cap 9

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- você está louca, Line?! - vocifero em fúria.

Line White não era nada mais e nada menos que a garota mais insuportável do mundo, na minha humilde opinião, é claro. Ela me odeia desde criança, e não mede esforços para tentar fazer da minha vida um inferno.

- ops... - ela faz uma cara cínica e desce de sua bicicleta - foi um acidentezinho, foi mal.

- está de brincadeira?! - me aproximo - eu podia ter me machucado!.

A essa altura do campeonato algumas pessoas já nos olhavam para ver o que ia render, ela tinha conseguido a platéia dela, afinal.

- não seja tão dramática, Emily! - ela me olha com desdém  - foi só um empurrãozinho acidental!

- então permita que eu retribua o "favor" - dou um empurrão forte nela, a fazendo cair de bunda no chão.

Eu sabia perfeitamente o que estava por vir, e eu mal podia esperar por isso.
Ainda no chão, ela me olha incrédula como se não acreditasse que eu realmente a empurrei, o que a faz se levantar com raiva e levantar a mão para mim, como se fosse me dar um tapa. Simplesmente pego o seu pulso e o dobro com força, até que eu escute um estralo característico de pulso quebrado.

Que belíssimo som!

- sua miserável! - ela grita segurando o pulso com força - você quebrou o meu pulso!.

- vou quebrar muito mais se você ousar encostar em mim de novo! - ameaço.

- francamente, é essa líder que vocês querem para a nossa alcatéia?! - ela fala olhando em volta, visto que muitas pessoas estavam assistindo ao espetáculo.

Era questão de tempo até algum guarda intervir.

- você precisa urgentemente de tratamento psicológico, Line White - a olho com desdém de dou de ombros.

Eu sabia que se rendesse mais essa confusão, só iria alimentar o desejo de Line de me rebaixar ao nível dela. Já foi errado eu ter revidado, mas eu simplesmente não aguentei!.

Não ouso olhar para trás, mesmo ainda ouvindo a voz de Line. As pessoas ao redor já haviam se dispersado, o que era bom já que o showzinho dela foi totalmente em vão.

Ok, nem tão em vão assim...

Continuo a andar tranquilamente, até sentir algo pingar na minha blusa. Era sangue.

- droga - digo ao sentir o ferimento da minha sobrancelha finalmente começar a arder.

Quando eu caí, devo ter me ferido e nem notei devido aos picos de adrenalina. Resolvo ignorar o sangue e me sento em um banco isolado para olhar o pôr do sol. Era apenas um corte superficial, totalmente indigno de representar um motivo para voltar para casa agora, apenas passo um lenço de papel por onde o sangue escorreu.

(...)

Volto para casa quando vejo meu relógio apontando 6:00 horas da noite. No caminho de volta, pensava no discurso que teria que fazer para meu pai quando ele visse meu estado. Isso não seria fácil. A alcatéia dos White é uma das alcatéias mais prestigiadas, e o alpha dela é muito amigo de meu pai, o que não posso dizer a mesma coisa quanto Line e eu.

Assim que giro a maçaneta e abro a porta, de longe podia escutar meus pais conversando animadamente na cozinha, mas seus semblantes mudam quando eles vêem o ferimento em meu rosto.

- pela Deusa! - minha mãe vêm até mim - o que foi isso, Emily?! - ela segura o meu rosto com as duas mãos, analisando o ferimento.

- eu briguei com Line White - explico sem ânimo.

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora