Capítulo 20

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Chyarah


Quando penso em me afastar do seu toque, ele me beija. Tento não corresponder, mas ele passeia a língua em volta dos meus lábios.

Acabo cedendo, ele pega a caixa da minha mão e joga de lado, automaticamente passo a mão pelo cabelo dele o puxando pra se deitar comigo.

Gemo em sua boca, quando sinto sua ereção entre minhas pernas.

Ele se esfrega em mim, arqueio em sua direção. Querendo mais... e mais.

- não, não assim. – ele se afasta de mim, protesto. – não Rah, por mais que meu corpo queira, não vou fazer burrice de novo. Tem que pensar com a cabeça de cima, não a de baixo.

- deixo você pensar com a de baixo hoje. – tento o puxar, mas ele se levanta da cama rindo.

- assim você não me ajuda, marrentinha.

- por que me beijou então ? – faço bico, cruzando os braços. Criancice da minha parte, eu sei.

Mas me provocar e quando o clima tá indo, parar é maldade... agora sei perfeitamente como ele ficou quando eu "surtei".

- jantar primeiro, depois o que quiser. – propõem.

- sexo primeiro, depois o jantar. – tento fazer a cara de cachorro abandonado.

- ninfomaníaca. – brinca.

- não viu nada. – ele senta na poltrona perto da cama rindo.

- você não ta me ajudando mesmo. – tenta endireitar a calça, mas não adianta a ereção é nítida.

- por que você veio pra Paris ? – o pego de surpresa, não esperava essa pergunta pela sua cara.

- porque você esta aqui.

Sabe do brilho no olhar dele que falei ?

Cá esta... esse olhar que me faz sentir coisinhas entre as pernas, esse olhar que me derrete.

Confesso que a declaração também me derreteu, até demais. Também como não ? Parece que to sonhando.

Carol vai surtar quando contar a ela...

- o que foi ? – pergunta.

- sabia que da pra saber quando você ensaia algo pra me dizer e quando não ? – engatinho pela cama, até a ponto pra ficar frente a frente com ele. – quando você me diz o que vem na mente de imediato, seus olhos ficam com um brilho diferente.

- então é por isso que você nunca desvia o olhar do meu quando estamos conversando ? – ele se estica um pouco na minha direção. – ninguém gosta de conversar me olhando nos olhos. Nem minha irmã gosta, fala que dá medo.

- não da, não.

Tem aquelas que gostam de homens de olhos claros, eu amo escuro. O dele é de tirar o folego, preto, negros como uma dia chuvoso.

Nenhum dos dois fala ou se move, só ficamos ali nos olhando.

- foda-se o jantar. – diz antes de empurra pra cama.


***


Sua boca cobre a minha, ele me beija como se estivesse matando sua fome de dias, meses, anos, séculos,... suas mãos estão em cada parte do meu corpo.

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