cap 16

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Assim que Gabi entra no banheiro, com um semblante irritado e raivoso, ela me procura com o olhar. Seco as lágrimas teimosas que ainda insistiam em cair, e respiro fundo.

- Emy... - ela fala triste, e me acolhe com um abraço apertado.

Ficamos mais alguns minutos lá até que eu conseguisse me acalmar.

- eu trouxe um pouco de maquiagem - ela sorri fraco - vai ajudar a disfarçar sua cara de choro.

- obrigada, Gabi - agradeço.

- o que seus pais vão achar de tudo isso? - ela pergunta de braços cruzados.

- meu pai nunca gostou dele - falo com um humor falso.

- nem imagino o porquê - ela ironiza.

- ele está fora do país... - suspiro aliviada - Leon é um babaca, mas não me perdoaria se meu pai arrancasse a cabeça dele - dou uma risada curta.

- o que a sua mãe pode falar quando vir seu rosto assim? - ela pergunta preocupada.

- ela não vai me ver assim - me viro para ela - vou dizer que vou andando para casa, vai me dar tempo o suficiente para meu rosto voltar ao normal - falo me olhando no espelho.

A visão não era a das melhores, meu rosto estava inchado e vermelho, típico de quando choro.

- mas está chovendo horrores!.

- mas até a hora de ir embora, já deve ter amenizado - argumento.

- Emy, isso é uma péssima ideia - ela fala aflita.

- meus pais são os supremos, Gabi - bufo - péssima ideia é eles saberem que meu companheiro estava me enrolando esse tempo todo.

- seus pais são os supremos?! - ela fala surpresa.

Ops...

(...)

Depois de responder as milhares de perguntas de Gabi, assistimos as últimas aulas e esperamos o fim desse martírio.

Odeio me sentir tão... Sensível.

Quando o sinal ecoa pelos corredores, um alivio imenso ocupa o meu peito. Sempre que eu conseguia parar de chorar, alguma lembrança boa de Leon ou imagens do que tivera acabado de acontecer invadia minha mente novamente, me derrubando de novo.

- Emy... Sei que é difícil... - Gabi se senta na minha frente e procura algo em sua bolsinha de maquiagens - ... Mas precisa para de chorar... - ela fala colocando algo em meu rosto.

- eu juro que estou me esforçando - respiro fundo.

- amiga... Eu posso quebrar as duas pernas dele, se isso for te fazer feliz - ela fala séria, mas logo abre um sorriso.

- seria gratificante - dou risada.

- prontinho! - ela fala me dando um espelho pequeno - ... maquiagens e suas vantagens, não é?.

- realmente... - falo me olhando no espelho.

A vermelhidão tinha diminuído significamente com algumas batidinhas da base de Gabi, que por sinal, já era a segunda vez que eu a utilizava, considerando que ela já tinha a usado em mim para sair do banheiro sem chamar muita atenção para meu rosto vermelho e inchado.

- vou buscar minhas coisas e voltar para casa - falo me levantando.

- e eu vou atrás do professor de álgebra, que fez o favor de sumir com minha prova - ela revira os olhos.

- hoje não é o nosso dia...

- ouça... - ela segura minhas mãos - me ligue se precisar de algo. A chuva diminuiu, mas ainda não parou...

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora