Abri os olhos assustada quando ouvi o despertador apitar e quase caí da cama. Era estranho não ser acordada por Carmen, mas eu sobreviveria.
Me levantei da cama, esmurrando o aparelho que cessou seus barulho infernal e me arrumei para a escola antes de descer as escadas para tomar café.
Max estava sentado à mesa, sozinho e abriu um sorriso quando me viu.
- Bom dia, Au-au - desejei, bagunçando seus cabelo enquanto puxava uma cadeira ao seu lado.
- Bom dia - ele respondeu depois de terminar de mastigar.
- Onde estão os adultos dessa casa? - perguntei pegando uma torrada e passando geleia na mesma.
- Eu também não sei, quando acordei eles não estavam - deu de ombros.
- Devem ter ido ver alguma coisa do casório - sugeri, lembrando-me de ouvir Carmen comentar sobre.
- Ou já garantir o filho - o encarei segurando o riso, mas não por muito tempo.
Max me deu uma carona até a escola, como no dia anterior. Infiltrei-me no ateneu e me desloquei até a sala, onde Laís já me esperava.
- E aí? Vocês se beijaram? - ela perguntou antes mesmo de me desejar um bom dia ou me esperar tomar o meu lugar na carteira.
- Do que você tá falando? - eu franzi o cenho, tirando a mochila de meus ombros e a largando ao pé da mesa.
- Ué, o Josh não foi te encontrar ontem à noite? Então... se beijaram?
- Não... - eu a encarei por alguns segundos, enquanto ponderava - Espera um pouco, Hathaway... Eu não te disse que o encontrei ontem. Você que o chamou ele? - arregalei os olhos, admirada com o quão baixo a minha melhor amiga jogava - Armou pra mim! - eu fiz uma cara irritada - Por que... você... fez isso, sua idiota?!
- Ele é um gato! E se você tá achando que eu não percebi a química entre vocês dois, está me subestimando...
- Não tem graça!
- Eu sei que não... Não é para ter graça, eu trabalho com fatos. Você o achou lindo, gostou dele e sabe disso - ela argumento, sem me dar a chance de me defender - E outra, ele estava dando encima de você descaradamente! Você que é mongona demais pra perceber. Então me diga: o que impede?
- Minha falta de interesse.
- Me desculpe, eu só queria te ajudar a dar o primeiro passo no lance de vocês.
- Acontece que não tem lance nenhum, catece! - eu exclamei e todos da sala me encararam, inclusive a professora que havia chego e eu nem percebi.
- O que esta acontecendo? - a professora perguntou, exasperada.
- Não está acontecendo nada! - eu retruquei sem medir a falta de descrição em minha voz.
- Abaixe o tom, senhorita! - ela deu um passo a frente - Por que estava usando aquele tom com sua colega de classe, eu posso saber?
- Acho que não te diz respeito, Senhora - eu respondi, desta vez sabendo que estava no meu direto, embora não precisasse ter usado aquelas palavras, exatamente.
- Então também não me diz respeito o que o diretor vai fazer, eu só sei que te quero na diretoria.
- Por eu não querer falar sobre que assunto eu e minha amiga comentávamos?! - perguntei incrédula.
- Não, porque estou mandando!
- Mandando...? Você não manda em mim! Não é minha mãe... e se a conhecer, por favor, me apresente - meu sangue ferveu.
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Dona da Bola [Revisado]
RomanceMaya está de volta à sua cidade natal. O calor ainda é o mesmo e sua amiga de infância continua doida como sempre, mas muita novidade cerca a menina de uma vez. A começar por uma nova pessoa que invade a sua vida com um show de inconveniência, mas...