Capítulo 12

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Chyarah


Depois do encontro com o Fábio, vim pra casa.

Entreguei o DVD com a filmação do dia que ele abusou de mim e o mandei me deixa em paz, depois de ter o ouvido comentar o que sentiu naquele momento... ele até tentou algo de novo, mas eu gritei e os rapazes invadiram a casa a tempo de nada acontecer.

Chegando aqui, encontrei a Carol amarrada e mordaçada no chão. Quando ia gritar algo me atingiu na nuca.

Acordei agora com o cheiro de álcool... Fabiano, meu ex chefe, me encarra com seu sorriso demoníaco. Fecho meus olhos fortes.

isso só pode ser um pesadelo.

- abre os olhos. - puxa meus cabelos.

- por favor. – suplico, abro devagar... minha visão esta embasada pelas lágrimas.

- vagabunda. – me acerta com um tapa na cara, Carol grita em meio a choro.

- cara, acaba logo com isso. Quero pra casa. – um fala de seus comparsas fala.

- relaxa, quero vê se essa desgraçada é apertadinha como meu filho falou. – alisa meu rosto. Só em pensar no que ele quis dizer, respiro fundo pra controlar a ânsia de vomito.

- por que ? não fiz nada. Me deixa em paz. Já entreguei o DVD – choramingo.

- não fez nada ? você colocou aquele desgraçado atrás de mim. Estou sendo caçado por sua culpa – posso sentir sua raiva no falar, me dá arrepio.

- não sei do que esta falando. Te juro, não fiz nada. – ele senta na minha frente, e me olha. Me olha... me olha.

- você não fez isso. – ele me encarra esperando uma reação. Não desvio meu olhar do seu.

- não .

- como assim ela não sabe ? claro que sabe. – meu sangue gela. De quem estão falando ?

- não sei, porém vamos descobri. – ele desviar o olhar do meu, e foca na minha amiga. Que esta de cabeça baixo, chorando.

- não, não... a deixa em paz. Me bate, mas deixa ela. – tento ir pra frente dela, mas um do outro homem, me puxa pelo cabelo pra que volte onde eu estava.

- qual seu sobrenome Carolzinha ? – pergunta com a voz mansa, calma.

Minha amiga, não se mexe... ele tira a mordaça dela.

- FALA – grita.

- Maia. – responde num sussurro.

- é parente dele... é ela. – o terceiro deles, que estava sentado no sofá a nossa frente diz se levantando.

Tento acompanhar o que está acontecendo aqui... minha amiga, um desgraçado atrás do pai dele, parente dela.

A realidade me atinge.

Minha amiga pediu ajuda ao Pollo, seu primo, que é investigador.

- a deixa em paz, por favor. Fui eu, eu o contratei. – mesmo que puxou meu cabelo. Me da um soco no olho.

- NÃOOOOO. – ela grita... com o soco, caio pra trás. Minha cabeça dói, tento não cair na escuridão que fica cada vez mais forte.

Te amo chefinho - penso.





Pietro


- NÃOOOO – chuto a porta assim que ouço o grito da Carol.

- quem ousa em nos atrapalhar ?

Vejo minha garota deitada no chão, desacordada.

- o que fizeram com ela ? – aponto a arma ao que esta a seu lado rindo.

- hum, esse deve ser o super homem. – ele retira uma faca do cinto e passa no pescoço dela de leve.

Sinto o impulso de avançar e o socar a cara dele ate cansar.

- as deixe fora disso.- peço.

Cadê Caio e Beto nessas horas ?

- sabe que não é assim, por culpa dela, estamos sendo caçados, perdendo clientes por medo de ser pegos pela justiça. Acho que ela merece um trato apesar de não saber disso muito o porque. – o homem que esta em frente a Carol me encara.

- Pietro Martins ? – pergunta

- sim, Fabiano Richardison ?

- em pessoa. – se levanta alisando seu terno.

- sua amada fez a maior burrice do mundo e agora tem que pagar. – os dois comparsas que esta com ele, ri de seu comentário.

- ela não fez nada. – aponto a arma pra ele.

- melhor abaixar essa arma. – manda.

Não sabendo o que vai fazer caso não abaixe, obedeço. Jogo no chão e chuto pra uns metros ao meu lado.

- bom garoto... serei rápido, minha doce ex secretaria pegou a filmagem onde meu filho a estrupa e nos ameaçou. Sim, vi agora que a aquela ameaça foi da boca pra fora, ela não fez o que falou. Mas o investigadorzinho de merda fez, e prejudicou meu trabalho. Como não acho ele, tenho que descontar a raiva em alguém não é mesmo ? – se aproxima da Chyarah.

- da até pena em mata-lá. – Carol soluça alto.

- não faça isso. – do um passo, mas um dos seus amiguinhos me para, entrando na minha frente.

- nem mais um passo. – fala.

- o papo esta bom, mas estou meio com presa. Luke, pega a garota. Vamos embora.

- NÃO. – grito empurrando o que estava a minha frente.

- cala-se. – outro fala atrás de mim, quando me viro para o olhar, me da um soco certeiro.

Me desequilíbrio e acabo caindo no chão, os vejo levando minha garota jogada no ombro.

- Chyarah... – tento não ser levado pela inconsciência, mas a luta é em vão.

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