cap 19

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- eu não estava mais aguentando te ver naquele estado... - ele me solta do abraço.

- minha mãe me contou dos acontecidos nestes últimos dias.

- sim - ele suspira - não têm sido dias muito calmos.

- eu imagino. Meu pai não deve ter sido muito... - penso na palavra certa para usar - ....gentil...

- eu tomo cuidado para não cruzar com ele em algum corredor - ele ri - não quero ter meus olhos arrancados do meu rosto.

- o que seu pai disse sobre você estar aqui? - pergunto receosa.

- ele acha que estou na minha casa. Seu pai não queria arriscar que essa notícia saísse dos muros da alcatéia. Pelo menos não com você no estado que estava - ele explica.

Escutamos algumas batidas na porta, e então ela logo é aberta.

- que bom que já se encontraram, crianças... - minha mãe dá um sorriso meigo - ...está na hora de conversarmos...

- meu pai também estará lá? - ouso perguntar. 

- sim, ou você acha mesmo que ele perderia isso? - ela cruza os braços e fala com humor.

- estaremos lá, luna - Leon fala respeitosamente.

- não demorem - ela pede.

Assinto positivamente e a vejo se afastar. Assim que ela fecha a porta, Leon solta o ar que estava prendendo.

Ele não estava respirando?

- eu ainda fico muito nervoso - ele explica.

- minha mãe, de certa forma, acalma meu pai rm situações difíceis.

- sua mãe têm sido bondosa comigo - Leon comenta enquanto andamos pelo corredor.

- as vezes eu acho que ela é a única pessoa que consegue controlar o temperamento do meu pai - rio.

- então preciso agradecer a ela por eu ainda estar vivo - ele ri.

(...)

Assim que chegamos na sala de estar, minha mãe murmurava alguma coisa com meu pai, que murmurava de volta com um semblante incomodado. Assim que ela nos vê, ela dá um tapinha na coxa dele, e ambos se recompõe. 

- estamos aqui - digo me sentando no sofá a frente deles.

- eu vou ser bem franco... - meu pai fala como se estivesse prendendo isso a muito tempo - ...eu não gosto de você, garoto!... - ele se volta para Leon, que arregala os olhos - contudo, não posso te matar, já que é o companheiro da minha filha e filho do babaca do seu pai, que por um infeliz destino, também é um alpha!

- Tristan! - minha mãe o repreende - você prometeu ser delicado!.

- acredite, eu estou sendo! - ele se arruma desconfortável no sofá - isso significa que eu só não coloco sua cabeça de enfeite no meu escritório pela quantidade de burocracia que existe entre uma alcatéia e outra quando ambas declaram guerra - ele completa.

- Tristan, cale essa boca! - minha mãe fala brava o olhando - você vai assustar o garoto!

- isso significa que ele vai embora?! - meu pai a olha irônico.

- pai! - o repreendo.

- alpha, seus sentimentos quanto a mim são completamente compreensíveis - Leon fala olhando para o chão - ... minha alcatéia já deu muitos motivos para testar a sua paciência e fazer com que eu não seja digno da sua confiança. Mas não posso mudar o fato de ser companheiro da sua filha... - ele fala a última parte com um certo nervosismo - ... não faria nada que a desrespeitasse... - ele completa.

- está ciente de que nossas alcatéias podem estar a beira de um conflito, querido? - minha mãe olha para Leon, preocupada.

- eu jamais envolveria Emily no meio das confusões que meu pai arranja, luna - ele fala com convicção - ... creio que uma guerra só ainda não foi declarada por falta de provas concretas...

- vamos esclarecer uma coisa, Leon - meu pai se inclina para frente - isso não significa uma aliança das nossas alcatéias, você me entendeu?! - ele fala ríspido. 

- perfeitamente, alpha! - Leon responde.

- então eu acho que vocês têm a nossa permissão...- minha mãe suspira aliviada - não é, Tris?! - ela olha feio para meu pai.

- e eu tenho escolha? - ele revira os olhos.

- na verdade, não - ela sorri, mas estava visívelmente e profundamente irritada.

- graças a Deusa - murmuro.

- agora podem ir. Eu e seu pai vamos correr um pouco - minha mãe praticamente reboca meu pai pela mão, que resmungava algo insatisfeito.

Assim que eles saem da sala, Leon suspira aliviado e se arruma mais confortávelmente no sofá. 

- eu achei que ele ia pular em cima de mim - Leon fala passando a mão pela testa, que estava suada de nervoso.

- acredite, ele ia! - dou risada.

(...)

Eu e Leon decidimos dar uma volta pela alcatéia para desestressar um pouco e mostrar a ele meu lar, mas quando menos espero, logo vejo Julia e Angiel correrem em nossa direção. Mas o mais estranho, é que a medida em que elas iam se aproximando, elas não diminuiam a velocidade.

Sim, elas pularam em cima de mim com tudo.

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora