cap 29

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- fica longe de mim, seu psicopata! - empurro o seu peito e vou para o outro lado da cama.

Meus sentidos estavam começando a voltar aos poucos, eu podia sentir.

- "psicopata"? - ele ri - sério?.

- você me sequestrou!.

- você não me daria chance alguma de conversarmos! - ele se defende - tive que fazer isso.

- eu odeio você - falo com raiva.

Ele me dá um olhar galanteador e vai dando a volta na cama lentamente. Pulo para o outro lado e me transformo.
Ele se surpreende mas não demonstra medo, algo que com certeza feriu meu ego.

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- eu confio nele - Sarah fala na minha cabeça.

- está brincando comigo, não é?!.

- há algo de diferente, Emy - ela suspira - você também sente isso.

- argh! Volte a dormir, Sarah - peço.

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- você é linda - ele dá um meio sorriso.

Talvez uma parte de mim quisesse ficar e ouvir o que ele queria dizer, especificamente, minha parte lupina. Mas resolvo tomar a atitude mais sensata: derrubar a porta, e sair correndo.
Por sorte, não haviam mais cômodos, era apenas aquele quarto. Antes que eu pudesse me afastar muito, escuto a a voz dele.

- não pode se esconder de mim, Emily! - ele grita na porta da casa.

Se eu pudesse eu o mandaria ir para o inferno, mas no momento estou mais preocupada é com a minha sobrevivência. Me concentro ao máximo nos cheiros e nos sons para tentar me localizar em que parte da floresta eu estava, e a distância até os portões da alcatéia. Isso não seria fácil.
Começo a escutar galhos partindo com brutalidade, e um vulto ruivo por trás das árvores. Ele estava atrás de mim!.
Corro o mais rápido que consigo até deixar de ouvi-lo atrás de mim, isso era um jogo para ele.

Uma luz no fim do túnel finalmente aparece, depois de correr feito louca encontro um riacho que me era familiar.
Tomo distância para tentar pular sobre ele, mas algo pula em cima de mim e me derruba.
Era ele.
Não vou mentir, ele era dotado de uma beleza imensurável mesmo estando na sua forma animal.
Ele estava ofegante como eu, o que talvez representasse uma vantagem já que ele estava visivelmente cansado. Mordo uma de suas patas o fazendo rosnar, e o empurro para longe. Eu não poderia mais perder tempo, junto todas as minhas forças e salto pelo riacho.
Por pouco não escorrego, mas pelo menos agora eu sabia que ele não iria me alcançar tão cedo... Ou pelo menos era o que eu pensava.
O desgraçado pula logo atrás de mim e começa a correr novamente como se a pata machucada nem o incomodasse. Eu não sabia se poderia funcionar, mas já não aguentava mais correr. Uivo com toda as forças para que talvez uma patrulha da alcatéia que estivesse na área pudesse me escutar, e caio no chão já na minha forma humana. Eu estava acabada, cansada e faminta. Seja lá o que ele tenha feito para me apagar, minou a minha energia.

Ainda caída no chão eu o vejo se aproximar, ele se transforma e se agacha próximo a mim.

- foi uma boa corrida, pequena - ele fala calmo e toca o meu rosto com delicadeza.

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Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora