Capítulo 45

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Pietro


Quando a Isa me ligou falando que a bolsa da Rah tinha estourado, larguei tudo em casa e vim correndo para o hospital.

A caminho, liguei pro Ross e assim ele ligar pro Luan.

- tiraaaa; - ela grita de desespero.

- isso é normal ? – pergunto preocupado ao medico.

- ela precisa se acalmar.

- e você precisa tira meus netos de dentro dela, AGORA. – Ross invade a sala com o Luan.

- Chyarah, preciso que se acalme, não vou deixar que nada aconteça com ele. – Luan a tranquiliza.

- Pietro. – ela choraminga.

- estou aqui amor. – fico ao seu lado, apertando suas mãos. – respira, vamos.

- dói. – ela aperta minha mão forte, e eu achando que ela era fraca. – tira, por favor.

A vê assim me deixa deslocado, quero ajudar, por mim sentiria essa dor toda por ela.

- Luan. – Ross diz entre dentes.

Em meio a gritos da Rah e pedidos do Luan para ela respirar e empurrar... a sala é preenchida com o choro de um bebê.

Não contenho as lagrimas de felicidade, meu filho.

- menino. – Luan informa passando o para uma enfermeira.

- agora o outro. Empurra. – Luan manda.

- não aguento mais, Luan. – ela esta suada, pálida. – não consigo.

- ei, ei... você consegue sim. Vamos lá amor. inspira e empurra. – a encorajo. Ela não desvia os olhos dos meus.

- mais... vai

- isso, continua. – digo.





Chyarah


- aiiiii... – empurro com toda força que me resta. Não aguento mais, meu corpo todo dói.

- uma menina. – Luan anuncia segurando minha filha que se estica toda chorando.

- você conseguiu amor. – Pietro me beija. – conseguiu.

Quero o abraçar, beijar, diz que o amo, amo nossos filhos, porem nada sai da minha boca e nem meu corpo obedece meus comandos.

- Chyarah ? – Ross se aproxima de mim. – filha ?

- ela esta pálida. – Pietro aperta minha mão. – Rah, não... fica comigo.

Quero manter meus olhos abertos, mas minhas pálpebras estão pesando. O sono esta demais.

Me deixo ser vencida, fechando meus olhos e caindo num mundo totalmente escuro.

Te amo Pietro





Ross Lorenzo


- quero minha filha, agora. – tento pegar o Luan pelo colarinho, mas Alex e Jorge me seguram.

- ela voltará, tenha calma. Só esta dormindo. – Luan informa.

- foda-se, a acorde

- ela precisa descansar, foi um parto cansativo e demorado.

- ela ficará bem ? – Isa pergunta abraçada a Cat.

- creio que sim.

- ai dela não ficar, Luan. – o ameaço.

Já foi assustador a vê dando a luz aos meus netos... quando o primeiro saiu, ela não aguentava mais.

- precisamos nos acalmar. – Alex diz. – se ele diz que ela só esta dormindo, então vamos crê. Ela ficara bem.

Aceno, quero muito acreditar no que o Alex esta dizendo, sei que quer nos tranquilizar e apoiar. Mas é algo tão delicado que é difícil acreditar em suas palavras.

- parabéns Pietro. – Isa abraça meu genro. – posso ir vê-los ?

- sim, claro. Vamos até o berçário.

Ela, Alex, Jorge, Alice e Cat o acompanha para fora da sala de visita. Luan e eu ficamos, pelo olhar dele, sei que tem algo de errado

- desembucha antes que encho sua cara de balas. – digo quando todos saem.

- ela perdeu muito sangue. – anda de um lado ao outro.

- ela ficará bem ? – paro em sua frente. – fala que sim.

- oremos que sim. - diz sinceramente


***


2 dias depois

Não arredei o pé desse hospital para nada. Sai do lado da minha filha apenas para ir no banheiro. Todos tentaram me fazer ir descansar, mas eu nem respondia.

Não aceito perder minha fila, isso não é normal. Apagar por 2 dias depois de dá a luz.

- garanhão ? – Cat se senta no meu colo. – você precisa comer.

- perda de tempo, estou sem fome.

- ela não vai gos... – a interrompo.

- não vem com essa porra que ela não gostaria de me vê dois dias sem comer direito. Isso não funciona e não é verdade. – digo entre dentes, estou fazendo o máximo para não gritar de tão puto que estou.

- é a ver... verdade sim. – Rah sussurra de olhos ainda fechados. – vá comer velho, como quer curtir seus netos estando fraco ?

- filha. – corro para seu lado. – não faz mais isso, tu me assustou um cão fora de mim.

- desculpa. – aos poucos ela abre os olhos. – tu ta horrível.

- isso porque não viu seu noivo. – rimos.

- mãe. – Cat a abraça chorando. – estou bem velha.

- velha é trapo. – Cat responde rindo.

- meus filhos. – ela olha em volta. – cadê ?

- no berçário. Vou chamar o Luan e os enfermeiros para te vê. – Cat sai apresada.

- bonito em seu Ross, não comendo.

- culpa sua que dormiu por 2 dias, mas te perdoou. Sei que meus netos não vão te dá sossego tão cedo mesmo.

- dois dias ? – arregala os olhos.

- você perdeu muito sangue e fez muito esforço, Luan falou que você acordaria ontem. Porem ne ?! a senhorita preferiu descansar mais.

- desculpa

- não se desculpe meu amor. – a beijo na testa. – te amo.

- também te amo.

- Chyarah. – Pietro entra no quarto. – amor

- ei, chefinho. – me distancio deles.

Ele a abraça, beija, a aperta... ela só sabe ri de seu desespero. Sorrio, fico feliz em vê que há um homem que a ame do jeito que ela merece.

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