Amigo Virtual

Capítulo 15

Chyarah

- acorda bela adormecida. Precisa comer algo. – algo gelado encosta no meu pé.

Grito ... Pietro cai na gargalhada.

- filho da mãe. – me estico, mas me arrependo. Meu corpo todo dói, parece que me esticando piora. Choramingo de dor.

- remédio, toma. – pego as pílulas e o copo de água com ele. Odeio tomar remédio, mas nesse caso. Tomo com prazer, faço de tudo pra essa dor passar logo.

- boa garota, agora come tudo da bandeja. Volto em 15 minutos. – me deixa sozinha no quarto com uma bandeja cheia de coisas.

(pão de queijo, mamão, uva, café, suco de acerola, torada com nutella)

Café da manhã de rico... em casa tomaria uma xícara de café e só.

***

- magra de ruim em. – me assusto com ele atrás de mim, encostado na bancada da cozinha.

Não queria abusar e esperar ele voltar pra pegar a bandeja... por mais que meu corpo peça cama, levantei pra me esticar mais e lavar o que sujei.

- bom dia. – lhe do as costas, voltando a lavar os pratos e copos.

- deixa isso aí, depois lavo. – ele tenta tirar da minha mão, empurro.

- me deixa. Posso ficar aqui como falou, porém não me trate como se fosse uma princesinha com tudo na mão. Mimar uma vez aqui e ali sim, não sempre, por favor.

- não esta mais aqui quem falou, fique a vontade. – sai da cozinha levantando as mãos pra cima.

- obrigada. – grito

- obrigada pelo que ? – quase deixo o prato cair na pia de susto com a voz da Vitória atrás de mim.

- parem de fazer isso, desse jeito morro antes dos 30 anos. – lavo o que falta correndo.

- melhor ? – me abraça por trás.

- vou sobreviver. – viro de frente a ela, a abraçando forte. Me contraio um pouco do seu toque, por mais que seja a forma de carinho da parte dela, meu corpo acha que é perigoso. Não quero me deixa levar por essa paranoica, então me obrigo a abraçar e ser abraçada.

Vitória tem sido uma segunda irmã na minha vida, depois do caso das mulheres no banheiro falando mal de mim, ela passou a me mandar mensagem quase que sempre. Contei e conto tudo que acontece comigo, assim ela também.

O que mais acho legal, é que ela não fica falando do irmão pra vê qual a minha, quando eu peço a opinião dela, ela fala. Quando não, ela comenta por cima, mas nada muito serio.

Se ele fosse depender dela, pra se defender, com certeza pegaria prisão perpétua. Ela o zoa tanto, conta os podres dele.

Impossível a ter por perto e não ri.

- cade a Carol ? – nos sentamos nos banquinhos da bancada que divide a cozinha da sala onde fica a mesa de jantar.

- esta na casa do Caio. Daqui a pouco esta por aí.

- não é cedo não ?

- trabalham juntos a anos, só agora se aproximaram. Um mês já... ta bom. – ela me encarra rindo.