente James, tinha conhecimento que eu estava viva e se invadissem a mente de um de nós eu seria facilmente detectada.

Todos tentaram deixar os seus pensamentos o mais longe de mim possível, afinal, James os lia. Misha também era uma ajuda mais que necessária nesse quesito. Ele havia deixado sua imunidade baixa para nos "blindar" também.

Na pressa de antes não havíamos comentado sobre, mas quando Misha brincou dizendo que sua mente estava confusa nos demos conta que esquecemos o obvio do poder de James. Felizmente James estava tão desnorteado que não parecia querer saber o que qualquer um de nós pensávamos.

Ainda assim, Misha, com seu jeito tranquilo, sorriu ao completar que sentia-se com a imunidade fraca, como se tivesse dividindo-a com outros, deixando-nos saber que ele nos protegia. O alivio era quase palpável, menos para James que estava submerso demais em sua própria mente.

– Onde, além daqui mesmo? – James carregava meu corpo com facilidade, como se eu não pesasse nada.

Seus braços me embalavam de um jeito gentil e eu sentia ciúmes de mim mesma.

Misha fez uma careta e olhou para nós.

– Onde? – questionou ele com o olhar mais fixo em mim.

Dei de ombros.

– Acho que James está certo, só podemos deixá-la aqui. – disse.

– E quem é você? – James me encarou e eu tentei não pensar em nada sério, mesmo sabendo que minha mente estava parcialmente imune a seus poderes.

– Sou a...

– Ruddy. – Lia interveio por mim, já que eu não me recordava do nome daquela pessoa.

– Não me interessa o nome dela, quero saber o que ela está fazendo aqui. – James cortou Lia.

Merry respondeu:

– Ela está do nosso lado. Pode confiar.

James encarou Misha que assentiu, aparentemente sem graça.

Nossa discussão não se estendeu por muito tempo quando ouvimos barulhos de passos próximos.

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