Capítulo 7 - O estranho

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- Sim, mas...

Ele não me deixa terminar e segue andando. Sem escolha sigo ele. Andamos floresta a dentro, e tudo nela é lindo. O verde me faz ficar calma, e a quantidade de oxigênio é muito boa pra mim.

- Qual seu nome? - ele me pergunta.

- Jandi, e o seu?

Ele se vira estende a mão e fala:

- Me chamo Hayden - Faço uma cara estranha, ele percebe, ri e fala um pouco envergonhado - É um sobrenome de família, da minha avó eu acho.

Aperto sua mão.

- Não é isso, Hayden também era o sobrenome da minha avó, de solteira.

Ele parece surpreso.

- Que legal Didi! Parece que temos mais em comum que eu pensava.

Ele me chamou de Didi?

Ele nem me da tempo de pensar e fala:

- Então, o que faz na cidade?

- Eu tenho asma, e eu meio que tive uma crise, então meu médico me mandou ficar no campo. E você?

- To passando o verão aqui - ele chega mais perto e fala - me fale sobre você!

- Eu não gosto de falar sobre mim, principalmente para alguém que eu acabei de conhecer.

- E o que eu posso fazer? Eu sou só um pré-adolescente querendo saber sobre você, eu não sou nenhum maníaco do machado. Pelo menos eu acho.

Sei que é estranho, mas por alguma razão eu confio nele.

- Meu nome é Jandi, eu faço 13 anos em algumas semanas, eu tenho asma, eu pareço que tenho amnesia, não tão forte mas, eu não me lembro de muita coisa dos últimos anos que vivi, só me lembro de algumas partes. E além de não me lembrar eu perdi pessoas muito importantes pra mim, e, sei la, eu fiquei depressiva e triste, até chegar ao ponto de eu precisar de remédios. A verdade é que eu sou um grande problema e eu não quero machucar ninguém.

- Porque Didi? Quem você perdeu?

Nesse momento, uma onda de tristeza me toma e me sinto frágil e desprotegida.

- Eu, não quero falar sobre isso.

- Tem certeza? - ele pergunta.

Concordo positivamente com a cabeça.







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