Te Amo Meu Alpha-2° volume.

cap 13

Ele estava assustado, eu podia sentir isso, assim como podia sentir um estranho pressentimento de que ele não queria me machucar.
P
Vejo seus olhos dourados mudarem para um tom de verde claro, olhos humanos. Eu conhecia bem o dono daquele olhar, disso não tinha dúvidas, o que me preocupa é como ele conseguiu pular tão alto até aqui e sem ser percebido.

- Leon.... Sei que é você... - falo baixo e toco uma de suas patas.

Ele rosna e então sai de cima de mim. Quando Leon sai de sua forma lupina, seu semblante assustado  domina por completo sua face. Havia uma pequena gota de sangue que escorria pela sua bochecha, vinda de um corte na parte superior de suas sobrancelha.
No canto de sua bochecha havia um roxo, como se tivesse levado uma sequência de socos, e em seus braços haviam arranhões.

- pelos céus! - arregalo os olhos - o que houve com você?!.

- meu pai... - ele ofega - ... ele sabe que saí  com você, sabe que somos próximos... - o terror volta a tomar conta de seu semblante.

- mas que droga...

- Emy - ele segura minhas duas mãos - ... nossas alcatéias estão no rumo de uma guerra por poder, eu soube de um incidente na floresta... - nessa hora, me lembro do que escutei clandestinamente meu pai falando com meu tio.

- eu sei... - suspiro - eu fiquei sabendo.

- meu pai é louco! - ele engole seco - ele praticamente me espancou quando soube que eu estava com você - ele fala com raiva.

- eu sinto muito por isso... - falo com o coração apertado.

Ele estava um caco, não havia comparação mais válida. O surpreendo com um abraço na esperança de que isso possa o confortar de alguma forma.
E de fato, ele foi surpreendido. Não parecia estar acostumado com isso. Ele demora um pouco a retribuir o abraço, o que me faz o apertar ainda mais, e aos poucos o sinto relaxar.

- obrigado... - ele praticamente sussurra e acaricia meus cabelos.

- saiba que pode contar comigo, tudo bem?.

- e você também - ele levanta meu queixo, e me olha - ... bom... eu acho melhor eu ir embora, não quero que tenha problemas.

- tudo bem... - suspiro.

Ele caminha até minha sacada e olha para trás.

- até mais, Emy - ele sorri de volta e pula a sacada.

Antes mesmo de cair no chão ele se transforma, e sai correndo rapidamente para dentro da floresta.
Volto para meu quarto e me deito na cama pensativa, até ser vencida pelo sono.

(...)

Acordo com o som do meu despertador ecoando pela minha alma. Eu ainda vou jogar esse negócio pela janela.
O dia de hoje contava com neve e muito frio, típico dessa época do ano. Me levanto relutante e faço minha rotina matinal ainda movida pela vontade de me jogar na cama.
Após me vestir com algo confortável, desço as escadas despreocupada para tomar café da manhã.

- bom dia, família! - me sento no meu lugar de sempre.

- bom dia, Emy - minha mãe sorri.

- dormiu bem? - meu pai coloca um prato de torradas na minha frente.

- como um anjo - minto ao lembrar dos ocorridos do dia anterior.

- sabe, estava pensando em passarmos uma manhã em família - mamãe fala animada.

- podemos ver algum filme e comer pipocas - papai diz.