Capítulo 11

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Eu não queria ir para casa.

Não queria que aquele dia acabasse, simplesmente. Eu estava tão feliz e rodeada de pessoas incríveis e eu não podia saber o que me aguardava depois daquilo.

Me despedi de todos e então senti um vazio no coração porque era triste quando um momento acabava. Mas quando abracei Josh para lhe agradecer por ter comparecido ele pareceu ler a minha mente.

Segurou meu rosto com uma das mãos e sorriu de canto.

- Eu não quero que esse dia acabe - ele segurou minhas mãos e ficou brincando com os meus dedos. Seu olhar desviou para o meu novamente e ele sorriu abertamente - Posso te levar a um lugar?

Eu pensei em recusar porque meu pai não me deixaria sair, mas o meu instinto foi assentir com veemência e deixar Josh me puxar pela mão até o seu carro.

Mesmo não sendo tão tarde o estacionamento estava quase vazio e a vista dos poucos carros sendo perfeitamente contornados pela luz do pôr-do-sol era magnífico.

Entrei no carro e coloquei o cinto.

- Eu sei que parece muito bizarro, mas você se incomoda em desligar o seu celular? - arregalei os olhos - Eu juro que não estou te sequestrando, é que onde a gente vai não é permitido celular.

Desliguei meu aparelho, apesar de desconfiar muito daquilo.

Josh dirigiu por alguns minutos, até chegarmos em uma rua deserta e ele estacionar o carro numa vaga de um casebre que se parecia com um galpão abandonado.

Meu coração batia forte e eu apenas sentia medo.

Por que fui deixá-lo me colocar nessa situação?

Descemos do carro e Josh pegou a minha mão, entrelaçou nossos dedos e começou a andar na direção do grande portão da casa.

Ele tocou o interfone e a porta fez um barulho de destravar e então abriu.

Nos enfiltramos no local e ele me lançou um olhar sereno e sorriu.

- Josh, se essa for uma brincadeira sua, eu vou ficar tão puta contigo...

- Não é uma brincadeira - ele apertou seus dedos entre os meus - Você vai gostar.

Atravessamos um corredor imenso e então um outro portão apareceu em nosso caminho; Josh disse o seu nome e informou que eu era a sua acompanhante.

E então o portão se abriu e havia uma grande sala com várias cadeiras espalhadas em uma roda, porém, as cadeiras estavam virada para o lado de fora do círculo.

Todos os acentos estavam ocupados e um homem estava no meio do círculo, andando calmamente em direções aleatórias enquando falava alto, aparentemente, palestrando.

Lancei um olhar de soslaio para Josh e notei que ele tinha um sorriso imenso enquanto assistia o homem falar.

Demos um passo a fente e ele veio em nossa direção com os braços abertos para dar um grande abraço em Joshua. Os dois parecia se conhecer há muito tempo.

- Cara, você parece tão bem - o homem constatou e abraçou Josh de novo - Foi você quem fez isso com ele? Foi ela, Josh?

Eu corei.

- Essa é a Maya, Chris - ele me apresentou - É minha... amiga.

Meu sorriso ficou ainda mais sem graça. Estendi a mão, mas o homem me puxou para um abraço.

- É um prazer.

- Seja muito bem-vinda, senhorita Maya. Espero que sinta-se em casa aqui - ele parecia muito amigável - Josh, por que não mostra o lugar para ela? Tem muita coisa para ver aqui, não é?

Dona da Bola [Revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora