Capítulo 24

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Pietro


- o que descobriu ? – pergunto ao Caio assim que ele entra na minha sala.

Ontem quando deixei a Chyarah na portaria do prédio dela, ele me mandou uma mensagem falando que tinha novidades e nadas da boas.

- cadê a Rah ? – pergunta se acomodando na cadeira a minha frente.

- esta numa reunião com a Vitória... teremos o evento de lançamento da Danize daqui a duas semanas, ela esta de frente.

Ele assenti, por sua cara não vou gostar nada nada de suas novidades.

- andaram tentando saber dela... uns amigos me ligaram falando que um cara esta atrás dela.

- quem ?

- huum... Ross Lorenzo. – congelo.

- que Ross Lorenzo ? – pergunto.

- esse mesmo que você pensou... Chyarah é filha dele.

- pera, tu ta me dizendo que minha garota é filha de um traficante ? – me levanto da cadeira.

- não é um traficante, sim O traficante. Um dos maiores que conheço.

Nego com a cabeça, andando de um lado pro outro... isso não esta certo.

Não sei o que é pior, ela não ter me contado ou o medo de saber o porque dele esta atrás dela.

- por que ele esta atrás dela ? – paro ao lado do Caio.

- acho melhor ela te contar isso... me chama depois quando tiver falado com ela. – ele me da um tapa no ombro, fraco. E sai... continuo ali, em pé sem reação.

Chyarah é filha do Ross... como não percebi isso nos documentos dela ? como deixei passar ?


***


- amor, você já viu a reportagem sobre o Alexandro Duran ? dele e sua dama de vermelho ? me lembra tanto um casal de livro... – ela entra na sala, lendo algo no celular.

- Lorenzo. – se cala e sua postura fica reta, esta tensa.

- meu sobrenome. – responde, mantenho o olhar no celular.

- amor, facilita minha vida e me fala o por que de seu pai esta atrás de você. – peço.

- como descobriu ? – levanto e a levo pro sofá.

- Caio... seu pai tentou entrar em contato com alguns homens dele. – ela acena.

- ele esta no Brasil ? – seu desespero é nítido em sua voz.

- vou chamar o Caio e você faz essas perguntas a ele... mas antes me conta tudo. – ela respira fundo e me conta tudo que se lembra e o que a mãe a contou nos anos seguintes.

Não sei se fico preocupado com essa procura de seu pai ou com o fato de que é de costume dela fugir quando ele chega perto demais de a achar.

Caio conversou com ela e a contou que seu pai não tem muita coisa, se não já teria aparecido aqui no prédio ou na casa dela. Mas ela não se conformou.

Dei folga a ela, pra resolver as coisas de casa, mas ela negou... então decidi a trazer pra minha.

- não precisa tirar o dia fora. Acabamos de voltar de viagem. – ela se senta no sofá da sala, colocando os pés na mesinha de centro.

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